Escatologia

DERIC – Departamento de Educação Religiosa da Igreja de Cristo em São Paulo (Brasil)
Rua Rainha das Missões, 351 - Vila Missionária - São Paulo - SP

(Estudo preparado e revisado pelo Pr Djalma Pereira)

RESUMO DOS EVENTOS ESCATOLÓGICOS (DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS)

SUMÁRIO

01. TEXTOS BÁSICOS DA SEGUNDA VINDA DE JESUS
02. INTRODUÇÃO
03. DIVISÃO DO ESTUDO NO ANTIGO E NOVO TESTAMENMTO

I -NO VELHO TESTAMENTO

1. INTERPRETAÇÃO DO SONHO DA ESTÁTUA DO LIVRO DE DANIEL
2. TEMPO DOS GENTIOS
3. A PEDRA CORTADA SEM MÃOS
4. A SEPTUAGÉSIMA SEMANA PROFÉTICA DE DANIEL
5. PRIMEIRA METADE DA SEMANA
6. SEGUNDA METADE DA SEMANA
7. ESCLARECIMENTOS IMPORTANTES
8. O PRÍNCIPE E DESTRUIDOR QUE HÁ DE VIR
9. ISRAEL, O SINAL ESCATOLÓGICO – O RELÓGIO DE DEUS

II -NO NOVO TESTAMENTO

10. O TRONO DE DAVI CONFIRMADO EM CRISTO JESUS
11. A ASSUNÇÃO DE JESUS
12. O PARÊNTESE ESCATOLÓGICO
13. DIVISÃO DO LIVRO DE APOCALIPSE
14. AS COISAS QUE SÃO – ERA DA IGREJA MILITANTE
15. PARALELISMO ENTRE O CAPÍT. 24 DE MAT.E APOCALÍP. CAP S 2 E 3…
16. AS COISAS QUE DEPOIS DESTAS HÃO DE ACONTECER
17. O ARREBATAMENTO DA IGREJA TRIUNFANTE
18. O PERÍODO DA TRIBULAÇÃO
19. SURGIMENTO DO ANTICRISTO E DO FALSO PROFETA
20. A 1ª BESTA E PROJETO DA ECONOMIA GLOBAL
21. PREPARATIVOS PAR O GOVERNO MUNDIAL
22. A 2ª BESTA – O FALSO PROFETA E A NOVA RELIGIÃO MUNDIAL
23. OS TRÊS GRANDES JULGAMENTOS
24. O RECEBIMENTO DOS GARLADÕES OU COROAS PELOS SALVOS
25. O FIM DOS TEMPOS DOS GENTIOS
26. A VOLTA DE JESUS PARA REINAR MIL ANOS
27. A BASE OU FUDAMENTO DA NOVA JERUSALÉM
28. O JULGAMNTO DAS NAÇÕES VIVAS
29. O MILÊNIO E SEU DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO
30. O JULGAMENTO FINAL DO TRONO BRANCO
31. ERA DA ETERNIDADE , NOVO CÉU E NOVA TERRA
32. RESUNO E ORDENAMENTO ESCATOLÓGICO
33. BIBLIOGRAFIA

TEXTOS BÍBLICOS BÁSICOS SOBRE SEGUNDA VINDA DE JESUS

“Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. Daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão só o Pai..., Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão¸ vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa. Por isso ficai também vós apercebidos; porque numa hora em que não penseis, virá o Filho do homem.” (Mt 24:30, 36, 43, 44).

“(...) E cairão ao fio de espada e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios até que os tempos dos gentios se completem.” (Lc 21.24).

“(...) Os quais lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que de entre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu, o vistes ir.” (At. 1:11)

“Porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite”. (I Tes 5:2). “Mas o dia do Senhor virá como um ladrão de noite, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos ardendo, se desfarão e a terra e as obras que nela há, se queimarão”. (II Pe 3:10). “Eis que venho como um ladrão, Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda os seus vestidos, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas”. (Ap 16:15).

“Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (I Ts 4:16,17).

“Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados”. (I Cor. 15:51-52).

“Eis que vem com as nuvens e todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre Ele. Sim. Amém.” (Ap. 1:7).

“Eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo para dar a cada um segundo a sua obra” (Ap. 22.12)

RESUMO ESCATOLÓGICO DA “DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS”

I – INTRODUÇÃO

A doutrina das Últimas Coisas, ou Coisas Finais, é chamada ESCATOLOGIA. No grego a palavra é formada de escathos – posterior, final, e logia – estudo, ensino.

Esses acontecimentos futuros e o nosso estado futuro serão abordados, tendo em vista, o centro das “coisas futuras”, sobre estes pontos principais, que daremos abreviadamente com o tema: RESUMO ESCATOLÓGICO, a saber:

I – NO VELHO TESTAMENTO:

1) A estátua do sonho do Rei Nabucodonosor, interpretado pelo profeta Daniel, que descreve profeticamente a seqüência dos impérios mundiais e a sua destruição por Cristo, por ocasião da Sua segunda vinda, período que se chama de “os tempos dos gentios”. Dn 2:31-45; 7:1-28; 9.22-27; Mt 21:33-46; Lc 21:24; Rm 11:25; Ap 1.7; 13:1-10; 19.

2) Foi revelado ao profeta Daniel pelo Anjo Gabriel que Deus trataria com o povo de Israel durante 70 semanas de anos proféticos, (70 x 7 = 490 anos), até a vinda do Messias (Jesus) para implantação do reino messiânico, porém, em virtude da crucificação de Jesus – a Pedra cortada sem auxilio de mãos – faltou se cumprir uma semana de sete anos, a qual se cumprirá durante os sete anos da tribulação. Dn 9.20-27.

3) A septuagésima semana profética de Daniel do “fim dos tempos”: (Dn 7.25; 9:27; 12.7), corresponde ao período da tribulação, será dividido em duas metades de três anos e meio. (Mt 24.15-35; Lc 21.24; Rm 11.25; Ap 11.2, 3; 12.6, 14; 13.5)

4) O trono de Davi, nas profecias de: II Sm 7:12-16; Sl 89:34-37; Is 9:6,7;

II – NO NOVO TESTAMENTO:

5) A Pessoa de Cristo Jesus que se assentará nesse trono, chamado de “o trono de Davi”, para exercer o governo milenial: Dn 7:9-14; Lc 1:31-33; Mt 25:31-32ss.; Fl. 2:9-11; I Co. 15:23-28; Ap 19:11-16; 20:6.

6) A iminência – A supresa do segundo advento de Cristo. “Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus...” - Exortação à vigilância: Mt 24:36-51; 25:1-13; Mc 13:32-37; Lc 21:34-36; 12:42-48; I Co 4:2; I Ts 3:13; 5:23; I Jo 2:28; 3:1-3; Ap 22:12.

7) Período da Igreja Universal ou tempo do Evangelho da graça de Deus. Como disse o apóstolo Paulo: “(...) contanto que cumpra com alegria, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do Evangelho da graça de Deus”At 20.24; Lc 21.24; Rm 11.25. Este é o PARÊNTESE ESCATOLÓGIGO, definido no livro de Apocalipse como “as coisas que são (...) Ap 1.19a.

8) O arrebatamento da Igreja Triunfante - O Mistério oculto, não estava revelado no Velho Testamento, como disse Paulo: “(...) Eis que vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta.(...) I Cor 15.51-52. (Mt 24:36-41; Lc 17:25-37; Jo 14:1-3; I Co 15:51-58; I Ts 4:-13-18; 5:1-10).

9) O julgamento dos salvos no tribunal de Cristo, para receber os galardões. Aqui não há condenados, mas sim, somente salvos vencedores, galardoados para receber posição de glória e poder para reinar com Cristo Jesus, como reinos e sacerdotes. Como está escrito: (“...) mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos” (Ap 20.6b) Ler mais: I Cor 3.11-15; 9.24-27; II Tm 4.7-8; Tg 1.12; Ap 2.10b; Pe 5.3-4; II Cor 5.10; II Jo 8.

10) A Parousia - A volta de Jesus, como Rei Filho de Davi, à terra no final da tribulação, para reinar. Zc. 12:10; 13.7-9;14:4-15; Is 29:6; Mt 24:29-31; Jo 18.33-37, 19.14; Ap 1:7; 16:15-19; Jd 14

11) Julgamento das nações vivas, quando Cristo (como Filho do homem) voltar à terra, depois da tribulação para julgar as nações: Mt 25:31-46.

12) O milênio - Reino milenar de Cristo sobre a terra: Dt 28:13; Is 11:1-16; 52; 65:18-25; Zc 8:20-23; Ap 20:6.

13) O juízo final do trono branco. Depois do reino milenial, todos os condenados que não aceitaram a graça de Deus em Cristo Jesus como Salvador e Senhor, serão julgados segundo as suas obras de pecados e serão lançados no lago de fogo e enxofre que é a segunda morte. Como está escrito: “E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, (...), e vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros. (...) e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. (...) e foram julgados cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte. Aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo”. (Ap 20.11-15).

14) A era da eternidade - Fim do que compreendemos por tempo, e não terá mais fim. I Co. 15:24-28; Ap. 21; 22.

Neste estudo denominado de “resumo escatológico” não nos reportamos detalhadamente aos livros de Daniel, Apocalipse, Zacarias, Joel, Ezequiel 38 e 39 do Antigo Testamento, mas, especificamente aos capítulos de livros como 24 e 25 de Mateus, de algumas epístolas do apóstolo Paulo e Pedro, " (I Ts 4:1-18; 5:1-10; II Ts. 2:1-1; II Pd 3:1-15) No final deste estudo apresentamos um resumo geral cronológico dos eventos que estão para acontecer, a partir do rapto da Igreja para o céu .


O estudo aqui apresentado não é final nem completo no campo escatológico, em virtude de espaço e o objetivo prático proposto. Outros detalhes e maior iluminação do Espírito Santo, através da palavra profética, certamente, enriqueceria com mais informações,o estudo escatológico aqui resumidamente apresentado.

Consideremos este tema em dois momentos da revelação profética, no Velho e Novo Testamento, a saber:

I - NO VELHO TESTAMENTO

A) INTERPRETAÇÃO DO SONHO DA ESTÁTUA DO LIVRO DE DANIEL

A estátua do sonho do Rei Nabucodonosor, interpretado pelo profeta Daniel, que descreve profeticamente a seqüência dos impérios mundiais e a sua destruição por Cristo, que se chama este período de “os tempos dos gentios”. Dn 2:31-45; 7:1-28; Mt. 20:33-46; Lc 21:24; Rm 11:25; Ap. 13:1-10; 16:13-19.

Interpretação do sonho da estátua do livro de Daniel (Dn 2:31-45), a saber:

A visão descreve profeticamente a seqüência dos impérios mundiais e a sua destruição por Cristo na sua vinda, que chamou este período de “os tempos dos gentios” (Lc 21:24; Rm 11:25; Ap 16:19).
A estátua representa, simbolicamente, por quatro tipos de metais, os quatro grandes impérios mundiais, e os dedos de ferro misturados com o barro representam os governos misturados, sincretisados, globalizados, dos gentios no “final dos tempos”. (Dn 2:36-40, 41-43).
O ressurgimento desse novo Sistema Mundial do governo dos gentios dar-se-á com a manifestação do Anticristo e do Falso Profeta, que se manifestarão no final dos dias, conforme está profetizado em Dn 7:8; 9:27; 12.7-12; Mt 24:15; Jo 5:43; II Ts. 2:3-12; Ap 13.
1º - Império Babilônico representado pela cabeça de ouro – Rei Nabucodonosor, de 606 a 536 a. C.
2º - Império Medo-Persa, representado pela prata. Rei Dario. Anos de 536-323 a. C.
3º - Império Grego-Macedônio representado pelo bronze – Rei Alexandre, o Grande, de 323 a 64 a C.
4º - Império Romano representado pelas canelas de ferro – Imperadores ou Cesares, do ano 64 a. C. até 476, no Ocidente, e 1453, no Oriente.

Depois da morte de Cristo, o Império Romano se dividiu em dois, correspondendo às duas pernas de ferro da estátua, assim:

a) - Império Ocidental, com capital em Roma, que caiu no ano 476 d.C, e
b) - Império Oriental, com capital em Constantinopla, caiu no ano 1.453 d.C.
“O último poder é visto dividido, primeiro em dois (2 pernas), cumprindo-se nos Impérios Romanos Oriental e Ocidental e, então, em dez (os artelhos dos pés). Dn 7:26. Assim, a imagem da estátua apresenta o esplendor e a glória exterior imponente do poder mundial gentio”. (Scofield)

B) TEMPO DOS GENTIOS

O governo gentílico, também chamado “tempos dos gentios”, a se cumprir no final dos tempos, está representado pelos dedos de ferro misturado com o barro, que corresponde aos países oriundos do Império Romano.
C) A PEDRA CORTADA SEM MÃOS
A “Pedra cortada sem auxilio de mãos”, que simboliza a volta de Cristo, destruirá o sistema do governo mundial gentio, com um golpe súbito no final dos tempos, quando da volta de Jesus para reinar, que se tornará uma “grande montanha que encherá toda terra”. “A Pedra cortada sem auxilio de mãos”, já se cumpriu no primeiro advento de Cristo, quando Jesus foi crucificado no Calvário. Dn 2:34-35; 7:26-27; 9:26a , Mt 21:42-44.

D) A SEPTUAGÉSIMA SEMANA PROFÉTICA DE DANIEL, A SE CUMPRIR.

Foi revelado ao profeta Daniel pelo Anjo Gabriel que Deus trataria com o povo de Israel durante 70 semanas de anos proféticos, ou seja, 490 anos até a vinda do Messias (Jesus) para implantação do reino messiânico, porém, em virtude da crucificação de Jesus – a Pedra cortada sem auxilio de mãos – faltou se cumprir uma semana de sete anos, que se cumprirá durante os sete anos da tribulação. Dn 9.20-27.
A 70a semana de anos de Daniel que ainda falta se cumprir corresponde a “o fim dos tempos”, ou 7 anos da tribulação, pois, já se cumpriram 69 semanas de anos, ou seja, 483 anos (70 x 7 = 490-1= 69 anos). (Dn 9:24-27; Mt 24:4-14; Mc 13:5-13; Lc, 21:8-11).

O Período dos 69 anos vai desde o decreto do Rei Artaxerxes, no mês de nisã, no ano vigésimo do seu reinado, ( Ne 2:1), ou seja 14 de março do ano 445 a.C., até o ano 32 d. C., que da 483 anos de 360 dias, ou seja, 69 x 7 x 360 = 173.880 dias, que corresponde aproximadamente ao dia 6 de abril de 32 d. C., (10 de nisã), quando Jesus entrou em Jerusalém montado em um jumentinho sendo aclamado Rei de Israel. Zc. 9:9; Mt 21:1-11; Lc 19:28-44. O cálculo das 69 semanas de anos, que já se cumpriu com relação a Israel, é um pouco complicado por se ter no meio anos bissextos, para se chegar a conta exata, assim:

Cálculo das 69 semanas de anos da profecia de Daniel: 9-21-27.
445 a.C. até 32 d C = 482,61 (?) anos x dias = 173.740 dias. (a C 1 até A D 1 = 1 ano)
Aumento dos anos bissextos (3 a menos em 4 séculos) = 116 dias
14 de março a 6 de abril  = 24 dias. Total = 173.880.dias
Assim, tem-se como a data aproximada da crucificação de Jesus, no ano 32 d C. Portanto, ficou faltando uma semana de anos, ou seja, 7 anos, que é o tempo da tribulação, dando, com as 69 semanas de anos, um total de 70 semanas ou 490 anos conforme Dn 9:24.

E) PRIMEIRA METADE DA 70ª SEMANA NA TRIBULAÇÃO

1. 1a. metade da 70a. semana, três anos e meio - a abominação da desolação: Dn 9;27a; 12:4-13; ; Mt. 24:15-20; Ap 13 1-10.

F) SEGUNDA METADE DA 70ª SEMANA NA TRIBULAÇÃO

2. 2ª e última metade da 70a. semana - a grande tribulação, ou três anos e meio – O fim do poder mundial gentio: Dn 7:25,26; 12:7-13; Mt. 24:21-228: Mc 13:19-23; Sl 2:5; Lc 21:23-24; Ap 7:14; 11:2, 3; 12:6, 14; 13:5; 13:11-18.

ESCLARECIMENTOS IMPORTANTES:

Para um melhor entendimento sobre o estudo, achamos por bem esclarecer os seguintes pontos
No texto de Apocalipse 17.7-18 lemos a interpretação dada pelo Anjo ao apóstolo João, com relação à figura da mulher e da besta que a leva, a qual possui 7cabeças e 10 chifres (poder para reinar). Devemos considerar três aspectos na interpretação desta profecia:

1º - A Besta possui sete cabeças e dez chifres: O número sete representa a totalidade do sistema mundial, em todas as épocas, que culminará com o advento do anticristo no final dos tempos. E as dez cabeças representam dez Reis (reinos) que procedem dos seis reinos anteriores, especialmente do Império Romano (que é o quarto animal da profecia de Daniel 7:22-27, que também possui dez chifres).
2º - Em relação às sete cabeças, do ponto de vista histórico, podemos afirmar, de acordo com a revelação dada pelo Anjo (Ap.17.6-13), que elas representam:
1. Sete reinos: 5 (cinco) já caíram. São os impérios mundiais que, à época do apóstolo João, já haviam caído, isto é: (1) o império Egípcio; (2) o Assírio; (3) o Babilônico; (4) Medo-Persa e (5) Grego-Macedônico.
2. Um existe: que era o Império Romano (que também representa o quarto animal em Daniel)
3. Outro ainda não é vindo, e quando vier durará pouco tempo: representa o novo “império mundial”, ou “nova ordem mundial”, que está representada na figura da besta que sobe do mar (Ap.13), mas que também é o oitavo (Ap.17:11), ou o anticristo.

G) O PRÍNCIPE E DESTRUIDOR QUE HÁ DE VIR

Foi o Anjo Gabriel quem revelou ao profeta Daniel sobre o “príncipe que havia de vir”, nestes termos: “(...) o príncipe que há de vir, ele firmará um concerto com muitos por uma semana, e, na metade da semana, fará cessar o sacrifício de manjares; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isto até a consumação, e o que está determinado será derramado sobre o assolador.” (Dn 9.26,27; 12.1-13). Jesus se reportou ao cumprimento dessa profecia, assim: “Quando, pois, vides que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo, quem lê que entenda”. (Mt 24.15; Dn 12.11-12).
- Em relação aos dez chifres, como foi dito acima, eles representam o governo mundial ainda não manifestado, “pois está reservado para o tempo do fim por uma hora” – Ap.17.12).

a) Dentre estes chifres surgirá uma “ponta pequena” (Dn.7:7,8,19-27), que é “o oitavo” (reino), “diferente dos anteriores” (Dn.7:24), procedente dos “sete”, e também é a “besta” (Ap.17:8-11) ;
b) Esta besta (Ap.13) governará juntamente com as dez pontas. Porém, o governo dos dez chifres será apenas de “uma hora”, isto é, pouco tempo (Ap.17:12). Então, na metade da semana (Dn 9.27) haverá uma ruptura entre a oitava ponta e os dez chifres, dos quais cairão três reis (Dn.7:24), cuja ruptura dará início à Grande Tribulação.
c) O governo da besta perdurará até a volta do Senhor Jesus para a implantação do Reino Milenial (Dn.2:34, 42-45; Ap.16:10-16; 19:11-21). Podemos entender, como explicado anteriormente, que o período da Grande Tribulação se restringe a três anos e meio, ou “um tempo, dois tempos e metade de um tempo” (Dn.7:25; 12:7; Ap.11:3; 12:3-6, 14; 13:5).

H) A NAÇÃO DE ISRAEL É O SINAL ESCATOLÓGICO ENTRE AS NAÇÕES

O relógio de Deus - Com a parábola da figueira, Jesus mostrou o sinal histórico dos últimos tempos, com relação a Israel e as outras nações: Mt 24:32-35; Mc 13:28-31; Lc 13.6-9; 21:29-35.

O apóstolo Paulo deu outro sinal, com as seguintes palavras proféticas: “Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão” (I Ts 5.3).

Segundo conta Gerson do Vale no seu livro “Lindo Amanhecer”, historicamente, o cumprimento desse sinal teve início assim:

Após a grande perseguição do tirano alemão Hitler aos judeus dispersos, na II Guerra Mundial, onde seis milhões de judeus foram mortos como animais, em campos de concentrações e nas câmaras de gás, os judeus que escaparam em todo mundo, dirigiram-se à palestina, com o sonho de reconstruir sua antiga pátria.

Para cumprimento das profecias, em maio de 1947, a Assembléia Geral a ONU estabeleceu o Comitê Especial das Nações Unidas para palestina, integrado por 11 países, para aprovarem um plano a fim de criarem o novo Estado de Israel. Os árabes foram contra, como acontece até nossos dias. O projeto da ONU era para que fosse formado um estado judaico composto de três áreas ligadas entre si, e um Estado palestino nas mesmas condições. Jerusalém ficaria de fora como uma zona neutra sob um regime internacional, administrada pelas Nações Unidas. Após longos debates, no dia 29 de novembro de 1947, a Assembléia Geral da ONU aprovou com 2/3 dos votos dos seus representantes, a formação de dois estados, sendo: um palestino e outro judaico. O brasileiro Oswaldo Aranha teve o privilégio de presidir esta Assembléia. Logo após, o Conselho da Liga dos Estados Árabes se manifestou contra, afirmando que impederia o estabelecimento do referido projeto, declarando, assim, um estado de guerra.

Mesmo assim, os judeus se prepararam para assumir o poder quando o novo Estado fosse proclamado como um governo provisório. No dia 14 de maio de 1948, no museu da cidade de Tel Aviv, às 16 horas, nascia um pais com o nome de Estado de Israel.

Com isto se deu o cumprimento das profecias de Jeremias e Ezequiel e Isaías, pois, já estava previsto na profecia de Isaías assim: “Quem jamais ouviu tal coisa, quem jamais viu coisa semelhante? É possível um pais nascer num dia? Pode uma nação ser criada repentinamente? Desde as primeiras dores de Sião deu à luz seus filhos” Is 66.8.

Nesse mesmo dia Israel foi atacado pelos exércitos do Egito, Jordânia, Iraque, Síria, Líbano e Arábia Saudita, mesmo estando em superioridade, não conseguiram êxito.

Na noite do dia 14 para 15 de maio de 1948, inspirado por Deus, o novo primeiro-ministro de Israel, David Bem Gurion, declarou para todo mundo o seguinte: “Aqui é o Estado de Israel! Fala Bem Gurion o primeiro-ministro de Israel. Esperamos durante 2000 mil anos por esta hora e agora aconteceu. Quando o tempo está cumprido nada pode resistir a Deus! (Citação retirada do Jornal Notícias de Israel, Fevereiro de 1996).

Com a criação do novo Estado de Israel mais de 150 mil judeus que moravam no Egito, Argélia, Síria, Marrocos, Rússia e outros países imigraram para Israel, e foram recebidos jubilosamente e o governo deu-lhes casas para morarem, planos de saúde, educação, nacionalidade, liberdade de cultuar a Deus, etc.

Quanto aos palestinos refugiados, os países árabes não deram condições de habitarem em suas terras, deixando-os ao abandono, utilizando-os até hoje como estratégia política contra Israel frente ao mundo inteiro. (Informações cedidas pelo Rabino Abraham Yeret, da comunidade judaica em Fortaleza).

Com este acontecimento histórico aumento o sionismo de Israel em cumprimento às profecias de Jeremias e Ezequiel que dizem: “Eis porque virão dias em que não mais se dirá: Viva Deus, que fez com que regressassem os israelitas do norte e de todos os países, pelos quais os havia dispersado! Fá-los-ei regressar à terra que dei a seus pais” (Jr 16.14-15). “Reunirei o que restar das minhas ovelhas, espalhadas pelos países em que as exilei e as trarei para as pastagens em que se hão de multiplicar”. (Jr 23.3). “Como o pastor se inquieta por causa de seu rebanho, quando se acha no meio de suas ovelhas tresmalhadas, assim me inquietarei por causa do meu; eu o reconduzirei de todos os lugares por onde tinha sido disperso num dia de nuvens e de trevas” (Ez 34.12-13)

A partir daí começou no oriente médio um período de sucessivas guerras dos palestinos, liderados por Yasser Arafat que instalou um quartel-geral autônomo na faixa de Gaza, contra Israel, não querendo reconhecer o Estado de Israel, e muito menos a posse das terras bíblicas. Vejamos alguns exemplos: Em 1956 houve a guerra do Sinai, quando o Egito atacou Israel e perdeu todo o Sinai. Depois Israel devolveu todo o Sinai ao Egito. Até 1967 os observadores da ONU controlavam o monte Sinai para evitar novos conflitos.

Entretanto, em 1967 houve um conflito extraordinário, liderado pelo Egito, quando acumulou grande poder bélico, fazendo com que os observadores da ONU saíssem do Sinai, fingindo que não tinha interesse militar contra Israel. Depois disto, o Egito desfechou de supresa um ataque contra Israel que se defendeu destruindo, surpreendentemente, durante 6 dias os inimigos, mesmo tendo bastante aviões e tanques egípcios. É a chamada “guerra dos seis dias”. A Síria e a Jordânia empolgadas pelos acontecimentos, também, resolveram entrar nessa guerra contra Israel. O resultado de tudo isto, foi que, em 6 dias, o Egito e seus aliados perderam a guerra e Israel retomou o Sinai, a Síria perdeu as colinas de Golã e a Jordânia a Cisjordânia, chegando Israel vitoriosamente até o canal de Suez.

Em 1973, o Egito ataca Israel de surpresa no dia do Yom Kipur, dia do perdão, o dia mais sagrado do povo judeu. O presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, por intermediação do Secretário de Estado Henry Kinsinger mandaram armas e tanques para ajudar a Israel que venceu novamente, fazendo com que o presidente do Egito Hanuar Sadat reconhecesse, posteriormente, a Israel como nação independente. Em 1979, Sadat fez acordo com Israel o qual devolveu o Sinai ao Egito.

Em 25 de Julho de 1994, a Jordânia firma com Israel um acordo histórico sobre a paz, na Casa Branca em Washington, assinado pelo rei Hussein e o primeiro-ministro de Israel Yitzhak Rabin, tendo como testemunha formal o presidente norte americano, Bill Clinton, pondo fim a 46 anos de conflito entre os dois paises.

Entre 12 e 15 de Março de 1995 foi promovido um simpósio no Cairo capital do Egito, onde os árabes conclamaram os 1,2 bilhões de muçulmanos para uma Guerra Santa, com o objetivo de libertar Jerusalém do domínio judaico.

Por último, mencionamos um fato notável que aconteceu em 23 de Setembro de 1996. Foi a abertura de um túnel que liga o Muro das Lamentações à Via Dolorosa, o qual passa ao longo do monte do antigo templo de Jerusalém, onde se ergueu a mesquita Al-Aqsa, local sagrado dos mulçumanos. Isto desencadeou uma grande violência que durou 4 dias de conflitos e 80 mortes. Provavelmente neste local os judeus querem reconstruir o terceiro Templo para restabelecer os sacrifícios, quando, então, se cumprirá a profecia de Daniel citada por Jesus. (Dn 12.6-12; Mt 24.15)

Mapa da Paz - Confirmando a seqüência desse sinal profético com relação a Israel e as outras nações, no dia 07 de Junho de 2003, foi noticiado pela “France Press, em Àcaba (Jordânia), “O Plano de Paz para Israel e os Palestinos”, assim: Reuniram-se os líderes de Israel, e dos Estados Unidos, Rússia, União Européia e Organização das Nações Unidas, sob a égide dos EUA, e assinaram conjuntamente o “Plano Internacional de paz para o Oriente Médio, com o nome de Mapa da Paz”. Este plano tem como objetivo a criação de um Estado Palestino o qual possa coexistir pacificamente com Israel, cuja aplicação imediata foi pedida pelos Estados Unidos, com previsão de etapas até o ano de 2005. O documento elaborado pelos países acima mencionados denominado “quarteto”, reflete o ponto de vista do presidente George W. Bush, expressado em seu discurso de 24 de Junho de2002. Esta paz projetada pelo quarteto acima mencionado, ainda não se concretizou, porque só se realizará quando for o tempo de Deus e conforme o que está previsto nas profecias bíblicas (1ª Ts 5.1-3)

Afirmaram que a solução dos dois Estados, Israelense e Palestino, para viverem juntos é possível, desde que cessem a violência e o terrorismo. A direção palestina deve lutar efetivamente contra o terrorismo e respeitar os princípios de democracia e liberdade. Israel deve estar disposto a trabalhar para que possa surgir um Estado Palestino. A solução porá fim ao conflito israelense-palestino considerando-se a ocupação dos territórios conquistados por Israel em 1967, e também, fará com que os países árabes reconheçam o direito de Israel viver em paz nas questões sírias e libanesas.

O plano tem três fases com previsão de ser executado até 2005, quando será decidido sobre Jerusalém, (Lc 13.34-35), os refugiados palestinos e as colônias judaicas. Este plano humano ainda não se cumpriu, porque não está dentro da soberana vontade de Deus. Certamente, debaixo do tempo soberano de Deus vai se cumprir conforme está previsto na Bíblia. (Ler: Lc 21.24; Rm 11.25-26;Ap 11.2-3). Aí, tudo indica que, deverão se cumprir as profecias de Lc 21.24 e I Ts 5.1-4. (Matéria publicada no Informativo Regional Sudeste, 09)

Jesus comparou esses sinais a uma figueira quando está próximo do verão. Sabemos que a figueira é um tipo de Israel, (Mt 24.32-35; Mc 11.12-21), como a videira é um tipo de Cristo e Sua Igreja. (Jo 15.1-8). Por isso que Jesus no seu sermão profético alertou a seus discípulos olhassem para a figueira como um sinal dos tempos com relação à nação de Israel, comparando-a com a figueira quando começa a “brotar os seus ramos e folhas que está próximo o verão, igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele (Jesus) está próximo às portas.” (Mt 24.32-35). É como um relógio que faz a contagem regressiva para o lançamento de um foguete espacial, e no relógio escatológico de Deus já estamos nos últimos minutos...

RESUMO PROFÉTICO SOBRE O FUTURO DE ISRAEL

1. Os Judeus continuarão a voltar à Palestina, mas em incredulidade a respeito do Messias, o Senhor Jesus Cristo (Ez 37).

2. Depois do arrebatamento da Igreja de Cristo Triunfante a nação Israelita fará uma aliança com o anticristo no começo da setuagésima semana de Daniel. (Dn 9.27).

3.Mas na metade da semana de 7 anos, o anticristo fará cessar a aliança. Os Judeus, isto é uma parte remanescente, não adorarão a imagem do anticristo, feita pelo falso profeta. (Ap 13.4, 8, 11-15; 12.3, 4, 9--17)

4. Israel será atacado pelo rei do Norte, Rússia e seu bando, mas ela será derrotada; (Ez 38 e 39).

5. Depois o anticristo fará uma intensa perseguição contra os Judeus que não o adorarão. (Ap 12.9-17; 13.14-18; 20.4).

6. No fim da tribulação, as nações, na batalha do Armagedom atacarão Israel. ( Ap 16.16).

7. Mas, neste tempo o Messias voltará e salvará Israel desse estado de sítio terrível. (Zc 14.3-11; 12.8-11).

8. Israel, depois de um longo período de incredulidade, aceitará o seu Messias. Eles vê-Lo-ão com seus próprios olhos como o que foi crucificado e crerão. (Zc 12.9-13.1; Ap 1.7).

9. Os justos, em Israel, serão ressuscitados no fim da Grande Tribulação. Esta ressurreição de Israel certamente incluirá os justos entre os gentios que foram martirizados durante a tribulação. (Dn 12.2; Ap 7.9-17; 20.4)

10. Israel, com outras nações salvas, entrará no reino do milênio, que será então estabelecido. (Mt 25.31-34), e demais promessas do Antigo Testamento. (Sl 2; Is 11; Zc 14).

11. Os apóstolos reinarão sobre Israel durante o milênio. Davi também reinará. (Ez 34.23, 24; 37.24, 25; Mt 19.28).

12. Israel será a Cabeça das nações e não mais a cauda. (Dt 28.13; Is 54).

13. Jerusalém será a capital religiosa do mundo. (Is 2).

14. Deus fará uma aliança com Israel. (Jr 3.31-34).

15. Depois do milênio, este mundo (kosmos) será destruído e Deus criará uma nova terra e novos céus, onde Israel e outras nações salvas habitarão eternamente. (II Pe 3.7-14; Ap 21).

II – NO NOVO TESTAMENTO

A) O TRONO DE DAVI SERÁ RESTABELECIDO COM A VOLTA DE CRISTO

Deus confirma que na descendência de Davi será “firmado o seu Reino para sempre”, o que se cumprirá na pessoa de Cristo no Seu segundo advento, conforme está escrito, assim:

O trono de Davi nas profecias de: II Sm 7:12-17; Sal. 89:34-37; Is 9:6,7;

É o Senhor Jesus Cristo que se assentará nesse trono: Dn 7:9-14; Lc 1:30-33; Mt 25:31-32ss.; Fl. 2:9-11; I Co. 15:23-28; Ap 19:11-16; 20:6. Como está escrito:

“Disse-lhe então o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus; eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e por-lhe-ás o nome de Jesus. Este será grande, e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai. E reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim” (Lc 1.30-33)

B) A ASSUNÇÃO DE JESUS E A PROMESSA DA SUA SEGUNDA VINDA

Jesus foi assunto ao céu após a Sua ressurreição, depois de ser visto pelos seus discípulos durante 40 dias, (At 1.3), foi quando dois varões vestidos de branco, se apresentaram diante de seus discípulos, e disseram-lhes: “Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o viste ir”. (At 1.10-11 ; Ap 12.5; 22.12)

C) O PARÊNTESE ESCATOLÓGICO – PERÍODO DA IGREJA

É o período correspondente à edificação da Igreja Universal de Cristo, pela pregação do Evangelho da graça de Deus para salvação de todos os crêem em Jesus Cristo, até à Sua segunda vinda para o arrebatamento da Sua Igreja. Como Jesus disse: “... sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. (Mt 16.18). Este período é chamado no livro de Apocalipse de: “...as coisas que são...” (Ap 1.19)

Essa era corresponde ao “mistério oculto”, e não estava revelado no V. Testamento, mas sim, só o foi no Novo Testamento, conforme escreveu o apóstolo Paulo aos efésios dizendo: “Por esta causa, eu, Paulo, sou o prisioneiro de Jesus Cristo, se é que tendes ouvido a dispensação da graça de Deus, que para convosco me foi dada; como me foi este mistério manifestado, como acima, em pouco, vos escrevi, (Ef 2.11-22), pelo que quando ledes, podeis entender a minha compreensão do mistério de Cristo”. (Ef 3.1-4).

Esse período referido em Ap 1.19b, “(...) as coisas que são (...)”, só terminará quando completar o “tempo dos gentios”, como disse Jesus, assim: “... e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem” Lc 21.24b.

D) DIVISÃO ESCATOLÓGICA DO LIVRO APOCALIPSE

Para se entender melhor a ordem escatológica do livro de Apocalipse, é preciso saber a divisão que se encontra no capítulo 1 e versículo 19, assim:

"Escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer". Ap 1:19

i. No primeiro capítulo temos o passado, “as coisas que tens visto”. (Ap 1.1-20).

ii. Nos capítulos segundo e terceiro temos o tempo presente da Igreja Militante, ou seja: “as coisas que são”. (Ap 2 e 3).

iii. Nos capítulos quatro a vigésimo segundo temos o futuro, os últimos dias, ou seja, “as coisas que depois destas hão de acontecer”. (Ap 4 a 22).

Vejamos alguns comentários sobre esta importante divisão:

1. “as coisas que (João) tens visto”:

Desde o batismo de Jesus no Rio Jordão até a assunção de Cristo ao céu e a Sua glorificação à direita do Pai. Registrado nos Evangelhos. Lc 1:1-4; Jo 1 a 21; At 1:1-11, e em Ap. 1:1-20), respectivamente.

E) “AS COISAS QUE SÃO” - Era da Igreja Militante: Mt 13; Ap cap 2 e 3.

Começa o parêntese escatológico, com “as coisas que são”, que é período da Igreja Militante ou da dispensação da graça de Deus, o qual vai desde o dia de Pentecostes até ao arrebatamento da Igreja Triunfante, representado pelas sete igrejas do livro de Apocalipse. Ap. 2 a 3; I Ts 4:13-18; I Co. 15:51-58.

A partir do capítulo 12 de Mateus, quando iniciou a rejeição de Jesus como o Messias pelos judeus, o Senhor começou a revelar a seus discípulos, "o mistério oculto" relativo à Sua Igreja, (Mt 16:16-21), a qual é a Sua Noiva, que corresponde às “as coisas que são”, através das sete parábolas do “reino dos céus” que se encontram no capítulo 13 do Evangelho segundo São Mateus, e que, também, estão reveladas, simbolicamente, através das sete igrejas nos capítulos 2 e 3 do livro de Apocalipse. Assim:

1ª - “Escreve ao anjo da igreja que está em Éfeso; Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro”. (Ap 2.1).

2ª - “Ao anjo da igreja que está em Smirna, escreve: Isto diz o primeiro e o último, que foi morte, e reviveu”. (Ap 2.8).

3ª - “E ao anjo da igreja que está em Pérgamo escreve: Isto diz aquele que tem a espada aguda de dois fios.” (Ap 2.12).

4ª - “Ao anjo da igreja em Tiatira escreve: Isto diz o Filho de Deus, que tem seus olhos como chama de fogo, e os pés semelhantes ao latão reluzente”. (Ap 2.18).

5ª - “Ao anjo da igreja que está em Sardo escreve: Isto diz o que tem os sete espíritos de Deus, e as sete estrelas: Eu sei as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto”. (Ap 3.1).

6ª - “Ao anjo da igeja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre e ninguém fecha; e fecha e ninguém abre”. (Ap 3.7).

7ª - “Ao anjo da igreja que está em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus”. (Ap 3.14)

Vejamos abaixo o paralelismo dessa Escritura:

F) PARALELISMO ENTRE MATEUS 13 E APOCALIPSE 2 e 3.

Mateus cap 13 - O Semeador e a semeadura

Apocalipse cap 2; 3: Significado do nome; datas aproximadas; característica

As coisas que vistes cap 1:19a. Alfa e o Ômega, o que é, o que era e que há de vir, o Todo Poderoso
Do batismo de João até a assunção de Jesus. Época de semeadura - O trigo a boa semente

Á Igreja em Éfeso Desejada. Fim da era apostólica Pentecostes a 100 D.C. Organização e evangelização

O trigo e o joio. A Igreja em Esmirna - Mirra = Mártires, Mortes. Nero, Dominiciano, de 100 a 316 D.C.
Perseguição, o inimigo revelado

O grão de mostarda. Igreja em Pérgamo. Ig. Acomodada no mundo, casamento
De 316 D.C. a 500 D. C. Aliança mundana, grande crescimento externo

O fermento da mulher. Igreja em Tiatira Ig. Idólatra, Sacrifício contínuo, prostituição.
De 500 a 1517 D. C. Era negra - Domínio papal, corrupção doutrinária.

Tesouro escondido. Igreja em Sardes Aqueles que escapam, remanescente.
Reforma de 1517 a 1700 D. C. Crescimento da Igreja estatal

A pérola de grande preço. Igreja em Filadélfia. Amor fraternal, reavivamento. Início dos últimos dias. De1700 a 1900 D.C. Era das missões. A igreja verdadeira dos últimos dias

A rede e os peixes bons e maus. Igreja em Laodicéia. Democracia, o povo reinando, Jesus do lado fora A partir de 1900 D.C. Era da Igreja apostata. Já em andamento. Orgulho, mornidão, indiferentismo e apostasia.

Como observamos a era da Igreja, corresponde (...) as coisas que são (...) registradas na profecia do capítulo 1 v 9b, do livro de Apocalipse. O quadro acima mostra esse processo histórico das Igrejas Militantes durante a peregrinação na terra, representadas pelas sete igrejas mencionadas nos capítulos 2 a 3 do livro de Apocalipse, que vai do pentecostes até a primeira ressurreição quando se dará a trasladação da Igreja Triunfante.

Segundo consta na Encicoplédia de Bíblia, Teologia e Filosofia dos teólogos R. N. Champlin e J. M. Bentes, esta era da Igreja é representada por um cronograma denominado de: CONCEITO TELESCÓPICO DA ERA DA IGREJA, referente esse processo histórico do período das Igrejas Militantes como é apresentado, no conceito “Telescópio da Era da Igreja”, ou seja, “as coisas que são” (Ap 1.19b), em que termina esse tempo com a apostasia simbolizado pela em Laodicéia, a qual é um “sinal dos tempos”. (II Ts 2.3), saber:

G) “AS COISAS QUE DEPOIS DESTAS HÃO DE ACONTECER”. (Ap 1.9c)

Começa depois do arrebatamento da Igreja Triunfante, seguindo-se ao período dos sete anos de tribulação, do milênio, do juízo final, indo até a era da eternidade.

Mais precisamente segue a seguinte ordem: o arrebatamento da Igreja; o julgamento dos crentes no Tribunal de Cristo para receber os galardões, as bodas do Cordeiro; a tribulação, o julgamento das nações gentílicas, o milênio, o juízo final do trono branco, a nova Jerusalém, a recriação de todas as coisas, o dia da eternidade. Amém. (Mt 24; I Cor 15:23-28; II Co 5:10; I Tes 5:1-10; II Tes 2:1-12; Ap 4 a 22.)

3. O ARREBATAMENTO DA IGREJA TRIUNFANTE

Como já vimos acima, o período da dispensação do Evangelho da graça de Deus, período das “coisas que são”, terminará com o arrebatamento da Igreja Triunfante, antes da grande tribulação, conforme está previsto nos seguintes textos: Jo14:1-3; I Ts 4:12-18; 5:1-10; I Co 15: 50-58; Ap 14:1-5.

Serão arrebatados todos os crentes genuínos que já dormem no Senhor e os que se encontrarem vivos naquele dia, terão seus corpos transformados, imortalizados e glorificados, para encontrar o Senhor nas nuvens, e assim estaremos para sempre com o Senhor. O apóstolo Paulo escreveu aos conríntios sobre esse evento, assim: “Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” (Mt 24:36-41; Lc 17:25-37; Jo 14:1-3; Ef 2.11-22; 3.1-13; I Co 15:51-58; 5:1-10; I Ts 4:13-18.

O arrebatamento da Igreja dar-se-á no “Dia de Cristo”, (Fl 1.6), quando Jesus voltar entre as nuvens nos céus, para levar todos os que creram nEle, desde sua vida, morte e até a primeira ressurreição. (I Ts 4.13-18; Ap 20.1-6).

Citamos alguns sinais que antecedem à Sua segunda vinda para o arrebatamento da Igreja, a saber:

a) a incredulidade generalizada da sua vinda. (II Pe 3.4);

b) a apostasia. (II Ts 2.3; I Tm 4.1-3; II Tm 3.1-9; 4.1-5; Jd 11);

c) dias semelhantes aos de Noé e Ló em Sodoma e Gomorra, (Mt 24.37-44; Lc 17.26-36);

d) o sionismo, a volta dos israelitas para a Palestina, (Lc 21.29; Jr. 16.15; Ez. 36.24)

APOSTASIA UM SINAL DOS TEMPOS: (II Tes 2.1-11; I Tm 4.1-2; II Tm 4.1-5; II Pe 2.1-3)

“Ora, irmãos, rogamos-vos (...), que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito¸ quer por palavra, quer por epístola, como de nós¸ como se do Dia de Cristo estiveste já perto. Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição”. (II Ts 2.1-3)

A palavra apostasia vem da palavra grega “apostassia” que quer dizer “afastamento”, ou abandono deliberado da crença na fé cristã anteriormente defendida. Ex. At 21.21 e II Ts 2.3. Depois veio significar: “manter-se longe de”, como uma forma posterior do grego “apostasis”.

1. No Novo Testamento: É a rebelião ou revolta, com abandono dos princípios básicos doutrinários da fé cristã. Vai além da mudança de idéias sobre doutrinas cristãs, é, também, a entrega da alma a alguma causa maligna contra a sã doutrina da Palavra de Deus.

2. A apostasia conforme foi previsto em II Ts 2.3 e na carta dirigida à Igreja em Laodicéia, (Ap 3.14-22), indicam que no fim dos tempos, antes da parousia, isto é, da segunda vinda de Cristo, antes do Milênio, haverá um afastamento delidberado de muitos, que abandonarão a fé cristã, como prenúncio da manifestação do anticristo e do seu sistema sincrético econômico-político-religioso, tendo as seguintes características:

3. Corrupção generalizada na Sociedade: II Tm 3.1-9.- “Sabe porém isto que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos (...), assim:
a) Materialismo: homens avarentos; mais amigos dos deleites do que amigos de Deus;

b) status social: presunçosos, soberbos, orgulhosos; bajuladores;

c) blasfemos: traidores, ultrajando as dignidades, ofendendo os preceitos religiosos e divinos.

d) secularismo: profanos, contrário às normas tradicionais e aos valores sagrados, maculando-os com comportamentos insubordinados e incoerentes;

e) Desmoronamento da família: A família é a unidade básica da sociedade. E a educação religiosa começa no seio da família cristã que, certamente, repercutirá na Igreja a qual é o somatório das famílias cristãs. Então, destruindo-se os valores cristãos das famílias, criar-se-á o caos nas igrejas e na sociedade. O desrespeito e a insubordinação de “filhos profanos, blasfemos, atrevidos, ingratos, desobedientes a pais e a mães, sem afeto natural, irreconciliáveis, incontinentes, sensuais, cruéis, traidores, orgulhosos,”, etc., têm sido a causa da degeneração moral e social desses últimos dias, evidentemente, como um sinal dos tempos;

4. Apostasia da doutrina: O conhecimento doutrinário bíblico, tradicionalmente preservado com muito sacrifício, passa ser desprezado e substituído por novos conceitos religiosos adequados ao modismo da modernidade eclética secularizada, mesmo sendo contrário à Palavra de Deus, (II Tm 4.5};

5. Crença em doutrinas de demônios: Doutrina contrária à redenção pelo sangue de Jesus derramado na cruz pelos nossos pecados, (Rm 4.25), como quebra de maldição hereditária, regressão hipnótica para cura interior, evangelho puramente social e material com o comércio de produtos religiosos, etc. (I Tm. 3.1; Mt 10.8; Rm 3.21-26; Ef 2.8-9; II Cor 5.17; I Jô 1.7; II Pe 2.3; Hb 10.10-25; Ap 5.9);

6. Ensino de doutrinas heréticas por mestres “segundo suas próprias concupiscências”. Os pregadores do evangelho modernizado não falam mais contra o pecado da vaidade, da luxúria, dos maus costumes mundanos, da sensualidade, da lasciva, do sexo antes e fora do casamento, do homossexualismo, lesbianismo, etc. (I Cor 6.10; I Rm 1.21-32), para não desagradarem os seus ouvintes, que não suportarão mais tais doutrinas, etc, (II Tm 4.3; II Pe 2.1)

7. Manifestação do engano por espíritos de demônios: Manifestação de espíritos enganadores nos meios de divulgação pelo rádio e televisão dando espetáculos promocionais, num escandaloso “marketing”, à moda de sessões espíritas. (I Tm 3.1; 4.1-2);

8. Falsos profetas e enganadores; Falsos profetas enganado e usando o nome do Senhor para tirarem vantagens e dinheiro das igrejas e de crentes incautos. (Mt 7.16-23; 24.11).

9. Falsos apóstolos e ministros (apóstolos ou missionários): Homens fraudulentos que se intitulam de apóstolos consolidando uma hierarquia clerical contrária à Palavra de Deus, para se manter no topo da pirâmide do poder eclesiástico. (II Cor. 11.13-15; II Tm 4.1-5.; II Pe 2.1-3. Tg 1.3-19; Ap 2.2).

Como estava previsto na Bíblia, portanto, já esta havendo uma clara apostasia prenunciando a vinda do Senhor para arrebatar a Sua Igreja Tiunfante, quando haverá uma separação, entre “o joio e o trigo”, , conforme está escrito nas parábolas do joio e do trigo e das 10 virgens (Mt 13.24-30, 36-43; Mt 25-1-13). Será, também, como um ladrão de noite de supresa, para os que e ”estão dormindo em trevas”, (Mt 24.36-44 e Lc 17.21-37; I Tes 5-1-7), portanto, precisamos ser vigilantes, como as cinco virgens prudentes.

Disse Jesus: “Eis que venho como um ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda os seus vestidos, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas. (...) E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra” Ap 22..12. (...). Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho”. Amém, Ora vem, Senhor Jesus”. Ap 22.20.

No estudo da “escatologia”, ou “doutrina das últimas coisas”, vemos a soberania de Deus sobre todas as coisas, e sua intervenção direta na humanidade, através do arrebatamento da Igreja e dos três grandes julgamentos.

4. PERÍODO DA TRIBULAÇÃO – SETE ANOS (Dn 9.27)

Período dos grandes juízos da tribulação, com início imediatamente após arrebatamento da Igreja Triunfante. Vejamos alguns conceitos:

O conceito das profecias paralelas ou "os duplos": - 7 anos da tribulação.

O conceito das profecias: os “duplos”, dos grupos de sete julgamentos paralelos do livro de Apocalipse, está baseado no texto de Gn 41:14 ss, onde há interpretações paralelas dos mesmos eventos, ou seja, as sete "espigas cheias" são idênticas às sete "vacas gordas", e as sete "espigas mirradas" são idênticas às sete "vagas magras", que é uma mesma coisa, conforme o sonho que José (tipo de Jesus), filho de Jacó, interpretou para Faraó no Egito.

Aplicando-se este conceito do paralelismo ao livro de Apocalipse, temos o seguinte quadro: “Os sete selos e as sete trombetas seriam, espiritualmente paralelos; e os sete anjos e as sete taças seriam espiritualmente paralelos. Os selos e trombetas seriam uma “visão celeste” dos mesmos acontecimentos localizados na terra pelos anjos e taças. Desta maneira, somente sete elementos distintos seriam encontrados no livro de Apocalipse, com respeito aos juízos, e não uma série de quatro conjuntos de acontecimentos. Isto é, às visões celestes dos mesmos acontecimentos, e os sete anjos e as sete taças, correspondem os juízos aplicados na terra. Assim, somente sete elementos distintos seriam encontrados no livro de Apocalipse, no tocante aos juízos, e não uma série de quatro conjuntos distintos de julgamentos. Seguindo a interpretação do capítulo 41 de Gênesis, e a tomada de Jericó, Josué capítulo 6, podemos entender melhor o conceito: “os duplos”, das profecias paralelas. Considerando-se ainda, que as sete trombetas constituem o sétimo selo, conseqüentemente, temos treze acontecimentos gerais, a saber:

i. Seis selos descritos nos capítulos 5 e 6.

ii. O sétimo selo composto de sete trombetas, cap 8 v 1 ss,

iii.O sétimo selo consistiria de sete eventos, dando um total de 13 acontecimentos, ou seja, 6 seis selos mais sete trombetas que constituem sétimo selo.

Fazendo-se outro paralelismo com a tomada de Jericó por Josué (tipo de Jesus), temos o seguinte quadro: O povo de Israel rodeou a cidade por 13 vezes, assim: Nos primeiros seis dias eles a rodearam apenas uma vez cada dia; mas, no sétimo dia, rodearam-na por sete vezes. Seis mais sete é igual a treze. Com isso derrubou as muralhas de Jericó, com a conseqüente derrota de seus habitantes. (Josué cap 6). Assim também, treze acontecimentos gerais estão profetizados para mesmo período de sete anos durante a tribulação, pois, as sete trombetas constituem o sétimo selo, então, treze acontecimentos gerais são descritos no livro de Apocalipse, a saber: Seis selos, sendo que no sétimo selo está incluída as sétimas trombetas, dando assim, o total de 13 acontecimentos, seis selos mais sete trombetas, no período de sete anos da tribulação, que corresponde aos sete dias da tomada de Jericó, com 13 toques das trombetas pelos sacerdotes na tomada de Jericó, durante os sete dias. Assim também, com os 13 acontecimentos paralelos revelados no livro de Apocalipse, cap 5 a 16, porão fim ao governo mundial da Besta e Satanás, estabelecendo-se, em seu lugar, o Reino Milenial de Cristo Jesus. Como está escrito: "Aleluia, pois reina o Senhor nosso Deus, o Todo-Poderoso". (Ap 19:6b). Amém.

Damos abaixo, os textos bíblicos correspondentes dessas profecias paralelas, para uma melhor compreensão:

OS PARALELOS:

I. Os selos e os anjos. Vejamos no quadro abaixo os paralelos: O selos indicam o ponto de vista celeste; os anjos indicam o ponto de vista terreno dos mesmos acontecimentos.

II. As sete trombetas e as sete taças. Vejamos no quadro abaixo os paralelos: As trombetas indicam o ponto de vista celeste; as taças indicam o ponto de vista terreno dos mesmos acontecimentos.

QUADRO QUE DEMONSTRA OS ACONTECIMENTOS PARALELOS CORRESPONDENTE AO CUMPRIMENTO DO SÉTIMO SELO E DAS SETE TROMBETAS, COMANDADO PELOS ANJOS DO CÉU E EXECUTADO AQUI NA TERRA ATRAVÉS DO DERRAMR DAS SETE TAÇAS E DAS SETE PRAGAS DA IRA DE DEUS, SOBRE A TERRA. (Ler: Ap 8; 9;11.15-19; 15; 16).

Vejamos como está escrito no livro de Apocalipse, revelação de Jesus Cristo ao apóstolo João na ilha de Patmos, a saber”

“E, havendo aberto o sétimo selo, fez-se silêncio no céu quase por meia hora. E vi os sete anjos, que estavam diante de Deus, e foram-lhes dadas sete trombetas. E veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono. E a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do anjo até diante de Deus. E o anjo tomou o incensário, e o encheu do fogo do altar, e o lançou sobre a terra; e houve depois vozes, e trovões, e relâmpagos e terremotos. E os sete anjos, que tinham as sete trombetas, prepararam-se para tocá-las”. Ap 8.1-6;

(...) “E ouvi, vinda do templo, uma grande voz, que dizia aos sete anjos: Ide, e derramai sobre a terra as sete taças da ira de Deus. E foi o primeiro, e derramou a sua taça sobre a terra, e fez-se uma chaga má e maligna nos homens que tinham o sinal da besta e que adoravam a sua imagem. E o segundo anjo derramou a sua taça no mar, que se tornou em sangue como de um morto, e morreu no mar toda a alma vivente. E o terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e se tornaram em sangue. E ouvi o anjo das águas, que dizia: Justo és tu, ó Senhor, que és, e que eras, e santo és, porque julgaste estas coisas. Visto como derramaram o sangue dos santos e dos profetas, também tu lhes deste o sangue a beber; porque disto são merecedores. E ouvi outro do altar, que dizia: Na verdade, ó Senhor Deus Todo-Poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos. E o quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe permitido que abrasasse os homens com fogo. E os homens foram abrasados com grandes calores, e blasfemaram o nome de Deus, que tem poder sobre estas pragas; e não se arrependeram para lhe darem glória. E o quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta, e o seu reino se fez tenebroso; e eles mordiam as suas línguas de dor. E por causa das suas dores, e por causa das suas chagas, blasfemaram do Deus do céu; e não se arrependeram das suas obras. E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do oriente. E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta vi sair três espíritos imundos, semelhantes a rãs. Porque são espíritos de demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis da terra e de todo o mundo, para os congregar para a batalha, naquele grande dia do Deus Todo-Poderoso. Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as suas roupas, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas. E os congregaram no lugar que em hebreu se chama Armagedom. E o sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e saiu grande voz do templo do céu, do trono, dizendo: Está feito. E houve vozes, e trovões, e relâmpagos, e um grande terremoto, como nunca tinha havido desde que há homens sobre a terra; tal foi este tão grande terremoto. E a grande cidade fendeu-se em três partes, e as cidades das nações caíram; e da grande babilônia se lembrou Deus, para lhe dar o cálice do vinho da indignação da sua ira. E toda a ilha fugiu; e os montes não se acharam. E sobre os homens caiu do céu uma grande saraiva, pedras do peso de um talento; e os homens blasfemaram de Deus por causa da praga da saraiva; porque a sua praga era mui grande”. Ap 16.1-21.
“(...) E foi-me dada uma cana semelhante a uma vara; e chegou o anjo, e disse: Levanta-te, e mede o templo de Deus, e o altar, e os que nele adoram. E deixa o átrio que está fora do templo, e não o meças; porque foi dado às nações, e pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses. E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de saco”. Ap 11.1-2. (...) “E o sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre. E os vinte e quatro anciãos, que estão assentados em seus tronos diante de Deus, prostraram-se sobre seus rostos e adoraram a Deus, Dizendo: Graças te damos, Senhor Deus Todo-Poderoso, que és, e que eras, e que hás de vir, que tomaste o teu grande poder, e reinaste. E iraram-se as nações, e veio a tua ira, e o tempo dos mortos, para que sejam julgados, e o tempo de dares o galardão aos profetas, teus servos, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra. E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca da sua aliança foi vista no seu templo; e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos e grande saraiva”. Ap 11.15-19.

Aqui temos os mesmos acontecimentos paralelos do ponto de vista celeste e terrenos, respectivamente, no total de 7 trombetas e 7 taças que constituem o sétimo selo.

Consideremos o seguinte paralelismo da tomada de Jericó: Como aconteceu com a tomada de Jericó, com o toque da sétima trombeta no último dia, completando os 13 acontecimentos, (Js 6.1-20), da mesma maneira, com a sétima trombeta e a sétima taça do livro de Apocalipse, (Ap 11.15-19; 16.15-21), se dará o segundo advento com a volta de Cristo e completar-se-á o tempo dos gentios, "tempo do fim", de que falou o profeta Daniel. (Dn 12. 6-11; .I Co 15:51-54).

Assim temos: Os selos e os anjos descrevem os mesmos acontecimentos, embora de pontos de vistas diferentes; o sétimo selo se constitui das sete trombetas; as sete trombetas e as sete taças descrevem os mesmos acontecimentos de acordo com diferentes pontos de vistas celestiais e terrenos. (Do N. Testamento, comentado por Russell Norman Champlim).

H) PARALELISMO ENTRE O CAPÍTULO 24 DE MATEUS E OS SETE SELOS DO LIVRO DE APOCALIPSE

Segundo o teólogo Scofield, o capítulo 24 de Mateus tem dupla aplicação, parte aplicável à era da Igreja e parte à tribulação, assim: “Os versículos de 4 a 14 de Mateus 24 têm dupla interpretação que são”:

a. o caráter da era – guerras, conflitos internacionais, fomes, pestes, perseguições e falsos cristos, aplicáveis à dispensação da Igreja, (Dn 9.26); e

b. Que a mesma passagem (Mt 24.4-14) aplica-se da mesma maneira específica ao fim desta era, ou seja, parte da tribulação prevista na septuagésima semana de Daniel (Dn 9.27). Tudo “o que caracteriza a tribulação assume terrível intensidade no fim...”

Outra interpretação importante, segundo o teólogo English, entende-se que os versículos 4 a 8 de Mateus 24 corresponde à primeira metade da tribulação, e os versículos 9-26 do mesmo capítulo corresponde à segunda metade, a grande tribulação. (Dn 9:27; Ap 12:6,14).

O paralelismo entre os versículos 4 a 8 de Mateus 24 e Apocalipse 6, indica que a primeira metade da tribulação é tratada aqui.

Vejamos esse paralelismo observado por English, a seguir:

Paralelismo dos sete selos do Apocalipse com o capítulo 24 do Evangelho de São Mateus.

Para melhor compreenção da abertura dos sete selos, (Ap 6; 8.1-2) temos outro paralelismo importante, entre o capítulo 24 do Evangelho segundo São Mateus e os os sete selos do livro de Apocalipse, além do paralelismo dos "duplos" postado anteriormente, a seguir:

Segundo o teólogo Scofield, o capítulo 24 de Mateus tem dupla aplicação, parte aplicável à era da Igreja e parte à tribulação, assim: “Os versículos de 4 a 14 de Mateus 24 têm dupla interpretação que são”:

a) o caráter da presente era – guerras, conflitos internacionais, fomes, pestes, perseguições e falsos cristos, aplicáveis à dispensação da Igreja, ou seja, está se cumprindo historiacamete. (Dn 9.26); e

b) Aplicação no fim da era - Que a mesma passagem (Mt 24.4-14) aplica-se, também, de maneira específica ao fim desta era, ou seja, durante a tribulação prevista na septuagésima semana de Daniel (Dn 9.27). Tudo “o que caracterizava o século presente assume terrível intensidade no fim, na tribulação ”. Assim entendemos que a profecia acima está se cumprindo em parte durante o período da Igreja militante, e será cumprida na sua totalidade no período da tribulação.

Paralelismo – Com base no comentário do teólogo English, "existe um paralelismo entre os sete selos e o capítulo 24 de Mateus”, assim:

i) Em Mt 24.4-14, corresponde aos primeiros 5 selos de Apocalipse capítulo, 6, vv 2-11, porém, sob a falsa aliança do anticristo, conforme a primeira metade da semana profética de Dn 9.27ª, e,

ii) Em Mt 24.15-26, corresponde aos sexto e sétimo selos de Apocalipse capítulos 6, vv 12-17 e 8.1-2, relativo à segunda metade da grande tribulação, vindo depois o fim". (Dn 9:27; Ap 7.1-8; 12:6,14), assim:
a) Paralelismo de Mt 24.4-14 e os cinco primeiros selos de Apocalipse cap. 6:

1) O primeiro selo (Ap 6.2) - "Revela um cavaleiro num cavalo branco com um arco, e foi-lhe dado uma coroa; e ele saiu vencendo e para vencer", tentando conquistar, o qual é o falso “Cristo”, (o falso profeta imitando o Messias, Jo 5.43; Ap 13:11). Ele vai estabelecer uma paz temporária com os judeus, conforme Dn 9:27; e 1ª Ts 5.3. Correesponde à primeira previsão em Mt 24:5, assim: "Muitos virão em meu nome dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos”.

Observação - É importante não confundir o cavalo branco de Ap 6.2, (é uma imitação), com o cavalo branco do capítulo 19.11 de Apocalipse, no qual Jesus vem vitorioso para reinar, conforme Ap 19. 11, 13, 16, que diz ser Ele: “Fiel e Verdadeiro", "Verbo de Deus", e tem na Sua coxa escrito: "Rei dos Reis e Senhor dos Senhores".

2) O segundo selo Ap 6.3-4 - Foi aberto revelando um homem num cavalo vermelho, que deveria tirar a paz da terra com grande mortandade, (Ap 6.4). Corresponde a Mt 24.6, “Guerras e rumores de guerras (...), se levantará nação contra nação”

3) O terceiro selo Ap 6.5-6 - Foi aberto revelando um homem num cavalo preto, que tinha balança na mão (...), (Ap 6.5,6), indicando escassez de alimento, corresponde a terceira previsão de Mateus 24:7 que diz: “haverá fomes e pestes (...)” .

4) O quarto selo Ap 6.7-8 - Foi aberto revelando alguém num cavalo amarelo, cujo nome era Morte, (Ap 6.8), corresponde a quarta previsão de Mt 24:7, “haverá guerras, terremotos e pestes”, conseqüentemente, haverá muita morte.

5) O quinto selo Ap 6.9-11 - Relaciona-se aos que foram mortos pela Palavra de Deus, e, sob o altar choram: “Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?” Corresponde a quinta profecia de Mateus 24:9,que diz: “ Então, sereis atribulados, e vos matarão”.

b) Paralelismo de Mt 24.15-26 com os sexto e sétimo selos de Ap. 6.12-17 e 8.1-2 ss.

6) O sexto selo Ap 6.12-17 - Refere-se a inervenção de Jesus a favor de Israel (Ap 6.12-17). correspondente à previsão de Mt 24:15-22, ou seja, a ruptura do tratado de paz com os judeus, dando início à segunda metade da septuagésima sema de Daniel (Dn 9.27b), ou a metade da grande tribulação.

Observação - Aqui começa as grandes perseguições contra Israel que estão escritas em Ap 12.6, 12-17, cuja perseguição "durará mil duzentos e sessenta dias", ou seja, "um tempo, dois tempos e metade de um tempo. (Ap 12.6, 14)". Corresponde à abominação da desolação de que falou o profeta Daniel (Dn 9.27, 12.7,11; Ap 12.3; ), mencionada por Jesus em Mt 24.15, “Quando pois virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, estiver no lugar santo, quem lê, entenda”, indicando que o evento será na última metade da semana de anos, ou seja, nos três anos e meio no período da grande tribulação. (2ª Ts 2.1-7; Ap 13.1-10)

7) O sétimo selo (Ap 8.1-2) - Refere-se à última metade da grande tribulação, quando João viu os sete anjos que estavam diante de Deus os quais passaram a tocar as sete trombetas, (Ap 15.1; 16.1), para derramarem as sete taças da ira de Deus, (Dn 9.27b; Ap 8; 9; 11; 15; 16; 17; 18). Com esses acontecimentos terminará o período da grande tribulação, o tempo do fim (Dn 12.8-13), correspondente às profecias de Jesus em: Mt 24.21-31; Mc 13.19-23; Lc 21-23-24; Ap 7.14, 17.14

Fazendo-se um resumo do paralelismo do sermão profético apresentado por Jesus registrado em Mateus no capítulo 24, com os sete selos do livro de Apocalipse, observa-se a seguinte ordem dos acontecimentos no período da tribulação, assim:

a) Na primeira metade dos sete anos Israel sofrerá os castigos mencionados em Mt 24.4-14, correspondente aos primeiros 5 selos de Apocalipse cap. 6, porém, sob a falsa aliança do anticristo, conforme Dn 9.27a: "E ele firmará um concerto com muitos por uma semana (...) ; (1ª Ts 5.3).

b) Na metade da semana profética de Daniel (Dn 9.27b; Ap 12.3-11), haverá a ruptura do tratado de paz feito pelo anticristo com o povo de Israel e começará a grande perseguição ou a "grande tribulação", até a volta de Cristo Jesus para reinar. assim: "(...) e, na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador". (Mt 24.27-31; Mc 13.24-27; Lc 21.29-33; 1ª Ts 5.1-3; Ap 11.15; 16.13-16; 19.6-8).

c) Na última metade dos sete anos ocorrerá grande tribulação, e a súbita perseguição do Desolador, o que levará a Israel fugir da sua terra. ((Dn 9.27c; Mt 24.16-28; Ap 7.14, 12.12-17; 2a. Ts 2.3-4; Ap 12.14; 13.1-10).

d) A parte infiel de Israel será enganada pelo falso profeta e apostatará. ((Mt 24.11-26; 13.11-18; Jo 5.43; 2ª Ts 2:8-12).

e) A parte fiel de Israel convertida a Cristo dará testemunho, (Ap 6.9-11; 7:3-8) anunciando as boas novas de que estes acontecimentos prenunciam a vinda do Messias. (Mt 24.14, Ap 11.3-14). 24.21-31; Mc 13.19-23; Lc 21-23-24; Ap 7.14, 17.14) Paralelismo já mencionado acima.

d) A parte infiel de Israel será enganada pelo falso profeta (Mt 24.11-26; 13.11-18) e apostatará (Jo 5.43; 2ª Ts 2:8-12).

I)O SURGIMENTO DO ANTICRISTO E DO FALSO PROFETA

O Anticristo surgirá com o renascimento de alguma expressão do Império Romano (Ap 13; 17:3-13) através do qual o grande mal virá, a besta e o falso profeta. (Dn 9.26-27; 12.7-12; Mt 24.15; II Ts 2.3, 4; Ap 11.3; 12.7-9; 13.1-8)

NOTA EXPLICATIVA COMPLEMENTAR: (Continuação)

ANTICRISTO: Será um líder mundial que gonrvenará as nações com poder nunca viso na história da humanidade.

• O DRAGÃO OU SATANÁS: Seu sistema operacional globalizado, possui 7 cabeças e 10 chifres (Ap.12.3) – representa o governo das hostes espirituais do maligno, a antiga serpente, satanás e o Diabo (Ap 12:9).

• A BESTA: é a expressão e operacionalização na Terra do “Reino das Trevas”, onde Satanás reina (Mt.4:8-11; Ap 13:1-2), na economia e na política da "NOVA ORDEM MUNDIAL",  também é representado por 7 cabeças e 10 chifres;

• O FALSO PROFETA.  É um líder religioso (do anticristo), representante do sistema religioso montado para a adoração de Satanás, que trabalha conjuntamente com o sistema do reino de Satanás, com apoio a primeira besta. Pode ser visto na segunda besta que sobe da terra (Ap.13:11-18), bem como na figura do projeto da “economia global e da nova era”, detalhadamente explicado mais adiante. Distinto da mulher (BABILÔNIA) que é levada pela besta (Ap.17), que será combatida pelos 10 chifres (Ap.17:16-18), a qual não permanece até a Volta de Jesus (Ap.19:19,20).
Após estes esclarecimentos, agora podemos ver o cumprimento da profecia nesses últimos dias:

J) A PRIMEIRA BESTA E O PROJETO DA ECONOMIA GLOBAL PARA O NOVO GOVERNO MUNDIAL Ap 13:1-10

Atualmente, pode-se ver que já está em andamento a organização política, econômica, social e religiosa, da Nova Era e da nova Ordem Mundial, liderada pelos 7 países mais poderosos do mundo e a nova economia global estruturada nas 10 regiões de livre comércio em que foi mapeada a terra. Breve se cumprirá a profecia do Apocalipse cap. 13, isto é, “a primeira Besta que surgirá do mar, com 7 sete cabeças e dez chifres”, (conhecido como o G-7, (que de pois será acrescido da ponta pequena como disse Daniel cap. 7.8, e Ap 17.8-12), e a segunda Besta, o Falso Profeta, que “emergirá da terra, possui dois chifres, parecendo cordeiro, mas falava como dragão”. É uma imitação fraudulenta de Cristo para enganar com sinais e prodígios as nações. Ler: Ap 13.11-18).

Fazendo-se um paralelismo dos sete países mais ricos e poderoso que ditam as regras econômicas e políticas do mundo industrializado, e as 7 cabeças da 1ª Besta, Ap 13:1, temos:

a) 1 – Estados Unidos da América – EE. UU.; 2 - Inglaterra; 3 - Canadá; 4- Alemanha; 5 - França; 6 -Itália; 7 –Japão.=G-7, Corresponde às 7 cabeças. Depois surgirá a ponta pequena (Dn 7.7-8, 24,25; Ap 17.7-12), que é o oitavo e é também um dos sete ou seja o G-8
As regiões geo-econômicas foram elaboradas pelo chamado “Clube de Roma”, em 25 de março de 1957, quando foi firmado o tratado de Roma, e com o pacto reafirmado em 1993, a saber:

b) 1 - Estados Unidos da América, Canadá e México; 2 - Europa Ocidental – representada pela União Européia; 3 - Japão; 4 - Austrália e Sul da África; 5 - Antiga União Soviética. (Europa Oriental); 6 - América do Sul e Central; 7 - Mundo Árabe - países árabes do Oriente; 8 - África do Norte e Oriente Médio; 9 - Índia e Sudeste da Ásia; 10 - China e Ásia Central. - Semelhante aos 10 reis (governos ou chifres). Leia: Dn 7:8, 13-18; Ap 17:7-18.

Dando suporte a esse sistema mundial organizado, existe uma liderança mundial constituída e organizada por 10 países, conhecida como o Grupo dos 10 (G-10), Este grupo foi formado em 1962, em conjunção com os governos dos 8 países membros do Fundo Monetário Internacional (Bélgica, Canadá, França, Itália, Japão, Holanda, Inglaterra e Estados Unidos), acrescido de 2 outros bancos centrais dos países da Alemanha e Suíça, com o objetivo de idealizar e executar uma política econômico-financeira mundial. Observe que os países que estão sublinhados são também do grupo do G-7, um grupo dentro do outro.
Para tanto, desde então, estão sendo produzidos trabalhos em todo o mundo, envolvendo substanciais alterações nas políticas internas dos países membros e não-membros, com a participação direta do BIS (Banco Central dos Bancos Centrais dos países do mundo), da EC (Comissão Européia), do FMI (Fundo Monetário Internacional) e da OECD (Organização para o Desenvolvimento e Cooperação Econômica), que são “braços” de atuação do sistema.

Este golpe no final dos "tempos dos gentios" só se cumprirá no final dos tempos, na guerra do Armagedom, (Ap 16:13-16; 19:17), com a volta de Jesus para reinar, como está previsto em Dn 7 e Ap 13 a 19., que, após se cumprir, será seguido pelo reino do céu. É impressionante observar que o domínio mundial gentio, começou e terminará com uma grande imagem!!! (Dn 2:31; Ap 13:14-15).

A partir do modelo da Comunidade Econômica Européia - CEE, foi criado o modelo mundial com o mapeamento geográfico de 10 Regiões de livre comércio, a fim de que um líder mundial possa governar o mundo, “com justiça, igualdade e fraternidade”. Tendo como base, o “Projeto 666” uma só moeda eletrônica, código de barras, uma só economia global, um só governo mundial e uma aldeia global.

Foram assim criadas 10 comunidades econômicas de livre comércio, à semelhança do antigo Mercado Comum Europeu - MCE., lideradas por dez regiões. (Já citadas anteriormente).

Foi em 25 de março de 1957, que o chamado “Clube de Roma”, uma das organizações patrocinadoras desta Nova Ordem Mundial, elaborou o desenho do mapeamento geográfico mundial de como ficariam essas regiões de livre comércio, e com base nesse projeto mundial, foi assinado o Tratado de Roma.

Comprovando o processo da implantação da “Nova Ordem de um Governo Mundial”, da economia globalizada que foi publicado no jornal de São Paulo, a Gazeta Mercantil de 26/mai/94, o novo “Mapa do Comércio Mundial”, com o título “o mundo em pedaços”, dando o mapa atual do projeto da economia global que está em andamento através dos seguintes blocos econômicos:

1 - União Européia - UE. Países: Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Grécia, Islandia, Itália, Luxemburgo, Holanda, Portugal, Espanha e Reino Unido, com 30% do PIB MUNDIAL, e cerca de 320 milhões de habitantes.

2 - European Free Trade Association - EFTA, criada em 1960. Países: Áustria, Finlândia, Islândia, Liechtenstein, Noruega, Suécia e Suíça.

3 - Acordo de Livre Comércio da América do Norte - NAFTA, com 360 milhões de compradores. Estados Unidos, Canadá e México.

4 - Mercado Comum Centro-Americano - MCCA, criado em 1973. Países: Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, República Dominicana, Granada, Guiana, Jamaica, Montserrat, Saint Kits and Nevis, Santa Lúcia, Saint Vicent-Grenadines e Trinidad Tobago.

5 - Associação das Nações do Sudeste Asiático - ASEAN, foi formada em 1967. Paises: Brunel Darussalam, Indonésia, Malásia, Filipinas, Cingapura e Tailândia.

6 - Pacto Andino - instituído em 1969. Países: Bolívia, Colômbia, Equador, Perú e Venezuela. O Chile retirou-se em 1977.

7 - Mercosul - Criado em 1991. Países: Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Formaram um zona de livre comércio e uma união aduaneira englobando 85% dos produtos intercambiáveis.

Este processo está em formação até que se complete através de negociações e tratados entre as nações envolvidas.

Atualmente está em andamento a negociação com os Estados Unidos e demais Países da América Latina, inclusive o Brasil, para instalação da Àrea de Livre Comércio para América Latina – ALCA, que estava prevista para 2005, porém, não se concretizou.

Isto é um simples resumo do plano-base de sustentação para o governo mundial do “Anticristo”.

K) PREPARATIVOS PARA IMPLANTAÇÃO DO GOVERNO MUNDIAL.

Sobre este item, o Pr. Joel Stevanatto, cita duas declarações importantes feitas por membros do Conselho das Relações Exteriores dos Estados Unidos, que demonstra o desejo de um governo mundial, a saber:

James Wamburg - “Nós teremos um governo mundial quer os senhores queiram ou não. Seja mediante entendimentos ou por meio de uma imposição”.

Gord Mayer - “Quando as nações estiverem afiliadas à Federação do Governo Mundial, será impossível para qualquer nação sair dela, pois com a bomba atômica a mesma poderia ser varrida da face da terra”.

Sobre esse assunto, também declarou o ex-Presidente dos EE. UU., George Bush: “É uma grande idéia, uma nova ordem mundial, em que nações se unem numa causa comum”. Los Angeles, Times 18/02/91.

De acordo com as profecias de Dan. 2:3l-45, 7:23-24; 9:26-27; Mat. 24:15; II Tes.2:1-10; Apoc.13; 17 e 18, surgirá um líder mundial, o Anti-Cristo e o governo do Falso Profeta, que governará o mundo por pouco tempo, correspondente a grande tribulação de 7 anos, dividido em dois períodos de 3 anos e meio. Pois bem, para cumprimento das Sagradas Escrituras, apareceu na Europa o Sr. “Michel Smieley”, com o projeto 666 para a reconstrução do “NOVO IMPÉRIO ROMANO DO OCIDENTE”, no dia 14 de Julho de 1989, assim:

EXEMPLO HIPOTÉTICO DO CONTROLE MUNDIAL DO ANTICRISTO - Projeto 666

O Sr. Michel Smieley, (666), deseja a presidência do Novo “IMPÉRIO ROMANO DO OCIDENTE”, objetivando criar um governo Europeu Mundial, integrado por 66 estadistas e homens ilustres de todo mundo para governar com eles esse novo império.

Reconhece com seu projeto político a dualidade da natureza humana, e combinará o material com o espiritual para elevar o homem ao seu nível máximo.

Aspira compartilhar o poder com os primeiros 666 milionários do mundo que de maneira desinteressada e altruísta patrocinarem incondicionalmente este projeto com milhões de dólares.

As Metas do Projeto “666” - Apoc. 13:16-18.

1 - “A criação e reconstrução com os países do Mercado Comum Europeu do “Novo Império Romano do Ocidente”, e com ele a força econômica, política e militar mais poderosa da terra para resolver todos os problemas da humanidade”.

2 - A solução do problema judeu-palestino com o “plano de paz 666”, o que inclui a reconstrução do terceiro templo de Jerusalém e a transformação dela na capital mundial do cristianismo, através de uma religião cristã mundial baseada na unidade e compreensão dos problemas políticos. (este plano garantirá a liberdade, segurança e existência do povo judeu e palestino). I Ts 5:3; II Ts 2:3-4; Mt 24:15

3 - A unidade de todos os povos do mundo e a criação com eles de uma raça única e indivisível; uma humanidade igual em direitos e deveres, e sem discriminação de raças, credos políticos e religiosos, através da instauração de uma cidadania universal.

4 - A criação com o “Projeto 666” de uma nova economia e ordem econômica mundial que permitirá a criação de um paraíso na terra, o que será possível com a implantação do nosso código de negócios 666 e o código de identidade 666, (código de barras), sem os quais ninguém poderá comprar nem vender, e com os quais findarão a miséria, a exploração, o enriquecimento ilícito, os delitos econômicos, a violência urbana e o tráfico de drogas, pensa ele.

“5 - A abolição da dívida externa de todos os países do mundo.”
(Do livro de Wanderley Xavier, - 666 e o Governo Mundial!)

O Conteúdo do Projeto 666 - Apresentado no 14/07/89

-“Integração do Mercado Comum e a saída da Inglaterra do mesmo.

- “O Mercado Comum e como deve chamar-se;

O NOVO IMPÉRIO ROMANO DO OCIDENTE”.

- A ideologia política que deve ter este novo império.
- A estruturação econômica que deve caracterizar este novo império.
- A divida externa de todos os países do mundo deve ser cancelada.
- A racionalização internacional dos recursos naturais.
- A racionalização do desenvolvimento industrial a nível mundial.
- A limitação dos danos ecológicos e a recuperação do ambiente da existência.
- A restrição dos empréstimos bancários internacionais para se evitar novos endividamentos.
- O código de negócios 666 que abrange todas as transações econômicas
- O sistema de negócios 666.
- A política de defesa que deve caracterizar este novo império.
- A política do novo império perante os E.U., a Rússia e o resto do mundo.
- O inevitável choque do 666 com a Bíblia, e a necessária rebelião do homem contra Deus. (II Tes. 2:4).
- O “Plano de Paz 666” para resolver o problema judeu-palestino.
- A necessidade da reconstrução do terceiro templo de Jerusalém. (Mat. 24:15),
- Garantia de segurança a Israel e a intenção de converter a Israel no centro do cristianismo mundial.
- O final do papado de Roma. (Ap 17:16-17).
- “Armagedom “ um holocausto que pode ser evitado.
- O 666, o anticristo.
- Nossa defesa do anticristo.
- Apresentação de nossa candidatura à presidência do Mercado Comum Europeu nas eleições que deverão se realizar em 1995 ou 1996...
- Protocolo do Parlamento Europeu após o recebimento do projeto 666.
- Código de negócios 666, será utilizado para todas as transações econômicas. Este sistema monetário único tem uma nova fórmula, cujas vantagens são incontestáveis, por meio do código de barras, a saber:

1 - Elimina o dinheiro e a necessidade de imprimir papel moeda.

2 - Acaba com as irresponsáveis, injustas e legais especulações bancárias nas bolsas internacionais.

3 - Garante um absoluto controle das riquezas da humanidade e o adequado pagamento ao fisco internacional.

4 - Facilita as transações econômicas e comerciais até aos níveis nunca antes conhecidos.

5 - Suprime as moedas e divisas internacionais existentes hoje no mundo, permitindo estabelecer preços reais a todos os produtos criados pelo homem, independente do lugar, região ou pais onde foram fabricados.

6 - Permite a planificação de uma economia mundial com base no valor real dos meios de produção existentes e a sua capacidade de produção.

No plano social, pretendo acabar com lavagem de dinheiro sujo, destruir com o tráfico de drogas, acabar com assaltos e roubos de mãos armadas, tudo isto por não existir dinheiro circulante.

O projeto prever um FERIADO BANCÁRIO INTERNACIONAL, para em um só dia converter o sistema monetário existente em um único sistema monetário internacional, que só poderá ser movimentado quem tiver o código único individual, que englobe todas as transações econômicas, bancárias e de negócios, que deve ser composto com o número 666. Hoje já se observa, em todos os bens de trocas e mercadorias, registrado esse código de barras, tendo 3 barras: uma no começo, uma no meio e outra no final, com o número invisível de 666.

Desde 1975, existe em Bruxelas um monumental computador chamado de “A BESTA’ onde já estão armazenados dados sobre a identidade, imposto de renda, cartão de crédito, seguro social, passaporte, carteira de motorista para que posteriormente seja expedido, para cada pessoa, um só número. As crianças recém-nascidas deverão receber o número na testa, com raio laser que lhe identificará todo resto da sua vida”. (Atila Brandão - Anticristo - pág. 56).

Já foi criada a “CONSTITUIÇÃO PARA A FEDERAÇÃO DO PLANETA TERRA”, atualmente circulando em todo o mundo para ratificação pelas nações e povos da terra. “Está previsto a sua aprovação no mês de Novembro de 2004, na cidade de Roma”. (Fonte: apostila da Missão Evangélica Shekinah, Nova Era, pág. 47).

Este projeto do GOVERNO MUNDIAL E DA ECONOMIA GLOBAL, corresponde a Primeira Besta do Apocalipse cap. 13:1-10, e Dan. 2:31-45; 7.

L) A SEGUNDA BESTA – O FALSO PROFETA, A NOVA RELIGIÃO MUNDIAL E O SINCRETISMO RELIGIOSO - Ap 13:11-18.

Há uma tendência generalizada no mundo atual da unificação de todas religiões, através do que elas tem de bom e comum. Daí surgiu um diálogo aberto entre a Igreja Católica Romana, as religiões orientais e o Conselho Mundial de Igrejas.

Nos últimos 35 anos, tem se observado uma crescente tendência nos meios eclesiásticos de uma unificação ou a ecumenicidade, ou a fusão entre inúmeras denominações que professam o cristianismo, a partir dos encontros preliminares de 1925 e 1927. Desses encontros surgiu o Conselho Ecumênico Temporário em 1938 e posteriormente o “Conselho Mundial de Igrejas” em 1948. A partir de então várias igrejas tem se unido ao movimento, pretendo reunir diversos ramos da cristandade numa grande igreja universal, incluindo não só parte do protestantismo, como a Igreja Católica Romana e ramificações da Igreja Ortodoxa Grega. Do ponto de vista escatológico, já estava previsto no cap. 17 do Apocalipse um grande sistema religioso mundial, simbolizada por uma “Prostituta” e no 18 a “Grande Babilônia”. Neste sistema, certamente, via sincretismo religioso e a NOVA ERA AQUARIANA, entrarão entidades diversas ligadas ao espiritismo, esoterismo, hinduismo, e outras religiões orientais. Este sistema apóstata será aniquilado conforme está previsto em Ap. 17:16-17 e II Ts 2.8).

Um dos sinais dos tempos proféticos para a Igreja, é a apostasia, conforme está escrito em I Tm. 4:1-2 e II Tm. 4:1-5; II Ts 2.1-11. “...Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos dias alguns apostarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios”, Leiam também 2 Tm. 3:1-13, e 2a. Pe. 2:1, Para exemplificar citamos alguns pontos do desvio de alguns teólogos modernistas e liberalistas, que negam: a absoluta infalibilidade e veracidade da Bíblia, a eternidade e deidade de Jesus Cristo, o seu sacrifício vicário na cruz, sua ressurreição e o seu retorno corporal a terra. Isto é um sinal de grosseira apostasia. II Tes, 2:3-4.

Estamos bem perto da predição feita por Jesus e do Apóstolo Paulo, de que antes da Vinda do Senhor, teremos um período de grande apostasia, que será um fator propício para que Satanás encontre espaço favorável para a realização do seu intento.

Para concretização dessa previsão bíblica, é que surgiu o Movimento chamado de “NOVA ERA AQUARIANA”, (New Age), comandada por um rande líder mundial ou AVATAR, através de uma hierarquia demoníaca, encabeçada pelo Satanás - ”Maitreya” - , que é o falso Messias da Nova Era, a saber:

A HIERARQUIA DA NOVA ERA - A VERDADE BÍBLICA (Ef. 6:12)

Schambala -  Lugar onde Lúcifer reina (Morada do senhor no mundo)
Sanat Kumara (Amuna Khur- o senhor do mundo).  É o próprio Lúcifer

Mestres cósmicos. Forças espirituais do mal nas regiões celestes. Ef. 6:12
Lord Maitreya (Ajita, falso Cristo). A Besta que sobe do mar, o Anticristo, Ap, 13:1-10. É o que levará a cabo o propósito da Nova Era
Avatar de Síntese. (O falso Profeta). A Besta que sobe da terra, o falso profeta. Ap. 13:11-18.
Anjos solares (também chamados anjos, anjos da maldade do 2º ou 3º escalão da presença e da morte) a serviço de  Lúcifer.

NOVOS GRUPOS DE SERVIDORES DO MUNDO

Instruídos. Pessoas em contato com o reino de Lúcifer de onde recebem orientações através dos médiuns.

Aspirantes. Pessoas que executam as ordens do reino de Lúcifer destruindo formas e valores antigos e
construindo novas formas sincréticas, nova ordem de valores.

Este é o sistema hierárquico da Nova Era onde Satanás (Lúcifer) opera executando o Plano do Reino das Trevas para assumir o controle e o governo mundial.

Objetivam ele e seus adeptos que todos valores morais, espirituais, religiosos, sociais, políticos e econômicos, sejam aniquilados para darem lugar a algo complemente novo, ou seja, A NOVA ORDEM MUNDIAL.

Damos abaixo os seus principais objetivos:

 Acabar com patriotismo abrindo todas as fronteiras. (Blocos de livre comércio).

 Coletivização da propriedade

 Novo Sistema monetário internacional. (Moeda eletrônica com o código de barras 666 ou coisa semelhante)

 Eliminação das religiões para dar lugar a uma única religião.

 Eliminação da família como instituição. (Através do sexo grupal, legalização do aborto e casamentos de homossexuais)

Implantação de um governo mundial.

O SINCRETISMO DA NOVA RELIGIÃO MUNDIAL DO FALSO PROFETA

A Nova Era pretende juntar o Judaísmo, o Islamismo, o Cristianismo e as religiões orientais num único sincretismo religioso mundial, descaracterizando a fé e os valores cristãos. Veja quais são seus objetivos:

Descaracterização da personalidade de Deus por meio do panteísmo. Deus é tudo e tudo é Deus. Ele passaria ser uma força, uma energia, uma consciência universal - Idéia panteísta.

Despertar o homem para a conscientização de que ele pode chegar a ser um deus, por meio da reencarnação, evolução. (mistura de espiritismo, budismo, hinduísmo, etc)

Eliminar a consciência do pecado como elemento responsável pela degeneração do homem, anulando a queda e a culpa universal do pecado, substituindo-se pelo gnoses do Eu-deus, desenvolvendo a sua própria divindade. Gn. 3:5.

Eliminar a consciência do JULGAMENTO FUTURO substituindo-o pelo processo da reencarnação e boas obras. Anulando a redenção do pecado pelo sangue de Jesus derramado na cruz

Decretar como o primeiro e o melhor mestre e messias, o MAITREYA. (O falso Cristo da Nova Era).

Eliminar o conceito da necessidade de qualquer salvação futura levando o homem a procurar soluções para os problemas atuais e presentes.

Arregimentar todas as religiões em torno de si através dos seus líderes mundiais chamados “cristos,” por meio dos pontos em comum, sob o comando do MAITREYA (semi-deus) da Nova Era, os quais são:

O pretenso governo do aticristo. O MAITREYA estaria  no centro do comando sobre os cristos da sua suposta hierarquia, assim: o CRISTO, dos Cristãos; o  MESSIAS dos Judeus; KRISCHNA do Hinduísmo;  BUDA dos Budistas; IMAN MADHI dos Maometanos. Assim, o pretenso MAITREYA controlaria o poder e dominaria as maiores religiões do mundo globalizado. (Mt 4.1-11).

A intenção final do Maitreya da Nova Era, ficou clara na carta histórica pública que o 666 (Michel Smieley), enviou ao Papa João Paulo II em 13 de Abril de 1990, expondo seu desejo de estabelecer e ter com o Sumo Pontífice e com a sua igreja, as melhores relações possíveis, onde assinalou ao Papa entre outras coisas o que se segue:

“O 666 não vai reprimir e perseguir e ameaçar ninguém para a realização do seu projeto, nem mesmo os que o acusam de anticristo, esse famoso personagem sobre o qual menciona a Bíblia, porque meus ideais e metas de justiça e progresso para a humanidade, estão acima de interesses políticos e dogmas religiosos. Assinalo, todavia que o não apoio da sua igreja poderá trazer como conseqüência o final do papado em Roma." Ap. 17:16-17.

Proponho em meu projeto reconstruir o terceiro templo de Jerusalém e convertê-lo no centro espiritual do cristianismo. Pergunto a Vossa Santidade, se é justo e correto que os seus representantes me caluniem e me acusem de ser o famoso anticristo, o qual prediz a Bíblia seu aparecimento. Creio ser mais sofisticado do que aquele, e dotado de atributos, os quais falam por si mesmos em meu projeto, portanto é injusta esta acusação”.

“Concluindo a sua carta o 666 convida o Papa João Paulo II para formar parte desse governo europeu mundial, o qual o 666 irá estabelecer juntamente com 66 estadistas e 666 milionários. O Papa como um homem ilustre, ressaltou o 666, está também convidado a integrá-lo. Agora resta ao Sumo Pontífice, dar uma resposta pública a este convite”.

Ante o exposto e em cumprimento as profecias bíblicas, e esse projeto do anticristo, do Maitreya (No budismo Ajita ou benevolência, invencibilidade) da Nova Era, no contexto histórico da Pós-Modernidade, tudo indica que a vinda de Jesus está às portas, para o Arrebatamento da Sua Igreja Triunfante e a implantação do seu Reino Milenial. Amém.

Após a manifestação do Anticristo e do Falso Profeta, Finalmente dar-se-á a volta de Jesus como Reis dos reis e Senhor dos Senhores para implantação do reino milenial, com sede no trono de Davi em Israel, conforme foi profetizado em Mateus 24.29-31; Mc 13.24-27; Lc 21.29-33, correspondente aos textos de Apocalipse 1:7;. 19; 20:1-6, quando manifestará o seu poder e a sua glória por toda terra.

 Antes, porém. haverá dois grandes julgamentos: Dos crentes no tribunal de Cristo, (II Cor 5.10), das Nações vivas, na volta de Jesus para reinar mil anos, (Mt 25.31-46), e depois do milênio, o julgamento final do Trono Branco, (Ap 20.11-15), dando-se, então, o início do grande juízo de Deus, sobre toda a terra na seguinte ordem, ou seja, dos três grandes julgamentos:

M) OS TRÊS GRANDES JULGAMENTOS:

O juízo de Deus será realizado, soberanamente, em três grandes julgamentos, através de Jesus Cristo a quem foi dado todo poder n o céu e na terra, a saber:

O apóstolo Paulo escrevendo a Timóteo manifestou como será o julgamento do Senhor Jesus Cristo, assim: “Conjuro-te pois, diante de Deus e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino” (II Tm 4.1).

Portanto, definimos assim os três grandes julgamentos:

a) Das obras dos crentes, no Tribunal de Cristo após o arrebatamento das Igreja Triunfante. Aqui não há nenhum condenado, mas, somente os salvos em Cristo Jesus..(II Cor 5:10; Rm 14:10b)

b) Das nações vivas gentílicas, na segunda vinda de Jesus, para reinar com a Igreja e Israel durante mil anos. (Mt 19:28; 25:31-46)

c) Julgamento final dos condenados segundo as suas obras pecaminosas, após o milênio, que é a segunda morte. Ap. 20:11-15.

N) O JULGAMENTO DOS CRENTES NO TRIBUNAL DE CRISTO. I Co 3:11-15; II Co 5:10.

"Porque ninguém pode por outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. E, se alguém sobre este fundamento (CRISTO) levanta um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará: na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão ..." “Porque todos devemos comparecer ante o Tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal.”

O julgamento dos crentes no Tribunal de Cristo se dará logo após o arrebatamento da Igreja. A Igreja arrebatada estará nos céus com Cristo, enquanto na terra haverá a Grande Tribulação e manifestação da ira de Deus. Importa que o julgamento comece pela Casa de Deus (1Pe.4:17), e é, em cumprimento dessa Palavra de Deus, que ele se dará antes de todos os outros julgamentos.

Quando lemos o relato bíblico, em textos como: Rm.14:9,10; 1 Co.3:10-15; 2 Co.5:10; 2Jo.8, e outros que estudaremos mais adiante, devemos considerar que:

a) Todos nós compareceremos perante o Tribunal de Cristo para que cada um receba, segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo. Isto significa que o Senhor Jesus fará uma justa avaliação de toda a nossa vida e ações. Ele recompensará aos que Lhe foram fiéis com galardões, enquanto aos infiéis restará a perda de parte, ou totalidade dos galardões. Isto significa que o que fazemos nesta vida tem implicações eternas muito sérias. Prestaremos contas de todas as nossas ações, o que nos conduz a um sentimento de “temor do Senhor”.

b) Todos os que estão diante do Tribunal de Cristo são salvos, cuja salvação não é proveniente das obras, mas da fé em Jesus (Rm.8:1; Ef.2:8). Não há, no texto, distinção entre salvos e perdidos, mas entre os que têm edificado bem e os que têm edificado mal sobre o único fundamento, que é Cristo.

c) Há uma variedade de tipos de materiais sendo utilizados na construção do edifício. Qualquer construção que fosse levantada com materiais, como: “feno, palha ou madeira”, seria extremamente frágil, pobre e tenderia ao desmoronamento. Por isso, diante do Tribunal de Cristo, serão obras “queimadas” pelo rigor do fogo do julgamento do Senhor Jesus. O objetivo é o da purificação, a fim de que seja apresentado a Ele um perfeito edifício, que O dignifique e O glorifique. Em contraste, materiais como o “ouro, prata e pedras preciosas”, formariam um edifício belo e mais parecido com o seu “fundamento”, e, por esta razão, resistirão à prova do fogo, recebendo os seus galardões.

d) O próprio Senhor Jesus estabeleceu o exemplo inigualável de vida santa e produtiva, como modelo a ser seguido, embora, devamos reconhecer, que nunca poderá ser igualado, mas, somente, “imitado” (1Co.11:1; Ef.5:1). Seu exemplo foi perfeito (Hb.7:26), e Ele nos convida a segui-Lo (Mt.10:37-42; 11:29,30; 16:24-27; Lc.14:25-35; Jo.12:23-26). A esse respeito, o apóstolo Paulo nos dá excelentes orientações (Fp.3:7-21). Se seguirmos estes exemplos, seremos considerados fiéis naquele grande dia, e não sofreremos uma grande (senão a maior) vergonha de nossas vidas, diante do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, diante de toda a Igreja, diante dos anjos fiéis e perante o próprio Pai (1Jo.2:28).

“Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele os mil anos” (Ap.20:6). “Foi precisamente para esse fim que Cristo morreu e ressurgiu; para ser Senhor, tanto de mortos como de vivos” (Rm.14:9).

Após o “arrebatamento da Igreja Triunfante”, haverá o julgamento das “obras dos crentes no Tribunal de Cristo”, para receberem os galardões ou coroas, para definições, de glória, posições e poder, a fim de reinarmos com o Rei dos Reis e Senhores dos Senhores, durantes mil anos, como está escrito assim:

“A obra de cada um de manifestará: na verdade o Dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um... se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão; se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo”. (I Cor 3:13-15). Isto é o que se chama o “vestido da esposa nas bodas do Cordeiro”, assim: “Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou, pois lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos”. (Ap. 19:7-8)

“Porque importa que todos nós compareçamos perante o Tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo”. (II Cor 5:10). Neste julgamento só haverá crentes genuínos para receber os galardões, pois, o julgamento dos incrédulos e condenados, será depois do reino milenial de Cristo, isto é, no “grande Trono Branco”, como está assim escrito em Ap. 20:5 e 6: “Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos”. Claro, só tem poder de comandar com Cristo no reino, aqueles que receberem as coroas, pois, significa a autoridade de reinar com o Senhor como Rei, como disse Jesus: “... Em verdade vos digo que vós, os que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do Homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis em doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel”. Mt 19:28.

Daí a necessidade de entender bem, os três grandes julgamentos, que definem posições de glória e poder para reinar como sacerdotes e reis no reino davídico com o Messias, no reino milenial com o Senhor dos Senhores e na eternidade, como herdeiro de Deus e co-herdeiros com Cristo. Como está escrito: “ ... mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba Pai. O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados”. (Rm 8:15-17). Leiam Rm 8:12-39.

O) RECEBIMENTO DOS GALARDÕES E COROAS PELOS SALVOS PARA REINAR

Disse Jesus: “Eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo para dar a cada um segundo a sua obra” Ap 22.12.

O Galardão não é a mesma coisa que a salvação eterna de graça, no sentido ordinário da palavra, mas, prêmio justo pelo trabalho prestado pelo servo na seara do Seu Senhor. Assim a extensão em que tivermos de ser transformados segundo a imagem de CRISTO, quando assumirmos as qualidades morais e metafísicas em Cristo, será determinada pela extensão em que formos galardoados.

Parte dessa glorificação envolve o conceito inteiro das "Coroas", as quais não devem ser encaradas como objetos físicos e literais, mas antes, como realizações espirituais, como "graus de glória e poder", correspondentes a níveis de participação em tudo quanto JESUS CRISTO tem e é, no Seu Reino.

Galardão significa recompensa segundo a obra de cada um, pelos trabalhos prestados como servo, ao Senhor Jesus Cristo, conforme Jesus assim disse: "E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra" (Ap. 22:12)

A obra de cada um se manifestará; pois aquele dia a demonstrará, porque será revelada no fogo; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. I Co 3:13-14.

Perante o Tribunal de CRISTO seremos julgados de conformidade com o que tivermos feito "por meio do corpo bem ou mal". (Lc 19.11-27; II Co 5.10)

Os galardões têm repercussões no Reino de Deus e do Senhor Jesus Cristo, quanto ao recebimento de autoridade e de glória (Mt.25:14-30; 1Co.15:35,40,41,42; Ap.1.5 6; 2:26-29; 20.6; 22:10-17).

A Palavra de Deus menciona alguns tipos de coroas e galardões. Não podemos restringi-los a apenas estes, que mencionaremos a seguir, pois o próprio Senhor Jesus ensinou, em Mt.10:41,42, que um simples copo com água, dado a um profeta, na qualidade de profeta, gera “galardão de profeta”. Da mesma forma, ocorre com o justo, gerando “galardão de justo”, e assim sucessivamente. Portanto, a pequena lista abaixo é, somente, exemplificadora e restrita aos tipos de coroas mencionadas na Palavra de Deus.

Segundo a Palavra de Deus as principais coroas ou galardões estão assim classificados:

a) coroa incorruptível ( I Cor 9:25). Essa coroa é dada em recompensa aos servos fiéis que renunciaram tudo na vida presente, santificando-se e consagrando-se, negando-se a si mesmo, tomando a cruz de Cristo, cada dia, a fim melhor servir ao Senhor cumprindo as suas missões, dons e vocações no Reino de Deus. Aquele que não tiver uma vida santa, consagrada e exemplar no evangelho, está reprovado para receber esta coroa. É assim que o apóstolo Paulo nos ensina, em I Co 9:27: "Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado".

b) A coroa da justiça (II Tm 4:8). É a recompensa para o servo que recebeu talentos, dons e vocações ministeriais, e foi fiel, no "bom combate, acabou a carreira proposta e guardou a fé". É como São Paulo disse em II Tm 4:7: "Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda". Quem puser a mão no arado e olhar para trás, não é apto para o reino de Deus, isto é, não será coroado no reino de Cristo.

É como disse Jesus em Lc. 9:62. "E Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão no arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus". Também o apóstolo João na sua II epístola v.8, alertou-nos para ganharmos o inteiro galardão, e não perdemos o que já tínhamos ganho, assim: "Olhai por vós mesmos, para que não percamos o que temos ganho, antes recebamos o inteiro galardão". II Jo 2.8; Ap. 3:11. Aqui fica bem claro que o galardão se ganha por trabalho prestado, enquanto à salvação é de graça por meio da fé, não vem das obras é dom de Deus. Ef. 2:8.

c) A coroa da vida ( Mt 5:10-12; Tg 1:12; Ap 2:10b.) Esta coroa é para os mártires fieis, que sacrificaram suas vidas até a morte, pela f'é, e não negaram o nome de Jesus, foram fieis, apesar de todas ameaças e provações, tendo sido, por isso mesmo, mortos por amor ao Senhor Jesus. Leia em Tg. 1:12: "Bem-aventurado o varão que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam."

d) A coroa de glória (I Pe 5:4;) Esta coroa é para os servos fiéis, principalmente Obreiros que apascentam o rebanho de Deus, tendo cuidado dele, não forçado, voluntariamente, espontaneamente, nem por torpe ganância, (por dinheiro e posição), não dominando o rebanho, mas servindo de exemplo. I Pd 5:2-3. "Então, ...quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória". Os Pastores que só trabalham por bons salários, boa casa, bom carro, boa posição eclesiástica, em boas cidades que tenham boas escolas para seus filhos, se for somente por isto, não receberão esta coroa. Mas, aqueles que deixaram tudo por amor ao Senhor e ao rebanho, pregando o verdadeiro evangelho, certamente, receberão o seu galardão. Mt. 25:21, 23, 24-29. Ap. 22:12.

e) A coroa de gozo: (I Tes 2:19-20). Esta coroa representa o gozo no espírito e alegria indescritível diante do trono do Senhor Jesus, reconhecendo nossa fidelidade e esforço, pelas almas remidas e salvas pelo testemunho e pregação do seu Evangelho. Como está escrito assim: “Pois quem é a nossa esperança, ou alegria, ou coroa em que exultamos, na presença de nosso Senhor Jesus em sua vinda? Não sois vós? Sim, vós sois realmente a nossa glória e a nossa alegria”. (I Ts. 2:19-20). Disse também Jesus a esse respeito: “Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem,e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, por é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós”. Portanto, quando somos perseguidos pelo o Evangelho, devemos nos regozijar e não nos entristecermos, tendo em vista a esperança da coroa de gozo.:

Em Ap.3:11, o Senhor Jesus chama a atenção para a possibilidade de perda do galardão. “Eis que venho sem demora: guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa”. E o apóstolo João confirma essa possibilidade em sua 2ª epistolo assim: “Olhai por vós mesmos, para que não percamos o que temos ganho, antes, recebamos o inteiro galardão”. (II Jo 2.8)

“Em seu livro “O Novo Testamento interpretado versículo por versículo”, Russel Norman Champlin chega a afirmar o seguinte, a respeito daquele dia, diante do Tribunal de Cristo: “Compreenderei, então, quão justo será o meu julgamento, e não poderei proferir uma única sílaba, em defesa própria". Talvez, então, eu pense: "Oxalá pudesse eu recuperar os anos desperdiçados!". Que Deus nos conceda a graça de cumprirmos, com amor e fidelidade, a Sua soberana vontade para as nossas vidas. Amém. ( II Jo v8).

Sofrendo a Perda. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele prejuízo; mas o tal será salvo, todavia como que pelo fogo. (I Co 3:15; II Jo.v 8)


O crente pode sofrer detrimento, não obtendo aquilo que poderia ter obtido, isto é, se a sua vida tivesse produzido obras espirituais, conforme o Ministério e Dons recebidos do Senhor. (Rm 11:29; I Co 3:11-15; II Jo v 8).

Estamos todos descobertos diante do Senhor dos céus e da terra. Nosso sentimento é, ao mesmo tempo, de temor e de confiança. De “temor”, porque Ele é maravilhosamente Santo e nada pode permanecer diante de Sua presença de forma imperfeita, ou incompleta, ou indigna do Seu nome. Mas, também, de “confiança” em Seu sublime eterno Amor, pelo qual Ele nos chamou e nos vocacionou para sermos participantes do Corpo de Cristo, a Igreja, a esposa do Cordeiro.

Que as nossas vidas e todo o nosso ser, alma e espírito glorifiquem a Deus, por ações, intenções e pensamentos, do modo mais puro e mais próximo possível, daquilo que o próprio Senhor Jesus praticou e ensinou. A Ele toda glória! Amém!

Na visão dada a João às sete igrejas, foi prometido aos vencedores que eles reinariam com Cristo (Ap.1:6; 2:7,11,17,26-28; 3:5,12,21; 20:6). Quando isso se dará? Durante o milênio, os vencedores e fiéis receberão autoridade dada pelo Senhor dos senhores e Rei dos reis, Jesus Cristo. (1º.) Autoridade para julgar (Ap.20:4); (2º.) autoridade para reinar (Ap 2:26, 27). Os trechos de Mt 20:22, 23 e Lc.19.11-27; os três grandes julgamentos.22:28-30, também mostram que poderes mais elevados serão conferidos àqueles que tiverem sofrido por amor a Cristo.

P) O FIM DOS TEMPOS DOS GENTIOS

O fim dos tempos dos gentios terminará, após o arrebatamento da Igreja Triunfante e o fim dos sete anos de Tribulação. Neste mesmo tempo, haverá nos céus a “ceia das bodas do Cordeiro de Deus”, a qual o Senhor Jesus celebrará com Sua esposa querida, composta de todos remidos, lavados no Seu sangue, conforme está escrito assim: “Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro e já sua esposa se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, pura e resplandecente, porque o linho fino são os atos de justiças dos santos. E disse-me; escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus”. Ap 19.7-9

Daniel quis saber o fim dos tempos dos gentios, e perguntou ao “Homem vestido de branco”, assim: “Que tempo haverá até ao fim das maravilhas? “... Quando levantou a sua mão esquerda ao céu, e jurou por aqueles que vive eternamente que depois de um tempo, de tempos, e metade de um tempo, e quando tiverem acabado de destruir o poder do povo santo, todas estas coisas serão cumpridas” (Dn 12.6,7)

Jesus confirmou o fim dos tempos dos gentios, com essas palavras: “... e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem” Lc 21.24b.

O apóstolo Paulo, também, escrevendo aos romanos, sobre esse período, disse assim: “Porque não quero, irmãos que ignoreis esse segredo, para que não presumais de vós mesmos; que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja completado” (Rm 11.25)

Q) A VOLTA DE JESUS PARA REINAR MIL ANOS

A Segunda vinda de Cristo (Ap 19.11-21) com os exércitos do céu para derrotar os exércitos do Anticristo.

Na volta de Jesus todo olho verá, como está escrito, assim:”Eis que vem com as nuvens e todo o olho verá; até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém.” (Ap 1.7)

ALGUNS ESCLARECIMENTOS NECESSÁRIOS:

A CERTEZA DA PAROUSIA - O termo grego mais freqüentemente usado para indicar a volta de CRISTO é a “Parousia” , que significa "chegada". De fato este vocábulo veio a ser usado como termo técnico para indicar esse acontecimento, que também é denominado "segunda vinda", a fim de distinguí-lo da a primeira vinda de CRISTO. (Mt 25:31-32; Hb 9:28. Ap 1:7).

A primeira vinda de CRISTO à terra visou a redenção dos homens (Mc 10:45; Rm 8:3). A segunda implantará o reino de CRISTO em glória (Ap. 20:6).

CRISTO retornará (Jo 14:1-3); voltará gloriosamente e temos como garantia desse acontecimento a sua própria Palavra. Cremos nisso, todos os lavados e remidos pelo sangue do "CORDEIRO".

A segunda vinda de CRISTO será a concretização do senhorio de CRISTO, tanto para o mundo como para a Igreja. Será um gigantesco passo na direção de restauração de tudo.

Alguns homens edificam com o ouro da fé, com a prata da santidade e com as imperecíveis pedras preciosas do amor; mas outros edificam com a madeira morta de esterilidade nas boas obras, com a palha vazia da falta de espiritualidade, com a ostentação do conhecimento, e com a cana quebradiça do espírito continuamente em dúvida. (Schrader in).

R) A BASE DA NOVA JERUSALÉM, A ESPOSA DO CORDEIRO

Para compreendemos melhor esta revelação escatológica, é preciso entender o paralelismo profético entre as 24 pedras tiradas do leito do rio Jordão, a saber: (Jos 4.1-9; Ap 21.9-27).

PARALELISMO DO CAPÍTULO 4 DE JOSUÉ E APOCALÍPSE.
(Js 4:1-9; Ap 7:1-9; 14:1-5; 21:9 a 22:1-27)

Seguindo à orientação do Senhor, foram tiradas vinte e quatro (24) pedras do leito do rio Jordão, sendo 12 por 12 homens um de cada tribo de Israel, e mais doze pedras tiradas somente por Josué, que quer dizer Salvador, representando Jesus e os doze apóstolos. Vejamos:

12 pedras levantadas por 12 homens, um de cada tribo de Israel. 4:8

Observemos que Deus orientou a Josué para que “escolhesse dentre o povo 12 homens, de cada tribo um homem” (Js 4:2) para retirar 12 pedras “do lugar onde estiveram parados os pés dos sacerdotes” (Js 4:3), que tinham a arca do concerto sobre seus ombros, como memorial aos filhos de Israel, correspondendo cada pedra a uma tribo de Israel, e depois, Josué que é um tipo de Cristo Jesus, erigiu mais 12 pedras no meio do Jordão no lugar em que pousaram os pés dos sacerdotes, (Js 4:9). Assim as 12 pedras escolhidas por 12 homens, um de cada tribo de Israel, na passagem do rio Jordão, que foram tiradas onde estavam “os pés dos sacerdotes que levavam a arca do concerto”.

Segundo a orientação do Senhor eles pararam no meio do rio e todo o Israel passou a pé enxuto (Js 3:17). Tendo todo o povo passado o Jordão, falou o Senhor a Josué dizendo: “...onde pararam os pés dos sacerdotes tomai 12 pedras; e levai-as para o alojamento, (Js 4:3). Chamou pois Josué 12 homens, um de cada tribo e disse-lhes, “cada um levante sobre o ombro uma pedra segundo o número das tribos de Israel; para que isto seja sinal entre vós, quando as águas do Jordão foram cortadas, serão para sempre memorial dos filhos de Israel. Portanto essas 12 pedras foram erigidas como um memorial representando as 12 tribos de Israel.

Mais 12 pedras erigidas por Josué (tipo de Jesus) no Jordão. Js 4:9

Levantou Josué, também, mais 12 pedras no meio do rio Jordão, conforme está registrado discretamente no v. 9 do cap 4, assim: “Levantou Josué, também, doze pedras no meio do Jordão, no lugar do acento dos pés dos sacerdotes, que levavam a arca do concerto, e ali estão até o dia de hoje”.

Estas 12 pedras levantadas por Josué (tipo de Cristo) correspondem aos 12 apóstolos, que só foram revelados no Novo Testamento, quando Jesus os escolheu, depois que foram batizados no rio Jordão. (Mc 3:13-19). Observe que se somando as 12 pedras representando as 12 tribos de Israel, mais as 12 pedras levantadas por Josué (um tipo de Cristo) no Jordão, da um total de 24 pedras, correspondendo aos 24 anciãos Ap (4:4; 5:14) e aos nomes das 12 tribos nas 12 portas e os nomes dos 12 apóstolos nos 12 fundamentos da nova Jerusalém no livro de Apocalipse (revelação de Jesus Cristo). (Ap 21:9-27).

Segundo um comentário da Bíblia de Scofield, “o levantamento destes dois memoriais, foi sem dúvida em obediência a ordem direta de Deus, mas apenas a ordem relativa ao memorial do outro lado do Jordão é que ficou registrado. (Js 4:8)

Observem que ficou em secreto a escolha das 12 pedras por Josué, pois, só seria revelado este mistério no Novo Testamento, isto é, após o primeiro advento de Cristo. Por isso que o apóstolo Paulo disse: “Se é que tendes ouvido a dispensação da graça de Deus... que me foi dada... este mistério manifestado pela revelação, ... o qual noutro século não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado pelo Espírito pelos seus santos apóstolos e profetas, a saber: que os gentios são co-herdeiros de um mesmo corpo e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho, e demonstrar a todos qual seja a dispensação do Mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou”. Ef 3:1-9

O mistério revelado no livro de Apocalipse. Só no livro de Apocalipse – revelação de Jesus Cristo – o qual foi escrito ás 7 Igrejas que estão na Ásia, é que foi revelado totalmente o significado das 24 pedras do cap. 4 vv 1-9; do livro de Josué, como acima resumidamente explicamos. Vejamos a seguir:

1) As doze primeiras pedras representa os nomes das doze tribos de Israel, (Ap.21:12) que aparecem no livro de Apocalipse no cap. 7, quando o anjo que “subiu da banda do sol nascente que tinha o selo do Deus vivo assinalou os filhos das doze tribos de Israel, de cada tribo 12.000”. Ap 7:1-8; (12 x 1.000); (Ex 18:21,25; Num 2; 10:1-10). Este número de 144.000 (12 x 12 x 1.000) corresponde aos “príncipes, os cabeças dos milhares de Israel”, que representa a Velha aliança do Velho Testamento, pois é mencionado nominalmente cada tribo de Israel.

2) As outras 12 pedras que Josué erigiu no leito do rio Jordão representa os 12 apóstolos de Cristo, que foram revelados no livro de Apocalipse (cap 21:14); e cap 14, que aparece no “Monte de Sião, a cidade, do Deus vivo, à Jerusalém celestial, ... à universal assembléia e Igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus..., e a Jesus, (o Cordeiro de Deus), o Mediador duma Nova Aliança, o sangue da aspersão que fala melhor do que o Abel” Hb 12:18-(24). De semelhante modo, aparece no cap. 14: vv 1-5, o número simbólico dos 144.000 (12 x 12 x 1.000) representando a nova aliança, pois “seguem o Cordeiro (Jesus) para onde quer que vai, comprados de toda terra”, (os gentios, que não são das 12 tribos de Israel), que correspondem a Igreja triunfante, ora arrebatada diante do trono perfazendo o número dos 24 anciãos. Assim diz a Palavra de Deus: “Estes são os que não estão contaminados com mulheres; porque são virgens. Estes são os que seguem o Cordeiro (Jesus) para onde quer que vai. Estes são os que dentre os homens foram comprados (pelo sangue do Cordeiro, I Pe 1:18-20) como primícias para Deus e para o Cordeiro”. O monte de Sião é um tipo da Igreja (Hb 12:22; I Pe 2:4-10), portanto, são os tirados dentre os gentios (At 15:13-19), e não os israelitas assinalados de cada tribo.

3) Só vamos ver claramente esses 24 anciãos depois que o anjo tocar a sétima trombeta, a última (I Cor 15:51-54), conforme está escrito em Ap. 10.7; 11:15-19; 21:9-27, onde vemos expressamente registrado na Nova Jerusalém, – a esposa do Cordeiro – os nomes das 12 tribos de Israel nas 12 portas, e os nomes dos doze apóstolos nos 12 fundamentos na muralha da cidade celestial, – Jerusalém Celestial – “cujo arquiteto e construtor é Deus”, como viu Abraão, nosso pai na fé, (Hb 11:10-14), representando os salvos do Velho e Novo Testamento: “...porque esperava a cidade que tem fundamentos, (os apóstolos), da qual o artífice e construtor é Deus” (Hb 11:10).

4) Finalmente o apóstolo Paulo, também, explicou em Ef 2:11-22, que “agora em Cristo Jesus, tanto os gentios como Judeus formam o mesmo corpo, sendo concidadãos dos santos e da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal Pedra de esquina”. A Pedra principal de esquina foi posta em Sião que é um tipo da Igreja. (Sl 118_22-23. Is 28:16; Mt 16:18; At 4:11; Rm 9:33; I Pe 2:6-10).

S) O JULGAMENTO DAS NAÇÕES VIVAS

Finalmente, Deus é Soberano sobre os que exercem autoridade e governam (Rm.13:1). Em Mt.28:18, lemos que todo o poder foi dado ao Senhor Jesus, não somente na terra, mas também nos céus. Os poderes temporais derivam sua autoridade de Deus, e estão sujeitos ao governo divino (Jo.19:11). Precisam ser reconhecidos, mas quando saem da submissão a Deus, são rejeitados (At.5:28,29).

Por outro lado, as próprias autoridades civis devem reconhecer a origem de sua autoridade, em Deus, governando em conformidade com a justiça, no temor do Senhor. Sabendo que, se assim não agirem, sofrerão severo julgamento. (Davis Q. Pereira).

Em Mateus capítulo 25 vv 31-46, Jesus disse assim: “E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com Ele, então se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas.”, Observe que Jesus vai assentar no “trono da Sua glória”, e “todas as nações serão reunidas diante dele". Portanto, esse julgamento será no trono de Davi em Israel, o trono da Sua glória, para entrada do reino milenial, conforme Jesus disse; “...Vinde benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo” (Mt 25.34; Dn 7.18, 22, 26, 27.

Essa passagem de Mateus está frisando, embora vejamos que as descrições sejam gerais, incluindo princípios de julgamento em geral.

A recompensa do tratamento certo conferido a Israel parece ser uma benção e um privilégio especiais, durante o milênio, para algumas nações e indivíduos. Entretanto seria impossível negar que a salvação pessoal dos indivíduos também está indicada nesses versículos de Mateus.

Os versículos 34 e 46 parecem indicar exatamente isso, pelo que não pode estar em foco apenas o julgamento das nações. Não há razão pela qual tanto a bênção nacional como as bênçãos pessoais não possam estar aqui em vista, porquanto que é uma nação senão a congregação de muitos indivíduos que se chamam por um nome comum? Não obstante, muitos elementos são vistos como diferentes daqueles elementos que pertencem ao julgamento do Grande Trono Branco, onde serão julgados os ímpios.

T) O MILÊNIO – REINO MILENAR DE CRISTO (MIL ANOS) AP. 20:1-7.

Já vimos, anteriormente, os eventos importantes como: o arrebatamento da Igreja, recebimento dos galardões. A partir de agora, iremos ver o milênio e o estado eterno dos que são salvos em Cristo, e dos que não creram nem receberam a verdade, que está em Jesus.

Este assunto escatológico tem sido causa de várias interpretações tendenciosas que carecem de mais profundo esclarecimento, para se entender melhor. Vejamos:

“Então vi descer do céu um anjo; tinha na mão a chave do abismo e uma grande corrente. Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos; lançou no abismo, fechou-o, e pôs selo sobre ele, para que, não mais enganasse as nações até se completarem os mil anos. Lançou-o no abismo, fechou-o, e pôs selo sobre ele, para que, não mais enganasse as nações; até se completassem os mil anos. Depois é necessário que ele seja solto pouco tempo. Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tão pouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos. Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo é aquele que”. tem”. parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade, pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele os mil anos. Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão..."

A palavra milênio - (do latim millennium), quer dizer literalmente mil anos.

A doutrina do milênio é também chamada de quiliasmo, do termo grego "chilioi", com o significado de "mil". É a crença que Cristo reinará por mil anos, entre a primeira ressurreição dos salvos e a segunda ressurreição dos ímpios. Isto é, entre o arrebatamento da Igreja, a primeira ressurreição, e o juízo final do trono branco. Jo. 5:28-29; I Tes 4:13-18; II Cor 5:10; Ap. 7:13-17; 20:11-15.

Nesses mil anos todas as alianças com Israel serão cumpridas, com seu reino terreno, a glória e a promessa do Messias reinando no trono de Davi em Jerusalém. II Sm 7:8-17; Dn 2:44-45; 7:18, 25-28; Lc. 1:31-33. Esta doutrina foi ensinada pelos apóstolos e os pais da Igreja até ao IV século d.C.

Vejamos a doutrina do segundo advento ensinada na Igreja primitiva:

A Igreja que se seguira imediatamente ao período apostólico cria e ensinava o pré-milenarismo a respeito do retorno de Cristo, o segundo advento, e o reino messiânico de mil anos. Ap 20:4-6.

Segundo o teólogo Peters os defensores do pré-milenarismo, são:

No primeiro século d.C.:

1 - Época dos apóstolos: André, Pedro, Filipe, Tomé, João, Mateus, e mais Aristio, João o Presbítero. Todos esses são citados por Papías, que, segundo Irineu, ouviram o apóstolo João pessoalmente e foram amigos de Policarpo discípulo do apóstolo João.

Essas referências aos apóstolos concordam com os seguintes fatos que a seguir mencionamos:

a) Os discípulos de Jesus tinham uma visão judaica sobre o reino messiânico na primeira parte do primeiro século, e

b) Em vez de descartá-lo (o quiliasmo, o milênio), eles o ligavam ao segundo advento de Cristo. Em seguida, neste mesmo período, também, alinhavam no mesmo ensino: Clemente de Roma, (Fil 4:3), viveu em 40 a 100 d.C. aproximadamente; Barnabé, (At 4:36), viveu de 40 a 100 d.C.; Hermas, viveu de 40 a 140 d.C.; Inácio, bispo de Antioquia, que morreu na perseguição do Imperador romano Trajano, viveu em 50 a 115 d.C.; Policarpo da Igreja em Esmirna, discípulo do apóstolo João, viveu em l70 a 167 d.C.; Papías, bispo da Igreja em Hierópolis, viveu l80 a 163 d.C.

c) Não consta nenhum nome dos Pais da Igreja neste período do I século que ensinasse ao contrário do pré-milenarismo.

2 - Época dos país da Igreja - Defensores do pré-milenarismo no II século, isto é, a volta de Jesus antes do milênio. para reinar durante mil anos com Israel, a saber:

a) Pátimo um mártir, viveu em 87 a 177 d.C.; Justino, o Mártir, viveu em 100 a 168 d. C.; Melito bispo, viveu 130 a 190 d.C.; Taciano viveu em 130 a 190 d.C; Irineu um mártir, viveu em 140 a 202 d.C.; as Igrejas de Viena e Lion, Tertuliano, viveu em 150 a 220 d.C.; Hipólito, viveu em 160 a 240 d.C.

b) Nenhuma oposição direta surgiu contra a doutrina do pré-milenarismo, mas ela é mantida pelos mesmos líderes eclesiásticos.

Conclui-se que:

b.1) A fé comum da Igreja no II século era quiliástica ou pré-milenarista;

b.2) Que tal generalidade desta doutrina, só poderia ter sido ensinada pelos primeiros presbíteros da Igreja do II século;

3) Defensores do pré-milenarismo no III século, a saber:

Cipriano viveu em 200 a 258 d.C.; Comodo, viveu em 200 a 270 d.C.; Bispo de Arsinoe, viveu em 230 a 280 d.C.; Corácio, viveu em 230 a 280 d.C.; Vitorino, viveu em 240 a 303 d.C.; Metódio, bispo de Olimpo, viveu em 250 a 311 d.C.; Lactâncio, viveu em 240 a 330 d.C.

Segundo Poters, os escritores que insistem na grande extensão do "quiliasmo" - advento do pré-milenarismo - na Igreja apostólica e primitiva estão certamente corretos.

Desvio da sã doutrina do Pré-milenarismo - "O quiliasmo"

Segundo o teólogo Millard J. Erickson, "Durante os dois ou três primeiros séculos da sua existência, a Igreja foi, em grande medida, "milenista", e considerava os mil anos do Apocalipse de modo escatológico e futurista, em que Jesus reinaria na terra no futuro. E, também, afirma que um dos primeiros a questionar este ponto de vista foi Ticônio, um donatista africano, viveu aproximadamente até 390? d.C", o qual previu a volta de Cristo para o ano de 380 d.C., o que não ocorreu. Ticônio rejeitou o ponto de vista estritamente escatológico de Apocalipse cap. 20, e que, o reino milenar da Igreja duraria até o fim dos tempos, ou seja, no ano 380 d.C.?

Como veremos mais a frente, foi o teólogo Agostinho, que viveu em 354 a 430 d. C., da Igreja Católica Romana, quem popularizou e desenvolveu esta doutrina negando o milênio literal, com a teoria da "Cidade de Deus".

Foi a partir do III século pela influência da Escola de Alexandria sobre a Igreja, que começou o primeiro antagonismo declarado quanto à posição contrária ao pré-milerarismo. O teólogo Peters resume assim:

Pela ordem cronológica, que se apresentaram como contrários, foram os seguintes:

1) Caio, no início do 3º século; 2) Clemente de Alexandria, professor da Escola Catequética de Alexandria, viveu em 193 a 220 d.C.; 3) Orígenes, viveu em 185 a 254 d.C.; 4) Dionísio, viveu em 190 a 265 d.C. Estes são os primeiros defensores diretamente hostis ao "quiliasmo", doutrina do milênio.

A posição veio por surgimento de falsas doutrinas que mudaram o pensamento teológico, baseado no "gnosticismo", que atacou voluntariamente o parentesco do Filho do Homem, Jesus, como filho de Davi, assim:

a) O Ascetismo, a crença na corrupção inerente da matéria, era antagônico a Jesus como Filho do Homem.

b) Docetismo, que negava a realidade do corpo humano de Jesus, o Cristo, fechou efetivamente todo acesso a um entendimento do reino, espiritualizando, não apenas o corpo, mas a tudo como o reino messiânico.

Como a Igreja apostólica era inicialmente judaica, pois todos os apóstolos eram judeus, levou a um forte antagonismo aos cristãos gentios, por fim a rejeição ao milênio por ser de origem judaica.

Com a influência de Constantino, que transformou o Império Romano num império cristão, foi interpretado o "milênio", a era figurativa milenar, como sendo o reino de Cristo. Assim, com "o aumento do poder da Igreja Romana, que ensinava ser ela o reino de Deus na terra e ser seu líder o vigário de Deus na terra, foi fator importante para a cessação do pré-milenarismo". Daí, então, surgiu a base para a doutrina do "amilenarismo", negando o milênio literal escatológico.

O amilenarismo ganhou destaque com a contribuição do teólogo da Igreja Romana, Agostinho, foi quem sistematizou a doutrina "não literal" do milênio que passou a ser chamada de "amilenarismo". Antes da era agostiniana, o amilenarismo era considerado uma "heresia" produzida pela "Escola alegorista e Espiritualista de Alexandria, que se opunha a qualquer exegese literal das Escrituras".

A opinião de Agostinho sobre a questão quiliasta - milênio

Em sua famosa obra, "A Cidade de Deus" ele lançou a idéia de que a "igreja visível Católica romana era o reino de Deus na terra, correspondente ao "milênio" espiritual, simultâneo ou paralelo ao reino terrestre ou humano".

Agostinho, como Ticônio, considerava que a Igreja já estava no milênio. Agostinho foi influenciado pela conversão do imperador romano Constantino em 312, com o edito de Milão, tornou o cristianismo a religião oficial do Estado, o que levou Agostinho a idealizar o lado político da Igreja católica, na sua forma visível, como o reino espiritual de Deus na terra, ao invés do milênio literal. Daí surgiu a teoria de que o mundo - a humanidade - seria transformado de fora para dentro pelo chamado Evangelho Social. Esta teoria defendia que: "À medida em que as estruturas da sociedade são alteradas e a distribuição econômica disposta de outra forma, o comportamento e o caráter das pessoas mudarão também". Isto implicaria em dizer que o lugar do esforço humano neste processo valia mais do que o lugar do Espírito Santo, e o homem, consequentemente, seria um produto social do meio ambiente, ao invés de ser regenerado pelo Espirito Santo. Por isso que a doutrina da salvação pelas obras, e não pela fé sem o mérito humano, (Ef 2:8-9), na Igreja Católica Romana, é muito importante!

Segundo o teólogo Allis, dessa eclesiologia básica, que interpreta a igreja institucional como o reino de Deus, Agostinho, desenvolveu sua doutrina amilenalista, assim:

a) A primeira ressurreição seria o novo nascimento do cristão e não ressurreição corporal na vinda de Jesus. Isto contraria a Palavra de Deus, conforme está escrito, em Jo 5:28-29; I Cor 15:35-57; Fil 3:20-21; I Tes 4:15-17.

b) O milênio deveria corresponder a era da Igreja, conseqüentemente, ao período entre os adventos de Cristo, isto é, não haveria o milênio terrestre.

c) Isso implicaria a interpretação forçada de Ap 20:1-7, que fala do milênio literal, negando a tribulação com as pragas mencionadas nos capítulos anteriores, numa seqüência natural, cronológica, dos acontecimentos da Segunda vinda de Jesus demonstrada no capítulo 19 de Apocalipse.

d) Forçosamente, a Igreja já estava vivendo, historicamente, naquela época, (V século d.C.) a primeira metade do milênio, entendendo que a Segunda vinda de Jesus seria no final daquela era.

e) Por ter identificado o milênio erradamente, contrariando a doutrina do "quiliasmo" - o milênio - ensinado pelos apóstolos e pelos primeiros pais da Igreja, tentou, então, justificar sua incoerência, marcando o fim do sexto "quiliasmo" - milênio - da história humana, por volta do ano 650 d.C., com uma grande explosão de maldade, a revolta de Gogue, seguida da vinda de Cristo no juízo final. (vide Manual de Escatologia de J. Dswight Pentecost, páginas 394 e 395).

Baseado nesta doutrina herética de Agostinho, o pensamento escatológico passou a dominar, através da Igreja Católica Romana, longo período da história eclesiástica, cerca de treze séculos, resumidamente, assim:

1) Negou que o milênio seguiria a segunda vinda de Jesus.

2) Defendia que o milênio ocorreria no período entre os dois adventos, isto é, já estava acontecendo, naquela época, e Jesus só voltaria no juízo final do Trono Branco.

3) Ensinou que a Igreja era o reino (milenial) e não haveria cumprimento literal das profecias feitas a Israel, durante o milênio.

A História prova pelos acontecimentos até hoje, graças a Deus, que ainda não se cumpriu a prisão de Satanás previsto em Ap 20:2, e que, continua enganando as nações com a corrupção aumentando cada vez mais, evidenciando que ainda não estamos no milênio, inclusive Israel, e que Cristo não voltou no ano de 650 d.C., como previu Agostinho. Leiam: Mt 24:11-12; 23-31; At 1:9-11; Ap 1:7; 19:11-21.

Equivocadamente desprezaram o que Jesus disse, assim:

Então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! Ou: Ei-lo ali! Não acrediteis; porque surgirão falsos cristos e falsos profetas... para enganar, se possível, os próprios eleitos. Vede que vo-lo tenho predito. Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto!, não saiais. Ou: Ei-lo no interior da casa! Não acrediteis. Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do Homem. Mt 24:23-27. Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Certamente. Amém! Eu sou o Alfa e Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso. Ap 1:7-8.

O apostolo Paulo, também, nega esse ensino errado que houve no princípio na Igreja em Tessalônica, de que o dia do Senhor já havia começado, e Paulo procura trazer de volta a sã doutrina, ensinando assim:

Irmãos, no que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, nós vos exortamos a que não demovais da vossa mente, com facilidade, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como se procedesse de nós, supondo tenha chegado o Dia do Senhor. Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição. Tes 2:1-3.

O apostolo Paulo está confirmando o que Jesus já havia dito: Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo quem lê entenda, então... Mt 24:15. Ora Jesus começa ensinar mostrando vários sinais que devem acontecer antes da sua vinda pessoal, o que ainda não ocorreu.

Mesmo assim, sem se cumprirem estas profecias, isto não foi suficiente para os defensores dessa falsa doutrina desistirem, apesar do seu óbvio fracasso. Aconselho lerem com atenção os textos de Ap 20:1-6; 22:12-21.

O Eclipse (desaparecimento) do Pré-Milenarismo.

Com o domínio do romanismo papal, o pré-milenarismo caiu rapidamente, em face dos anátemas e dogmas papais. Vejamos alguns comentários, a esse respeito, de teólogos importantes:

1) De Anherlen: “O quiliasmo (pré-milenarismo) desapareceu proporcionalmente à medida que o catolicismo papal romano avançava”. O papado tomou para si, como um roubo, a glória esperada para o Cristo que só pode ser alcançada pela obediência e humildade da cruz. (Fil 2:5-11). Quando a Igreja Romana tornou-se a meretriz, conforme estava previsto em Apocalipse cap 17, deixou de ser a noiva que sai para encontrar o seu noivo, (Mt 25:6; Ap 21:9), e assim o quiiliasmo (a doutrina do milênio) desapareceu. “Essa é a profunda verdade que jaz no âmago da interpretação protestante anti papal do Apocalipse”

2) De Peter: "Podemos então citar brevemente como fato evidente que todo o espírito e alvo do papado é antagônico à perspectiva da Igreja primitiva, baseando-se no cobiçado poder eclesiástico e secular, na ampla jurisdição depositada na mão de um Primaz, (o Papa), quando se fundou um sistema que decidiu afirmar que o reinado dos santos já havia começado, e que o bispo de Roma reinava na terra no lugar de Cristo; que a libertação da maldição só seria cumprida no terceiro céu; que na igreja, como um reino, havia uma "aristocracia" à qual se devia obedecer sem hesitação; que os anúncios proféticos a respeito do reino do Messias se cumpriram na predominância, esplendor e riqueza de Roma; que a recompensa e elevação dos Santos não dependia da segunda vinda de Jesus, mas do poder depositado no reino presente, etc. Foi, então, que o quiliasmo, (o milênio), tão desagradável para essas declarações e doutrinas, caiu sob a influência poderosa e penetrante papal exercida contra ela".

Porém um pequeno remanescente manteve a posição "pré-millenarista, como um testemunho autêntico da doutrina apostólica”. Ryrie cita os valdenses e os paulicianos, junto com os cátaros, que mantinham a crença apostólica. Peters cita mais, os albigenses, os lolbardos, os seguidores de Wiclif e os protestantes da Boêmia que defenderam a causa "pré-milenarista".

Lamentavelmente, parte dos reformadores permaneceu na posição teológica de Agostinho, como os Luteranos, Presbiterianos, Episcopais e Anglicanos, etc.,. "O método hermenêutico do amilenarismo (doutrina contra o milenismo), tem justificado igualmente o calvinismo conservador, o modernismo liberal e a teologia da Igreja Romana", conforme explica o teólogo J. Dwight Pentecost.

O Pós-Milenarismo.

Com a negação da doutrina do "milênio", em que Jesus não reinaria literalmente mais mil anos com Israel, em cumprimento as profecias do V. Testamento, surgiu, então, a doutrina, também, errada do "Pós-Milenarismo".

Após a reforma protestante a doutrina do "Pós-Milenarismo", dizendo que Cristo só voltaria depois do milênio e traria o estado final com o grande julgamento e a ressurreição final.

O primeiro defensor dessa nova doutrina escatológica, foi Joaquim de Flora, escritor católico romano, segundo o teólogo Kromminga Walvoord, comenta assim:

Surgiu, também, outro ponto de vista de Joaquim de Flora esquisito, dizendo que o milênio começa e continua com o reinado do Espírito Santo, com base em três dispensações, a saber:

1) A 1a dispensação era de Adão até João Batista;

2) A 2a dispensação começou com João Batista até São Benedito;

3) A 3a dispensação ia a partir de São Benedito, (viveu em 480 a 543 d.C.), fundador do mosteiro da Igreja romana, ao qual pertencia.

As três fases, afirmava ele, correspondiam respectivamente ao Pai, o Filho e o Espírito Santo. Este romanista sectário previu que em cerca de 1260 anos d.C., ocorreria o desenvolvimento final da humanidade e a justiça triunfaria. Isto é uma grosseira heresia contra a Palavra de Deus!

Neste mesmo pensamento, surgiram muitos outros seguidores cépticos e liberais, até a segunda Guerra Mundial, quando entrou em colapso este sistema por ser incapaz de acomodar a realidade dos fatos históricos.

O Ressurgimento do pré-milerarismo da fé e doutrina apostólica

Após o obscurantismo religioso da idade média, liderado pelo papado romano, surgiu nova luz no fim do túnel, através de vários teólogos importantes, trazendo o retorno da fé patrista e apostólica da doutrina escatológica do quiliasmo - reinado de mil ano pelo Messias. Citamos os principais teólogos, a saber: "Joseph Mede, viveu em 1586 a 1638 d.C. na sua obra Clavis Apocalyptica; Theodoro Bright, morreu em 1644 d.C., sua obra Exposition of Daniel and Apocalypse; J. A Bengel, viveu em 1687 a 1752 d.C., sua obra Expositronof the Apocalypse e Addresses, e também , vários outros escritores como: Conrade, Gallus, Brache, Kett Broughton, Marteu, Sir Isaac Newton, Whiston, etc. "

Influenciados por esses homens de Deus surgiu vários exegetas e expositores que recuperaram a doutrina do pré-milenarismo na interpretação bíbica, como: Alford, Lange, Meyer, Keade, Bonar, Ryle, Lillel, Westcoti, Darby, C. I. Scofield, que fez a Bíblia de referências, anotada com os comentários mais importantes sobre estudos escatológicos dispensacionalistas, usada até hoje, pelos Institutos Bíblicos.

Os estudos bíblicos feitos por Darby e seus discípulos popularizaram a interpretação bíblica pré-milenarista das Escrituras.

È fato notório que o ensino escatológico dispensacional como é representado pela Bíblia comentada por Scofield, pode ser fruto dos centros das assembléias dos irmãos, movimento que surgiu em Plymonth na Inglaterra e na Irlanda em 1830, graças aos estudos notáveis do irmão John Nelson Darby que viveu em 1800 a 1882 d.C.

Assim, resumidamente, a interpretação histórica e bíblica da doutrina "pré-milenarista" da Igreja primitiva, foi totalmente restaurada, com mais revelação, suplantando a doutrina do "amilenarismo" agostiniano, e também, de alguns reformadores protestantes como os Luteranos, Calvinistas, Episcopais, Anglicanos, etc.

A importância da Segunda vinda de Jesus e o reino milenial messiânico, é notável nas Escrituras, pois é, a primeira profecia bíblica, Jd 14, 15, a última mensagem sobre Cristo ressuscitado, At 1:14, a última mensagem de Cristo exaltado, Ap 22:12, e a última palavra da Bíblia Ap 22:21. Amém.

A Segunda vinda de Cristo, biblicamente, é literal, é corporal, é pré-milenar, para que se cumpram as seguintes Escrituras: At 1:11; Jo 5:28, Lc 21:25-28; Zc 12:10; 14:4, 16; Mt 16:27; 19:28; 24:30, 25:31-32; Fil 3:21-22; II Tes 1:7-8; 2:8; I Pe. 1:7; 4:13; II Pe 3:4-13; I Tes 3:13; 4:13-17; I Cor 15:23, 51-54; Is 7:14 9:6,7; 11:10; 32:15; 33:20-21; 35:1-2; 40:5; 45:23; 49:6,7; Lc 1:32; 22:28-30; Ez 9:10; 21:25-27; 40-48; Jr 3:17; 23:5.6; Dn 7:13,14, 18-27; Ap 1:7; 2:27; 5:10; 11:15-18; 19:6-9; 15:4; 19:11-16; 22:12; Sl 2; 72:11; 89:9;

Finalmente, a expressão "mil anos" que aparece seis vezes em Ap 20:1-7, deu lugar ao termo "milênio", do latim mille que significa mil e annus que significa ano, ou seja, mil anos. Justino Mártir e Irineu, pais da Igreja primitiva, interpretava este texto, (Ap 20:1-7), como sendo o reino futuro literal de nosso Senhor Jesus Cristo, a saber:

Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar. Vi também as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tão pouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão, e viveram e reinaram com Cristo durante mil. Ap 20:4. ... Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele os mil anos. Ap 20:6.

Literalmente reinaremos com Cristo mil anos, depois da sua vinda com os santos ressuscitados em glória, para se cumprir a profecia bíblica, como está escrito na Santa Palavra de Deus acima. "Aquele que dá testemunho destas cousas diz: CERTAMENTE VENHO SEM DEMORA. AMÉM. VEM SENHOR JESUS. (Maranata). (Mt 24:27-31; I Tes 4:13-17; Jd 14; Ap 1:7. 22:12). Assim se cumprirá como está escrito em: Ap 20.6b, “... mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos”. Como disse Jesus: "Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão". Mt 24:35.

NATUREZA DO MILÊNIO

Para termos uma singela compreensão da relação dos santos do Antigo Testamento e os santos do Novo Testamento com o milênio, é preciso considerar a revelação contida nas Escrituras, com respeito a natureza do milênio. Vejamos:

O milênio é a administração direta do governo divino sobre a terra, durante mil anos, por nosso Senhor Jesus Cristo e Seus santos ressurretos, tendo o centro do reino na Nova Jerusalém celestial. (Hb 2.5-18; Ap 1.6; 20.6;).

1. Objetivos do reino de mil anos:

Do ponto de vista do Pai:

a) Deus Pai honrará Seu Filho em contraposição ao que homens O desonraram nesta terra. (Sl 2; Mt 17.5; Jo 12.28).

b) Deus Pai cumprirá as promessas feitas com respeito a Seu Filho e das profecias relativas a Ele, para “dar a Ele o trono de Davi seu Pai” (...) Lc 1.32-33; II Sm 7.11-17.

d) Fará o julgamento final do homem pecador sobre a terra antes dela ser restaurada. Mt 25.31-46; Hb 9.27.

e) Será a resposta de Deus Pai aos seus santos: “Venha o teu reino, faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu” Mt 6.10.

Do Ponto de vista do Filho:

a) Após muita paciência Ele recebe o reino deste mundo que com paciência esperou à direita do Pai. (Sl 110.1-2; Hb 1.8; Ap 11.15-17; 12.5).

b) Ele compartilhará todas as Suas honras com seus santos!. (Jo 14.2-3; 17.24; Mt 25.21, 23).

c) Enfim Ele dará aos humildes da terra o lugar e herança que sempre lhes prometeu! ( Sl 24.1-2; Mt 5.3-4; Ap 21.1-6).

Do ponto de vista das nações, dos povos da terra:

a) O Rei dos reis reinará mil anos com cetro de ferro. “(...) Tu os esmigalharás com uma vara de ferro (...). (Gn 49.10; Sl 2; 45.6; 110.1-2; Ap 11.15-17; 19.14-16).

b) Haverá paz completa entre as nações, porém forçada. (Is 48.18, Jo 14.27; Hb 7.2)
c) Todas as nações serão obrigadas a adorar o Senhor dos Exércitos como Rei. (Zc 14.9-21; Ap 19.11-16).

Do ponto de vista da criação:

a) Toda criação será redimida do cativeiro de Satanás. (...) “a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus” (Is 2; 11; 60; 61;62; 63;65;66; Mt 19.28-30; Rm 8.21-23; Ap 1919-20; 20.10;21; 22).

b) A revelação dos filhos de Deus dar-se-á na volta de Jesus. (Mt 25.31-46; Rm 8.18-21; Hb 2.6-18).

Do ponto de vista dos santos:

a) A terra será renovada e as condições físicas e biológicas serão transformadas, a natureza será redimida revelando o amor de Deus, o conforto, a alegria para com os Seus santos terrenos e toda criação. (Is. 11; Lc 19.11-27; Rm 8.19-22).

b) No milênio haverá três níveis de santos ressuscitados e glorificados, que reinarão com Cristo:

b.1 Os santos do V. Testamento, isto é, todos os que lançaram sua fé no Messias que viria, desde Adão até a morte de Cristo Jesus. (Dn 12.1-3; Mt 19.27-30; Lc 1.33-34; 13.25-27; Ap 7.2-8).

b.2 Os salvos, coroados e glorificados pertencentes à Igreja Triunfante, desde o dia de Pentecostes até o Arrebatamento da Igreja. (I Cor 9.25-27; II Tm 4.7-8; I Pe 5.4; Tg 1.12; Ap 2.10. Ap 20.6; 22.12).

b.3 Os salvos que creram em Jesus e foram martirizados durante a tribulação por não receberem o sinal (666) da Besta. ( Ap 7.9-17; 20.4-6).

c) Haverá também os naturais que participarão de todas bênçãos da criação regenerada, durante o milênio, a saber:

c.1 O Israel terreno a um estado de benção incomparável, ou seja, o remanescente de Israel que não morreram durante a tribulação e reconheceram Cristo Jesus como o Messias na sua volta para reinar. ( Is 35.7, 10; 67.4-6; Zc 12. 9-14; 13.6; Rm 9.27).

c.2 Os gentios sobreviventes que se converteram com os judeus durante a tribulação e que foram salvos, após o julgamento das nações vivas, pelo Rei e Messias: (Mt 24.13-14; 25.31-46).

c.3 Os filhos que nascerem durante o reino terão a mesma longevidade que foi dada por Deus no princípio da criação antes do dilúvio. (Gn 5; 6.3; Is 11.6-8; 65.17-25).

Pelas profecias escatológicas acima mencionadas, “ (...) o milênio será o tempo do cumprimento das bênçãos das alianças nacionais de Israel, quando Deus fará uma apresentação da autoridade absoluta do governo divino por meio do reinado do Messias, quando os homens vivos estarão sujeitos e serão testados pela autoridade do Rei”.

U) JUÍZO FINAL DOS INCRÉDULOS DIANTE DO GRANDE TRONO BRANCO (Ap.20:7-15).

Apocalipse 20:11. "E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiram a terra e o céu; e não se achou lugar para eles".

O Julgamento Desse Trono - O Lago de Fogo.

Lançados para dentro do lago de fogo. Isso quer dizer que o "geena" e a morte serão consumidos, mas não aqueles que tinham estado neles. O intuito específico desta seção é mostrar que os mortos ímpios serão finalmente julgados, e que o juízo será a segunda morte. O que é intermediário agora cederá lugar ao que é eterno. Não haverá mais morte e nem Hades intermediário, conforme eram conhecidos até ali.

Lançados. - Não podemos deixar de sentir a dor envolvida na escolha desse vocábulo. Eles não irão para ali voluntariamente. Serão ali arrojados. O círculo temível do juízo agora está completo. O anticristo e seu falso profeta já haviam sido lançados no lago de fogo. Então Satanás sofreu essa a justa condenação. (Ap 19.20). E agora chegara a vez dos perdidos. Todos estão agora no lago de fogo. No que se concerne a esse lago, o autor sagrado do livro de Apocalipse ensina-nos as seguintes idéias:

a - O lago de fogo equivale à segunda morte (Ap 20:14)
b - Todos os inimigos de DEUS, o Diabo, onde esta a besta e o falso profeta, e todos os seus seguidores, além de todos os homens não remidos, serão lançados no lago de fogo e enxofre. (Ap. 20:10, 14).
c - A morte e o Hades serão lançados no lago de fogo (Ap 20:14)
d - Todos aqueles cujos nomes não estiverem escritos no livro da vida, terminarão encerrados no lago de fogo (Ap 20:15).
e - Todas as variedades de pecadores, por causa de seus pecados específicos, serão lançados no lago que arde com fogo e enxofre, onde permanecerão para sempre, que é a segunda morte. (Ap 21:8)
f - É dito, no tocante ao diabo, a besta e o falso profeta, que aquele será o lugar eterno de sua habitação, onde sofrerão de forma consciente (Ap 20:10). E muitos intérpretes, comparando isso com outras passagens das Escrituras, dizem que outro tanto se dará a todos os perdidos. Certamente, pois a alma é eterna não se extinguirá.

A Segunda Morte. - A segunda morte é a separação eterna dos perdidos sob a ira de DEUS exercida no juízo final, o que é aqui definido mais especificamente como ser lançado no lago de fogo. Isso naturalmente simboliza o fato de não se ter atingido a verdadeira vida em CRISTO, a participação em sua vida divina, o tipo de vida que DEUS possui (Jo 5:25,26 e 6:57). Trata-se de uma perda irreparável e infinita para o homem, cujo destino é ser um filho de DEUS, participando de sua plenitude (Ef 3:19) e de sua natureza (II Ped 1:4). Os perdidos perderão tudo isso. Um indivíduo que não atinge essa modalidade de vida, conforme é descrito aqui, está morto, segundo a terminologia bíblica.

Aqueles que não entrarem nos lugares celestiais, e nem participarem das glórias e do bem estar daqueles lugares, estão espiritualmente mortos; e a morte espiritual, separados da vida de Deus para sempre, uma vez que sejam traçadas as fronteiras da eternidade, é a segunda morte. A primeira fora a morte física, desde a queda de Adão.

Após o milênio, haverá a ressurreição dos mortos ímpios para o julgamento final, diante do Grande Trono Branco. Este julgamento é absolutamente necessário e imprescindível.

Deus fará prevalecer a Sua justiça! Todos serão julgados, individualmente, segundo as coisas que estiverem escritas “nos livros” (em memória), segundo as suas obras. Isto é, cada um receberá a graduação da pena eterna segundo às suas obras pecaminosas (vv.12,13).

Todo homem irá colher o que semeou (Gl.6:7,8). Entretanto, como ele escapará das conseqüências dos seus pecados, sem Cristo? É por essa razão que haverá um último (e desesperadamente terrível) apelo, para que seja aberto “o Livro da vida” para que seja manifesto se o seu nome está ali, ou não! Quão angustiante, diante de Deus, não será esse momento!

Deus ressuscita os mortos, que não foram incluídos na primeira ressurreição, com seus corpos naturais (não transformados), a fim de que sejam selados os seus destinos, apresentando-se diante do Senhor dos céus e da terra. Muitos o negaram em vida. Agora, ele os negará pela morte! Muitos amaram as suas próprias vidas, desprezando o evangelho santo e a cruz de Cristo. Agora perderão tudo! Nada lhes restará, senão a agonia do “lago de fogo e enxofre, que é a segunda morte”.

Quão terrível é este lugar, “preparado para o Diabo e os seus anjos”. Lá já foram lançados o anticristo e o falso profeta (Ap.19:20). Satanás, o príncipe das trevas e o enganador de todo o mundo (Ap.20:10); a morte e o Hades serão lançados no lago de fogo (Ap.20:14); e os homens ímpios, que se recusarem ouvir a Palavra de Deus e o Seu testemunho, e não se arrependeram das suas obras (Ap.20:15).

Na expressão do apóstolo João, o Trono é Grande, significando a grandeza da glória de Deus e do Seu grande poder em submeter a Si mesmo todas as coisas. É, também, “branco”, indicando que Aquele que nele se assenta é absolutamente puro e santo, que realiza a justiça, exerce o juízo, retribuindo a cada um o que fez, tanto aos homens, quanto aos anjos que hão de ser julgados, igualmente. Diante do Senhor, os céus e a terra fugirão da Sua presença! Aleluia! (2 Pe. 3:13 e Ap.21:1).

Na cena à nossa frente, pode-se ver a onipotência de DEUS. Esta surge aliada com a justiça. E a justiça, finalmente será feita. Mas a justiça não poderá ser realizada sem haver punição contra o pecado. Cada indivíduo será julgado segundo as coisas que estavam escritas nos livros (em memória), segundo as suas obras, isto é, cada um receberá a graduação da pena eterna segundo as suas obras pecaminosas. Leia: Ac. 20: 12-13.

A seção à nossa frente nos dá a certeza, nos termos mais simples, mais vívidos, de que o salário do pecado é a morte (Rm 6:23); que o homem terá que colher o que houver semeado (Gl 6:7,8); que não há como escapar das conseqüências do pecado.

O MESSIAS retornará; o juízo será instaurado; prevalecerá a era áurea; os homens se revoltarão de novo; o juízo final dá a solução para tudo. Sim, o juízo final desimpedirá o caminho para o estado eterno.

Três últimos Obstáculos ao Bem Eterno

• O anticristo e o falso profeta, que procurarão estorvar o plano de DEUS (esses serão lançados no lago de fogo Ap 19:20).

• Satanás, o enganador universal, cujas atividades se prolongarão por mais algum tempo, até sofrer a mesma sorte daqueles dois primeiros (Ap 20:10).

• Os homens ímpios, que se recusarem arrepender-se, repelindo a espiritualidade que a humanidade está destinada a ter, sofrendo finalmente, a mesma sorte dos três anteriores (Apoc 20:15).

Deus será exaltado, e os ímpios serão subjugados.

V) ERA DA ETERNIDADE - NOVO CÉU E A NOVA TERRA:

1. Deus purificará a terra com fogo e toda obra que o homem fez sob o pecado (Sl.102.25,26; Is 34.4; 51.6; Ag 2.6; Hb 12.26-28; 2 Pe.3.7-12);

2. Deus criará novos céus e nova terra (Is.51,6; 65.17; 66.22; Rm.8.19-21; 2 Pe.3.10-13; Ap.21.1-22.6);

3. Deus removerá todos os efeitos do pecado (2 Pe.3.13; Ap 21.1-4; 22.3,15);

4. A nova terra será o quartel-general de Deus (Ap.21.1-13).

ERA DA ETERNIDADE: “Quando o milênio houver passado, quando as nações finalmente tiverem sido julgadas, quando os incrédulos tiverem sido julgados ante o Grande Trono Branco e a Terra houver sido renovada pelo fogo, então estaremos apenas no princípio da eternidade futura”. Aí então, Cristo Jesus, o Filho de Deus, “entregará o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder, porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos seus pés...”. I Co 15:24-28.

“Isso porá fim ao que compreendemos por “tempo”. E então começará a eternidade, que será dividida em eras das eras”, e não terá fim. (Clarence H. Lardim).

Conforme está escrito assim: “Então ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povo de Deus e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras”. (Ap 21:3-5).

Vejamos a seguir as sete glórias dos salvos na eternidade, citadas no livro do Apocalipse: ( Ap 22:3-5).

1. Não haverá mais maldição. (v.3)

Todas as coisas como resultado do pecado, serão banidas. A impecabilidade e a santidade perfeita habitarão para sempre.

2. O trono de Deus e o Cordeiro estarão presentes. (v.3)

Todos os remidos estarão para sempre presentes e ligados a esse trono. Jamais será interrompido o governo bendito e perfeito de Deus, por toda a eternidade.

3. Seus servos O servirão. (v 4).

Que bendito privilégio é servir ao Senhor por toda essa gloriosa eternidade, com um serviço pronto, voluntário e obediente.

4. Será dada uma visão eterna. (v. 4; I Jo 3:2b. I Co 13:12).

Que grande alegria será para nós, quando O veremos face a a face, tal como Ele é, eternamente.

5. Haverá posse eterna e possessão eterna. (Ap 3:12).

O nome do Senhor, o nome de Deus e da cidade eterna, a Nova Jerusalém, estarão nas frontes dos remidos, para sempre.

6. Um dia eterno. (v. 5).

“ ... ali não haverá noite...” . “Não haverá necessidade alguma de luz, porque Cristo será a Luz do mundo, por toda eternidade”.

7. Um reino eterno. ( v. 5).

“ E reinarão para sempre”. Que glória e que privilégio serão para o filhos de Deus, reinando com Cristo para sempre!!!

Finalmente citaremos as duas últimas promessas da Bíblia:

a) Última promessa da Bíblia.
Ap 22:7 – “Eis que venho sem demora. Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro”.

b) Última oração na Bíblia.
Ap 22:20, 21 – “Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente venho sem demora. Amém. Vem, Senhor Jesus. A graça do Senhor Jesus seja com todos”.

Louvemos a nosso bondoso Deus e Pai, por essas gloriosas revelações, e que possamos ser mais úteis, fiéis, comprometidos e submissos á soberana vontade de Deus, na grande missão da Igreja em pregar o Evangelho por todo mundo, até que Ele venha nos levar para sua glória. Mc.16:15-20; Jo.14:2-3. Amém.

X) ORDENAMENTO DA VISÃO ESCATOLÓGICA DAS ÚLTIMAS COISAS.

Transcrevemos abaixo um resumo escatológico com o titulo de “Os Últimos dias da História da Humanidade”, registrado na “Bíblia de Estudo Pentecostal”, editada pela CPAD, com bastante referências bíblicas que servirão para o leitor se aprofundar mais sobre este inesgotável tema:

1. O Rapto da Igreja.- Consiste no arrebatamento dos santos ressuscitados e dos vivos transformados, todos trasladados para o céu por Jesus. O arrebatamento terá lugar nos céus, nas nuvens. ( I Co 15:51,52; I Es 4:14-16).

2. Julgamento da Igreja Triunfante no Tribunal de Cristo, para recebimento dos galardões – Uma evidência disso, a esta altura dos acontecimentos, é que "os atos de justiça dos santos, são as vestes de linho fino, da esposa do Cordeiro" que é a Igreja. (Ap 19:7,9). Portanto, os garladões são os atos de justiça dos crentes recebidos como resultado do Julgamento dos mesmos, no Tribunal de Cristo. (Rm 14:10; I Co 3:11-15; II 5:10; )

3. As Bodas do Cordeiro (Ap 19:7-9). As bodas ocorrerão entre o arrebatamento e a revelação pessoal de Jesus em glória. Uma evidência disso é que, ao descer o Senhor, as bodas já ocorreram, como se vê, comparando Ap 19:7-9, com 19:11-14. Assim, enquanto os juízos divinos caem sobre a terra, durante a Grande Tribulação, haverá festa no céu.

4. Retirada daquele que restringe o pecado (II Es 2:3-10). Trata-se da Pessoa do Espírito Santo. O pecado e seus males terão então livre curso. Esse afastamento do Espírito Santo é quanto ação do pecado. A sua operação na salvação dos pecadores é evidente que continua, como está claro no livro de Apocalipse. (Ap 7:9-17; 20:4)

5. Surgimento do Anticristo no cenário mundial (Ap 13:1,2) O início da carreira do Anticristo será depois do arrebatamento da Igreja, numa demonstração de força, ele derrubará três reis, isto é ocupará três países (Dn 7:24). E prosseguirá na escalada do poder, tornando-se governante de uma confederação dos países que compõem a nova ordem mundial, correspondente a dez regiões dos mercados comuns da Economia Global. (Dn 7:24; Ap 17:12).

6. O surgimento do falso Profeta. A primeira Besta, o Anticristo (a mesma besta de Ap 13:1-8) será um líder político; um ditador mundial. A Segunda Besta, o Falso Profeta será seu ministro de cultos, que estará à testa da falsa Igreja Ecumênica de Satanás (Ap 13:11-16).

7. O pacto de 7 anos do Anticristo com Israel. Israel será então uma Nação forte a ponto do Anticristo fazer um pacto com ela. A princípio Israel gozará de imunidades, reconstruirá seu templo e reiniciará a prática dos sacrifícios (Dn 9:27). Após os primeiros três anos e meio, o Anticristo anulará o pacto feito e começará a perseguir os judeus. (Dn 7:25; 12:7, 11; Mt 24:15; Ap 11:2; 12:6, 14.).

8. Os juízos do céu sob os sete selos de Ap 6. Com esses alterados acontecimentos a terra estará sendo atingida em cheio pelos juízos divinos sob os sete selos do cap. 6 de Apocalipse:

1º Selo: O Anticristo e seu falso milênio, através de uma paz e um progresso ilusório (Ap 6:2). Ele se apresentará como o salvador do mundo.

2º Selo: Guerra através da terra e muito sangue derramado, à medida que o Anticristo galga o poder sobre as n ações (Ap 6:11).

3º Selo: Fome mundial sem precedentes, resultante da guerra e suas conseqüências. (Ap 6:5, 6).

4º Selo: Um quarto da população da terra é eliminado por fome, peste e guerra (Ap 6:8).

5º Selo: Mártires e mais mártires nesse tempo (Ap 6:9-11).

6º Selo: Catástrofes físicas nos céus e na terra. Um grande terremoto fará a terra tremer. Fumaça e cinza escurecerão o sol. (Ap 6:12,13, Jl. 2:30, 31). Deus será visto no seu trono de juízo, o que apavorará os ímpios (Ap 6:14-17). Fim dos primeiros três anos e meio de Tribulação.

7º Selo: Selo: Acha-se no Cap. 8:1-5 de Apocalipse. Está ligado a novas catástrofes na terra e comoções nos céus. Aqui está incluído o desfecho das 7 trombetas, que, com mais 6 selos é igual a 13 acontecimentos do ponto de vista do céu.

Mais juízos sobre a terra sob as sete trombetas, correspondente às 7 taças sobre a terra

1ª trombeta: Saraiva, fogo e sangue sobre a terra. Um terço da vegetação destruída (Ap 8:7).
Corresponde na terra a primeira taça....
2ª trombeta: Algo como uma grande montanha cai, no mar. Um terço da vida marinha e das embarcações são destruídas. (Ap 8:8,9).
Corresponde na terra a segunda taça....
3ª trombeta: Rios e fontes d'água contaminados. Um terço de toda água da terra poluída (Ap 8:10,11). Isso certamente contribuirá para a posterior secagem do Rio Eufrates em Ap. 16:21.
Corresponde na terra a terceira taça....
4ª trombeta: Escuridão na terra. Desaparece um terço do brilho do sol, lua e estrelas. (Ap 8:12).
Corresponde na terra a quarta taça....
5ª trombeta: A invasão da terra por demônios em forma de gafanhotos gigantes. Os habitantes da terra são atormentados por cinco meses (Ap 9:1-11).
Corresponde na terra a quinta taça....
6ª trombeta: Uma horda de cavalos e cavaleiros infernais, isto é, seres infernais, invadem a terra, comandados por quatro anjos decaídos que estavam presos junto ao rio Eufrates. João diz que o número deles era de 200 milhões (literalmente, no original). Morta um terço da população da terra (Ap 9:13-21).
Corresponde na terra a sexta taça....
7ª trombeta: Esta introduz os últimos e piores juízos de Deus sobre o reino do Anticristo, sob as sete taças.
Corresponde na terra a sétima taça....

9. As duas testemunhas e sua missão nos primeiros três anos e meio. Isto ocorrerá nos primeiros três anos e meio de pacto do Anticristo com Israel (Ap 11:3-12). Comparando-se Ml 4:5,6 com Mt 17:11, chega-se à conclusão que uma das testemunhas é Elias.

10. 144.000 judeus salvos em Israel (Ap 7:3-8). Salvos dentre as 12 tribos para testemunharem na terra. (Estes são os remanescentes de Israel, de cada tribo 12.000, que é um número representativo, salvo durante a tribulação.

Não confundir com os 144.000 do cap. 14:1-5, "comprados como primícias de toda terra, não de Israel e nas suas testas tinham escrito nome do Cordeiro e de Seu Pai“ Este é um número representativo da Igreja Triunfante, que se encontra no céu, já arrebatada, tendo como número referencial dos 12 apóstolos de Cristo, (O Cordeiro). Enquanto a Igreja está no céu celebrando a vitória, com um novo cântico, aqui na terra, Israel passa pela tribulação, cumprindo-se assim o que Jesus disse aos Judeus, em Mt 21:28-32; 21:33-46.

11. O Anticristo continuará se fortalecendo à frente do bloco de dez nações ou blocos econômicos da política da economia global.

12. O bloco de nações do Norte = Gogue e Magogue" (a Rússia). Também continuará com suas provocações e desafios, logrando adesões do bloco árabe.

13. A igreja falsa mundial. Continuará se projetando, com a união de todas as religiões. Ap 13:11-18; 17; 18.

14. A pregação do evangelho do reino, Será pregado em toda parte pelos judeus salvos (Mt 24:14).

15. Gogue e Magogue invadem Israel. Noutras palavras: a Rússia e seus aliados invadem Israel, mas são destruídos sobrenaturalmente por Deus (Ez 38; 39). Hoje só se fala em conflito Leste-Oeste; então, será Norte-Sul.

16. O Anticristo romperá seu acordo com Israel e começará a perseguí-los. Ele colocará uma sua imagem no templo dos judeus e exigirá adoração. Talvez seja nesse tempo que ele será mortalmente ferido e logo a seguir curado pelo poder satânico. (Ap 13:3). Ele estabelecerá seu palácio em Jerusalém (Dn 11:45).

17. A igreja falsa mundial que predominou na terra sob a égide do Anticristo por três anos e meio, será destruída pelos dez países ou dez blocos de países sob a chefia do próprio Anticristo (Ap 17:16-18). Em seu lugar surgirá imediatamente a adoração compulsória da Besta, promovida pelo líder religioso denominado Falso Profeta. Termo Falso Profeta implica religião (Ap 13:8; 11-17).

Uma vez destruída a superigreja falsa, na metade da Tribulação, o único culto permitido será o da adoração da Besta (Ap 13:8). Computadores cada vez mais sofisticados, controlarão a população da terra, de modo que quem não adotar a nova religião (Nova Era) não poderá comprar nem vender, seja para sustento da família, seja para comerciar, controlado através do nº 666 do código de barras, moeda eletrônica. (Ap 13:16-18).

As duas testemunhas serão mortas no início desse período, ressuscitarão à vista de todos e ascenderão ao céu (Ap 11:3-12).

18. Uma grande e fiel multidão de israelitas fugirá para os montes do deserto de Edom, ao sul de Israel, onde estarão protegidos de destruição (Mt 24:16-22; Ap 12:4-6, 14). Elias foi protegido aí, no passado, pode ter sido figura desse episódio.

19.Nesse tempo os 144.000 judeus serão assinaladas nas testas com o selo de Deus. (Ap 7.1-8). Também serão martirizados os gentios que professarem sua fé em Cristo (ver Ap 7:9-14). Talvez por isso, o testemunho do evangelho diminua e os anjos reforçarão este trabalho (Ap 14:6,7).

Sumário da ordem dos acontecimentos escatológicos:

Para termos uma visão geral dos acontecimentos escatológicos, transcrevemos a seguir, um quadro-resumo concedido pela ETADE aos seus alunos de teologia, encontrada na Bíblia (versão pentecostal), que está de acordo com a doutrina ensinada pela Igreja de Cristo, no Brasil.

I – Sinais proféticos dos últimos dias – “o princípio de dores”:

1. Aumento dos falsos profetas e da transigência religiosa dentro das Igrejas (Mt.24.4,5,10,11,24; Lc.18.8; 2 Ts.2.3;1Tm.4.1; 2Tm 3.1-7; 13; 4:3,4; 2Pe.2.1-3; 3:3,4);
2. Aumento do crime e desrespeito à Lei de Deus (Mt.24.12,37-39; Lc.17.26-30; 18.8; 1Tm.4:1; 2 Tm.3:1-8);
3. Aumento de guerras, fomes e terremotos (Mt.24.6-8; Mc.13.7,8; Lc.21.9);
4. Diminuição do amor e da afeição no lar (Mt.10.21; 24.12;Mc.13.12; 2Tm.3.1-3);
5. Perseguição mais severa ao povo de Deus (Mt.10.22,23; 24.9,10; Mc.13.13; Jo.15:19, 20; 16.33; At.14.22; Rm.5:3);
6. Os salvos permanecerão firmes (Mt.24.13; Mc.13.13);
7. O evangelho será pregado a todas nações (Mt.24:14; Mc.13:10);
8. O Espírito será derramado sobre o povo de Deus (Jl.2.28-29; At 2.15-21,38,39);

II – O arrebatamento:

1. Os crentes devem estar prontos e esperar constantemente por esse evento iminente (Mt 24.36-51; 25.1-13; Mc.13.33-37; Lc.12:35-48; 21.19,34-36; Rm.13.11-14; Fp.4.5; 1Ts.1.10; 4.16-18; 5.6-11; 2Tm 4.8; Tt.2.13);
2. Jesus Cristo virá de modo inesperado, posto que o momento exato não poderá ser calculado (Mt 24.36,42,44; 25.5-7,13; Mc.13.22-37; Lc.12.35-46);
3. Cristo virá arrebatar os crentes genuínos que viverem na terra nessa ocasião (Is.26.19; Lc.21,36; Jo 14.3; 1Ts.1:10; 4.14-17; 2Ts.2.1; 1Co.15.51-57; Ap.3.10,11);
4. Os crentes genuínos serão livrados da ira vindoura (Lc.21.36; 1Ts.1.10; 5.2-9; Ap.3.10);
5. Os crentes que morreram antes desse evento ressuscitarão e serão arrebatados com Cristo nas nuvens dos céus (1Co.15.50-55; 1Ts.4.16.17);
6. Todos os crentes genuínos arrebatados serão julgados no Tribunal de Cristo segundo as suas obras (Jo 5.22; Rm.14.10,12; 1Co 3.12-15; 4.5; 2Co.5.10; Ef 6:8; Cl.3.23-25; 2Tm.4.8);
7. Os crentes arrebatados após serem julgados receberão seus galardões segundo as suas obras (Ec.12.14; Mt 5.11-12; 25.14-30; Lc.19.12-27; 1Co.3.10-15; 9.25-27; 2Co.5.10; 2Tm.4.7-8; I Pe.5.1-4; Ap.2.10; 14.13; 22.12);
8. Os crentes não fiéis não serão condenados, porém não receberão galardões (1Co.3:15; 2Co.5:10; 1Jo.2:28; 2Jo.8).

III – A tribulação:

1. Os crentes fiéis nas igrejas de Cristo serão preservados do tempo da ira vindoura ou da tribulação (Lc.21:36; Jo.5:24; 14.1-4; 2.Co.5:2,4; 1Ts.1:10; 4.16-18; 5.8-10; Ap.3:10);
2. Começará depois que O que o detém for removido do caminho (2Ts.2:6-8);
3. Começará depois de intensificar-se o poder secreto da iniqüidade (2Ts.2:7,8);
4. Começará depois de ocorrer uma grande rebelião contra a fé (2Ts.2:3)
5. Anticristo (o homem da iniqüidade) aparecerá (Dn.7:24-26; 9.26b,27; 12.11; Mt.24:15; 2Ts.2.3-10; Ap.11:7; 12:3,13-17; 13:1-18; 16.2; 17.7-18; 19.19,20);
6. Começará com a abertura dos 7 selos (Ap.6:1);
7. Um tempo de aflição em escala mundial (Mt.24:21,22; Ap.6-19);
8. Durará sete anos (Dn.9.27; Ap.11.3; 12:6,14);
9. Falsos profetas realizarão grandes sinais e maravilhas (Mt.24:24; 2Ts 2:8-10; Ap.13:13; 16:14; 19:20);
10. Evangelho será pregado por anjos e judeus convertidos (Mt.24:14; Ap.7:1-14; 11:3-13; 14:6,7);
11. Pessoas serão salvas durante esses dias (Dt.4.29-31; Ap.7:9-17; 14:6,7; 11:3,13);
12. Muitos judeus se converterão a Cristo (Rm.11:25,26; Ap.7:1-8);
13. Aqueles que tiveram oportunidade de crer em Jesus e não creram, antes creram na “operação do erro e na mentira e eficácia de Satanás”, não terão mais nenhuma oportunidade de salvação (Mt.25.1-12; Lc.12:45,46; 2Ts.2:9-12);
14. Será um tempo de perseguição para todos os fiéis que creram em Jesus (Dn.12:10; Mt.24:15-22; Ap 6.9-11; 7.7-17; 12.12,17; 13.7,15-17; 14.6.13; 17.6; 18.24; 20.4);

IV – A Grande Tribulação:

1. Últimos três anos e meio de “A Tribulação” (Dn.9.27; Ap 11,2; 12.6; 13.5-7);
2. Começará com abominação desoladora no lugar santo (templo em Jerusalém) - Dn.9.27; 12.11; Mt.24.15; Mc.13:14; 2Ts.2.4; Ap 13,14,15;
3. A atividade demoníaca aumentará grandemente (2Ts.2.9-12; Ap 9.3-11; 14-21; 13.5-8; 11-18; 16.12-14);
4. A feitiçaria e a bruxaria aumentarão grandemente (1Tm.4.1; Ap.9:21; 18.23; 22.15);
5. Ocorrerão eventos cósmicos relacionados com o sol, a lua e as estrelas (Is.13.9-11; 24.20,23; Mt.24.29; Mc.13.24,25; Lc.21.25; Ap.6.12-14; 8.10,12; 9.2);
6. Engano religioso será generalizado (Mt.24.24; Mc.13.6,21,22; 2 Ts.2.9-11);
7. Tempo de sofrimento terrível para os judeus (Jr.30.5-7; Dn.12:1, 7; Ap.11.2; 12.12-17);
8. Período de aflição mundial mais terrível e mais intenso de toda a história universal (Dn.12.1; Mt 24.21; Mc13.15-19; 2 Pe 3.7-12; Ap 6.9-17; 9.1-21; 16.1-21);
9. Deus derramará a sua ira sobre os ímpios (Is.26.20,21; 13.6-13; Jr.30.4-11; Dn.12.1; Zc.14.1-4; Ap.3.10; 6.17; 9.1-6,18-21; 14.9-11; 19-15);
10. A igreja apóstata será destruída (Mt 24.9-13; 2Ts.2.3; I Tm 4.1; Ap 17.16-17);
11. Duas testemunhas que pregavam o evangelho que foram mortas, ressuscitaram (Ap.11:11,12);
12. Fim da grande tribulação poderá ser conhecido por sinais específicos (Mt.24:15-29,32,33; Mc.13:38,39; Lc.22:28);
13. Terminará na ocasião da batalha de Armagedom e da plena ira de Deus contra os ímpios (Jr.25:29-38; Ez.29:17-20; Jl.3.2,9-17; Sf.3.8; Zc.14.2-5; Ap.14.9-11,14-20; 16.12-21; 19.17,18);
14. Cristo triunfará sobre o Anticristo e os seus exércitos (Mt.24.30,31; 1Ts.1.7-10; 2.Ts.2.8; 2Pe.3.10-13; Ap.19:11-21).

V – O Anticristo:

1. Governa durante a tribulação, o qual controlará o mundo inteiro (Dn.7.2-7,24-27; 8.4; 11.36; Mt.24.15-22; Ap.13.1-18; 17.11-17);
2. Uma pessoa incrivelmente maligna, um “homem do pecado” e da iniqüidade (Dn.9.27; 2Ts.2.3; Ap.13.12);
3. Descrito como uma besta (Ap.13.1-18; 17. 3, 8, 16; 19.19,20; 20.10);
4. Fará uma imagem no templo e exigirá adoração (Dn.7.8,25; 11.31,36; 12.11; Mt.24.15; Mc.13.14; 2Ts.2,3,4; Ap.13.4,8,12,14, 15; 14.9; 16.2);
5. Operará milagres mediante o poder de Satanás (Mt.24:24; 2Ts.2.9,10; Ap.13.3,12-14; 16.14; 16.14; 17.8);
6. Terá a capacidade de enganar as nações (2Ts. 2.9,10; 1 Jo 2.18,19; Ap 20.3);
7. Será ajudado pelo falso profeta (a besta que emergiu da terra) – Ap.13.11-18; 16.13; 19.20; 20.10;
8. Matará as duas testemunhas que profetizarão por 1.260 dias (Ap.11.3-10);
9. Procurará matar todos aqueles que não possuírem a marca da besta (666) – Ap.6.9; 13.15-18; 14.12,13;
10. Acabará destruindo o sistema religioso com o qual se aliará (Ap.17.16.17);
11. Será derrotado por Cristo quando Ele voltar à terra para estabelecer seu reino (Dn.2.44,45; 7.26,27; 2Ts.2.8; Ap.16.16; 19.15-21);

VI – O Glorioso Aparecimento de Cristo no Céu para implantação do Seu reino:

1. Cristo Jesus voltará com os crentes glorificados e com os seus anjos (Zc.14.5b; 2Ts.1.7-10; Jd.14,15; Ap 19.14);
2. Cristo Jesus reunirá os santos da tribulação (Mt.24.31; 25.31-40,46; Mc 13.27; Ap 20.4);
3. Os incrédulos serão excluídos na vinda de Jesus (Mt 24.38,39,43; Ap 20.5);
4. Cristo julgará e separará as nações vivas na terra (Mt.13.40,41,47-50; 25.31-46);
5. As nações ficarão enfurecidas diante desse evento (Ap.11.17,18, 16.21);
6. Os santos vitoriosos se regozijarão diante desse evento (Ap 19.1-9);
7. Cristo julgará e condenará os ímpios, inclusive o Anticristo, o falso profeta e Satanás (Is.13.6-12; Ez 20.34-38;Mt 13.41-50; 24.30; 25.41-46; Lc.19.11-17; 1Ts.5.1-11; 2Ts.2.7-10,12; Ap.6.16,17; 11.18; 17.14; 18.1-24; 19.11-20.3);
8. Os mártires da tribulação receberão galardões (Ap 20.4);
9. Os santos da tribulação compartilharão da glória de Cristo e de Seu reino (Mt 25.31-40; Ap 20.4).

VII – O Milênio:

1. Satanás será amarrado por mil anos (Ap 20.2,3);
2. Os santos da tribulação ressuscitarão dentre os mortos (Ap 20.4,5);
3. A igreja e todos os santos martirizados na tribulação reinarão com Cristo (Ap.1.6; 2.26,27; 3.21; 5.9,10;11.15-18; 20.4-6);
4. Cristo reinará na terra sobre os santos da tribulação que estiverem vivos na Sua vinda (Is.9.6.7; Mq.4.1-8; Dn.2.44,45; Zc.14.6-9; Ap.5.10; 11.15-18; 20.4-6);
5. A duração o do reino será de mil anos (Ap.20.4-7);
6. Os filhos de Deus terão descanso (2Ts.1.7; Ap.14.13);
7. A criação será restaurada à sua ordem e perfeição original (Sl.96.10-13; 98.7-9; Is.14.7,8; 35.1,2,6,7, 10; 51.3; 55.12,13; Ez 34,25-27; Rm 8.18-23);
8. Satanás será solto por um breve tempo no fim do milênio e sairá a seduzir as nações (Ap 20.7-9);
9. Desceu fogo do céu e os consumiu (Ap.20.9);
10. Diabo, o sedutor deles, foi lançado dentro do lago de fogo e enxofre, para ser atormentado pelos séculos dos séculos (Ap 20.10);
11. Terminará quando Cristo, o Filho de Deus entregar o reino ao Pai (1Co.15.24-26).

VIII – O Juízo Final:

1. Batalha final de Gogue e Magogue (Ap 20.7-9);
2. Todos os ímpios serão ressuscitados dentre os mortos para enfrentar o juízo final (Is.26.19-21; Dn 12.2; Jo 5.28,29; Ap 20.11-15);
3. Julgamento do grande trono branco (Ap.20.11-15);
4. Todos os inimigos de Deus serão condenados e lançados no lago de fogo e enxofre, que é a segunda morte (2Ts.2.9; Ap 20.10,12-15; 21.8).

IX – Os Novos céus e a Nova Terra:

5. Deus purificará a terra com fogo e toda obra que o homem fez sob o pecado (Sl.102.25,26; Is 34.4; 51.6; Ag 2.6; Hb 12.26-28; 2 Pe.3.7-12);
6. Deus criará novos céus e nova terra (Is.51,6; 65.17; 66.22; Rm.8.19-21; 2 Pe.3.10-13; Ap.21.1-22.6);
7. Deus removerá todos os efeitos do pecado (2 Pe.3.13; Ap 21.1-4; 22.3,15);
8. A nova terra será o quartel-general de Deus (Ap.21.1-13).

Não temos a pretensão de pensarmos que este tema se esgotou com este estudo resumido, nem como sendo donos exclusivos da verdade. Muitas passagens escatológicas são de difícil harmonia e interpretação, mesmo para os mais abalizados no assunto. Os mistérios de Deus neste assunto específico ainda estão para serem revelados não revelação compelta de nosso Senhor Jesus Cristo, na Sua vinda e no seu reino. (1ª Jo 3.1-3; Ap 1.7)

Nossa intenção foi a de lançar o fundamento, com base na Palavra de Deus, e orar a Ele para que desperte em todos nós, não somente o desejo de compreender a Sua Doutrina santa, mas também para que proclamemos o Seu advento aos que precisam conhecer o Autor e Consumador da nossa fé e esperança, que é Jesus. A Deus toda glória! Amém!

__________________________________________________________________


Bibliografia:

1 – A Doutrina das Últimas Coisas. - Haroldo B. Allison.

2 – O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo - Russel Norman Champlin.

3 – Manual de Escatologia - J. Dwaight Pentecost.

4 – 666 e o Governo Mundial - Wanderley Xavier.

5 – As setenta semanas de Daniel - Alva J. Mc. Clain.

6 - O Estudo do Milênio - Millard J. Erickson

7 - Bíblia de Estudo das Profecias - Sociedade Bíblica do Brasil

8 - Bíblia com as Referências e Anotações de C. I. Scofield

9 – Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD

10 – Compêndio das "Base de Fé da Igreja de Cristo, no Brasil". - Adalto Pinho, Pr. Djalma Pereira e Pb. Davis de Queiroz Pereira

11 – O Lindo Alvorecer – Gerson do Vale – Editora ABC – Fortaleza – CE.

São Paulo, 10 de Junho de 2011.

=======================================================


UM DOS TEMAS MAIS DIFÍCEIS DA ESCATOLOGIA NO PERÍODO DA TRIBULAÇÃO:


“AS RESPINGAS E OS REMANESCENTES”     (Pr Djalma Pereira).


Trata-se de um assunto teológico polêmico que deve ser estudado com profundidade textual e com boa base hermenêutica para da melhor maneira possível esclarecer pontos, aparentemente, divergentes objetivando manter uma linha imparcial a bem da verdade escriturística.

É necessário ter bem definido as duas posicionais da Nova e da Velha Aliança pertinentes a Israel como nação e a Igreja de Cristo Universal como a esposa do Cordeiro de Deus, respectivamente.


As “respingas” – Quer dizer colheita do resto ou sobra que ficavam nos cantos dos campos durante as colheitas para os pobres e aflitos em Israel. Vem da palavra hebraica “laqat” ou colher, respingar. Dt 24.20-22; Jui 20.45

As “respingas” da primeira ressurreição serão recolhidas no final da segunda metade da grande tribulação que, também, fazem parte da primeira ressurreição.  Mt 24.20-22; Ap 7.9-17; 14.13-16; 15.2; 20.4.
Textos básicos:
Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver. E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias. Mt 24.21-22

Também Isaías clama acerca de Israel: Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo. Rm 9.27; Is 10.20-22.
E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são, e de onde vieram? E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram da grande tribulação, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro. Ap 7.13-14.
E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte. Ap 12.11; (Ap 2.10).
E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos. Ap 20.4.
         
Paralelismo:
I – No Velho Testamento:

   i. As respingas - Estava previsto, simbolicamente, no Velho Testamento, conforme está escrito em Dt 24.19-22, sobre lei das respingas (rebuscas) assim: “(...) Mas lembrar-te-ás de que foste servo no Egito, e de que o SENHOR teu Deus te livrou dali; pelo que te ordeno que faças isso. Quando no teu campo colheres a tua colheita, e esqueceres um molho no campo, não tornarás a tomá-lo; para o estrangeiro, para o órfão, e para a viúva será; para que o SENHOR teu Deus te abençoe em toda a obra das tuas mãos. Quando sacudires a tua oliveira, não voltarás para colher o fruto dos ramos; para o estrangeiro, para o órfão, e para a viúva será. Quando vindimares a tua vinha, não voltarás para rebuscá-la; para o estrangeiro, para o órfão, e para a viúva será. E lembrar-te-ás de que foste servo na terra do Egito; portanto te ordeno que faças isso”. (Lv 19.9-10; 23.22, 25.25-34; Jr 32.1-5; Rt 2 e 3; Dn 12.1-3).

            ii. As respingas que vieram do cativeiro da Babilônia com Neemias e Esdras para Jerusalém. Ler: Ne 2.4-20; 7.5-67; 9.1-38; 10; 11.1 a 12.26; 13.6-31; Ed 1; 2; 7 a 10.
            Exemplo: Ler no livro de Rute os capítulos 2 a 4. Rute era uma gentia prosélita e mãe em Israel, que apanhando os feixes de trigo e a sobra nos quantos dos campos, mostra como foi aplicado a lei da “respinga” por direito, como um tipo do remanescente em Israel. Boaz (quer dizer remidor) – tipo de Jesus como Redentor - que era da tribo de Judá, foi o remidor como parente mais próximo de Salmom. Da descendência de Boaz e Rute nasceram: Obede, Jessé, Davi donde veio a genealogia de Jesus como Messias e Redentor, assim: Mt 1.1, 5-6. Livro da geração de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão (...) E Salmom gerou, de Raabe, a Boaz; e Boaz gerou de Rute a Obede; e Obede gerou a Jessé; e Jessé gerou ao rei Davi; e o rei Davi gerou a Salomão da que foi mulher de Urias”. (...) Lc 3.32, E Davi de Jessé, e Jessé de Obede, e Obede de Boaz, e Boaz de Salá, e Salá de Naassom”.

II – No Novo Testamento

i. As respingas dos Israelitas na época de Jesus: A missão de Jesus no seu primeiro advento foi para se cumprir as Profecias do Velho Testamento com relação ao remanescente de Israel, foi assim: “(...) Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido”. (Mt 5.17-8).
A geneologia de Jesus monstra como Deus preservou “um remanescente” através dos séculos, para cumprir o seu plano redentor e messiânico com o Seu Filho Unigênuto – o descendente da promessa abraâmica – segundo as Escrituras, como está escrito: (...) “Então caiu Abrão sobre o seu rosto, e falou Deus com ele, dizendo: (..) E estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência depois de ti em suas gerações, por aliança perpétua, para te ser a ti por Deus, e à tua descendência depois de ti. Gn 17.3, 7. (...) Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua descendência. Não diz: E às descendências, como falando de muitas, mas como de uma só: E à tua descendência, que é Cristo”. Gl 3.16. (...) “Livro da geração de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. Abraão gerou a Isaque; e Isaque gerou a Jacó; e Jacó gerou a Judá e a seus irmãos; (...) De sorte que todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze gerações; e desde Davi até a deportação para a babilônia, catorze gerações; e desde a deportação para a babilônia até Cristo, catorze gerações. (Ler: Mt 1.-1-17; Lc 3.23-38; Rm 4.9-25; 9.28-29; Gl 4.21-31).
         ii. Como Jesus tratou o remanescente de Israel na Sua época:

a) Primeiro anunciou a chegada do Reino dos céus. Conforme está escrito, assim: “(...) Mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel; E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus”. (Mt 10.6-7).
             b) Depois Jesus comissionou seus discípulos para anunciar, também, o reino dos céus.  Cumprindo a sua missão Jesus, então, enviou seus discípulos para anunciar a vinda do reino dos céus ao remanescente de Israel (Mt 10.6-7), assim:

1. Os doze apóstolos. Jesus enviou estes doze (apóstolos), e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho dos gentios, nem entrareis em cidade de samaritanos; mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel”. (Mt 10.6).

2. Os setenta discípulos. Depois enviou mais setenta discipulos de dois em dois, assim: (...) “E depois disto designou o Senhor ainda outros setenta, e mandou-os adiante da sua face, de dois em dois, a todas as cidades e lugares aonde ele havia de ir. E dizia-lhes: Grande é, em verdade, a seara, mas os obreiros são poucos; rogai, pois, ao Senhor da seara que envie obreiros para a sua seara. Ide; eis que vos mando como cordeiros ao meio de lobos” (...) “E curai os enfermos que nela houver, e dizei-lhes: É chegado a vós o reino de Deus. Mas em qualquer cidade, em que entrardes e vos não receberem, saindo por suas ruas, dizei: Até o pó, que da vossa cidade se nos pegou, sacudimos sobre vós. Sabei, contudo, isto, que já o reino de Deus é chegado a vós”. (Lc 10.1-3; 9-11).

iii. Como Jesus foi tratado na Sua época pelos judeus:

            a) Por João Batista como arauto do Rei. João Batista, também, iniciou a sua pregação anunciando a chegada do Reino dos céus, assim: E, naqueles dias, apareceu João o Batista pregando no deserto da Judéia, e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus”. (Mt 3.1-2). “(..) No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Este é aquele do qual eu disse: Após mim vem um homem que é antes de mim, porque foi primeiro do que eu”. Jo 1.29-30.

b) Jesus foi rejeitado no Seu primeiro advento. Neste primeiro momento Jesus foi rejeitado como o Messias, isto é, veio para o seu povo como nação israelita e os seus não O receberam, como está escrito: (...) Veio para o que era seu, e os seus não o receberam”. (Jo 1.11). (...)  E, tomando consigo os doze, disse-lhes: Eis que subimos a Jerusalém, e se cumprirá no Filho do homem tudo o que pelos profetas foi escrito; Pois há de ser entregue aos gentios, e escarnecido, injuriado e cuspido; E, havendo-o açoitado, o matarão; e ao terceiro dia ressuscitará”. Lc 18.31-33; (...) Disse-lhes Pilatos: Que farei então de Jesus, chamado Cristo? Disseram-lhe todos: Seja crucificado. O presidente, porém, disse: Mas que mal fez ele? E eles mais clamavam, dizendo: Seja crucificado”. Mt 27.22-23
            c) Aquí fica claro que a primeira missão de Jesus foi, especialmente, dirigida a Israel, porém, foi rejeitado. Vejam nos textos a seguir como Jesus tratou seus irmãos da nação de Israel: Mt 3.1-17; 4.12-25; 5; 6; 7; 10.1-23; 11.1-29; Mc 1.9-22; 6.7-13; 11.1-11; Lc 2; 3.1-22; 5.8-11; 10.1-20; Jo 1.15-51;2.1-17; 3.1-36; 4.19-45; 6.59-71; 11.17-46; 12.9-19, 44-50.

            iv. A porta da salvação foi aberta para todas as nações.  

Com a rejeição de Jesus a porta foi aberta para todas as nações, como está escrito assim: (...) “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.” Jo 1.12-13; (...) “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens”. (Jo 10.9).


v. A missão da Igreja Militante.

Após Sua ressurreição ordenou para ser pregado o Evangelho a todas as nações para tirar um povo para Seu nome, ou seja, edificar a Sua Igreja Universal, como está escrito, assim: (...) E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém” Mt 28.18-20. (...) “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado”. Mc 16.15-16). (...) “Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel? E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder, mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra”. At 1.6-8.

vi. O 1º Concílio em Jerusalém confirma a missão da Igreja.

Com a palavra Tiago declara que Deus “visitou os gentios para tirar um povo para seu nome, ou seja, a Igreja de Cristo Universal, assim: (...) “Simão relatou como primeiramente Deus visitou os gentios, para tomar deles um povo para o seu nome. E com isto concordam as palavras dos profetas; como está escrito: Depois disto voltarei, E reedificarei o tabernáculo de Davi, que está caído, Levantá-lo-ei das suas ruínas, E tornarei a edificá-lo. Para que o restante dos homens busque ao Senhor, e todos os gentios, sobre os quais o meu nome é invocado, diz o Senhor, que faz todas estas coisas, conhecidas são a Deus, desde o princípio do mundo, todas as suas obras”. (Am 9.11-12; At 15.15-18).

vii. A revelação do Fundamento insubstituível da Igreja - Cristo.

Estava, em parte, oculto no Velho Testamento o projeto de Deus sobre a Igreja edificada sobre Jesus Cristo como fundamento da Igreja, e que, só agora foi revelado no Novo Testamento, conforme está escrito assim: (...) Disse-lhes Jesus: E vós, quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. Mt 16.15-18.

viii. Os apóstolos confirmam Cristo como o fundamento da Igreja:

.           a) O apóstolo Pedro afirma: Como está escrito: (...) “Ele (Jesus) é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina. E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”. At 4.11-12. (...) “Por isso também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; E quem nela crer não será confundido. E assim para vós, os que credes, é preciosa, mas, para os rebeldes, A pedra que os edificadores reprovaram, Essa foi a principal da esquina, E uma pedra de tropeço e rocha de escândalo”. 1ª Pe 2.5-7.

b) O apóstolo Paulo afirma: Como está escrito: (...) “Eis que eu ponho em Sião uma pedra de tropeço, e uma rocha de escândalo; E todo aquele que crer nela não será confundido”. Rm 9.33. (...) “Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor. No qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito”. Ef 2.21-22. (Ler: Sl 118.20-23; Is 28.16; At 4.11-12; Rm 9.33; 1ª Co 3.11-17; 1ª Pe 2,1-9).

ix. O sacerdócio real segundo a ordem de Melquisedeque.

Os vencedores pertencerão ao sacerdote real e reinarão com Cristo mil anos. (1ª Pe 2.9; Ap 1.6; 20.6). O sacerdócio real é segundo a ordem de Melquiseque pertence à Igreja, (Sl 110.4; Jo 1.29-34; Hb 6.20; 7.1-28; 1ª Pe 2.1-9), e, portanto, estes como membros do Corpo de Cristo, remidos no sangue do Cordeiro de Deus, (Jo 1.29), participarão, na presença do Esposo, da ceia nas bodas do Cordeiro, que é a celebração vitoriosa do memorial da Nova Aliança. Mt 26.26-30; 1ª Co 11.23-25; Ap 19.5-9. (Ler mais: Gn 14.18-20;  Mc 14.22-26; Lc 22.14-20; Jo 13; 14; 15; 16; 17; Ap 19.7-9).

COMO SERÁ A SALVAÇÃO DOS REMANESCENTES DURANTE A TRIBULAÇÃO?

Segundo um comentário feito por C. I. Scofield na Bíblia comentada por ele, afirma que: “A tribulação será um período de salvação, assim: Os eleitos de Israel serão assinalados (Ap 7.1-8) com uma inumerável multidão de redimidos por Jesus”, (Ap 7.9-14; 12.7-18). O remanescente de Israel, entretanto, não faz parte do sacerdócio real de Cristo, (Ap 1.5-6; 20.6), porque pertence ao sacerdócio arônico-levítico instituído na Velha Aliança, conforme consta na Lei de Moisés. (Hb 6.20; 7; 8; 9.6-27; 10.1-23). Vejamos  como será com o remanescente dos salvos entre os gentios e de Israel na tribulação:

I - O REMANESCENTE DOS CRENTES SALVOS NA TRIBULAÇÃO

Findo o tempo da missão da Igreja, após o arrebatamento, então, ficará para trás uma parte do cristianismo nominal correspondente à respinga (remanescente) desta dispensação, a qual passará pela tribulação, e se converterá juntamente com os israelitas, (Ler: Dt 4.30-31; Dn 12.9-13; Dn 9.27; Ap 12.11-12; 13.11-18; 20.4-6), como está previsto em Mt 24.15-22, 29-31; Lc 17.20-37; 19.11-27 Ap 7.9-17; 12.7-12; 14.6-16; 15.2.

            Jesus comparou este evento como foi nos dias de Noé e Ló explicando que ficará uma parte para trás como está escrito em Lucas 17.30-37, a saber: (...) “Assim será no dia em que o Filho do homem se há de manifestar. Naquele dia, quem estiver no telhado, tendo as suas alfaias em casa, não desça a tomá-las; e, da mesma sorte, o que estiver no campo não volte para trás. Lembrai-vos da mulher de Ló. Qualquer que procurar salvar a sua vida, perdê-la-á, e qualquer que a perder, salvá-la-á. Digo-vos que naquela noite estarão dois numa cama; um será tomado, e outro será deixado. Duas estarão juntas, moendo; uma será tomada, e outra será deixada. Dois estarão no campo; um será tomado, o outro será deixado. E, respondendo, disseram-lhe: Onde, Senhor? E ele lhes disse: Onde estiver o corpo, aí se ajuntarão as águias”

II - A RESPINGA DA PRIMEIRA RESSURREIÇÃO NA SEGUNDA METADADE DA TRIBULAÇÃO

  A respinga da primeira ressurreição. Remanescente dos gentios convertidos na tribulação conforme está escrito em Ap 7.9-17. Estes foram salvos, também, redimidos pelo sangue de Jesus e vieram da grande tribulação conforme está escrito: “(...) v13 Um dos anciãos tomou a palavra, dizendo: Estes que se vestem de vestiduras brancas, quem são e donde vieram? v14 Respondi-lhe: meu Senhor, tu o sabes. Ele, então, me disse: São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro, v15 razão por que se acham diante do trono de Deus e o servem de dia e de noite no seu santuário; e aquele que se assenta no trono estenderá sobre eles o seu tabernáculo, (Ap 7.13-15).

Respinga da primeira ressurreição - Estes terão parte na segunda etapa da primeira ressurreição, durante a segunda metade da grande tribulação, após serem martirizados por não adorarem a imagem da Besta, como está escrito em Ap 20.4-5, assim: “E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição”.

           
            III - O REMASCENTE DAS NAÇÕES VIVAS APÓS A TRIBULAÇÃO

           
 O remanescente das nações vivas - Na volta de Jesus para reinar, depois da grande tribulação, haverá o julgamento das nações vivas donde terá um remanescente salvo identificado como “as ovelhas”, colocado à direita do Messias como Rei dos Reis e Senhor dos senhores, (Sl 2; Ap 19.16). Estes entrarão para reinar com o remanescente de Israel, como está escrito assim: “v31 E, quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os santos anjos, com ele, então, se assentará no trono da sua glória; v32 e todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas. v33 E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda. v34 Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo”. Mt 25.31-34.


            Esclarecimento. O Julgamento das nações vivas não deve ser confundido com o juízo final do trono branco em Ap 20.11-15: O julgamento das nações vivas foi vaticinado por Jesus em Mateus 25.31-46, o qual será na terra após a tribulação e antes do milênio. Não deve ser confundido com o julgamento final dos ímpios mortos perante o trono branco que será além do céu e da terra, conforme está escrito em Ap 20.11-15. Vejamos os seguintes dados comparativos explicitando a diferença:
                                                                     
                                   DADOS COMPARATIVOS


Mateus 25.31-46 na terra
Apocalipse 20.11-15, no trono branco
1 – Nenhuma ressurreição mencionada
1 – É mencionada a ressurreição dos mortos
2 – As nações vivas serão julgadas
2 – Serão julgados os mortos condenados
3 – O julgamento será na terra Mt 25.31-32
3 – O céu e a terra fugiram Ap 20.11
4 – Há classes de julgados: ovelhas, cabritos, e “irmãos”
4 – Há uma só classe, os mortos
5 – Nenhum livro é mencionado
5 – Serão abertos os livros memoriais das obras pecaminosas
6 – Ocorrerá antes do Milênio
6 – Ocorrerá depois do Milênio Ap 20.7

Como vimos acima estes julgamentos têm posições diferentes: Um será na terra (Mt 25.31-46), o outro será além da terra e do céu (Ap 20.11), e terá um espaço de tempo, entre os dois, de 1.000 anos, (Ap 20.7-9).

 Os salvos durante a tribulação participarão, também, do reino milenial de Cristo conforme os textos a seguir:

Cristo reunirá os santos salvos da tribulação (Mt 24.31; 25.31-40, 46; Mc 13.27;  Ap 20.4)

Os mártires da tribulação ressuscitarão dentre os mortos (Ap 7.9-17; 20.4)

 Os santos salvos da tribulação receberão galardões (Mt 5.11,12; Ap 11.15-19; 20.4; 22.12)

Os santos salvos da tribulação compartilharão da glória de Cristo e do seu reino (Mt 25.31-40; Rm 8.18-25, 2ª Ts 2,13, 14. Ap 20,6).


                     IV - O REMASCENTE DE ISRAEL DA TRIBULAÇÃO

       As “respingas” ou remanescente de Israel depois do arrebatamento da Igreja Triunfante:

a)                 Remanescente de Israel assinalados durante a tribulação referente ao número simbólico (144.000) e representativo das doze tribos de Israel conforme está escrito em Ap 7.1-8.

b)                Remanescente de Israel convertidos durante a grande tribulação conforme está escrito em Ap 12.10-11:  “E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite. E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte”. (Ler: Ap 12.7-18).

c) O livramento de Israel: “(...) Ah! Porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante; e é tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será salvo dela. Porque será naquele dia, diz o SENHOR dos Exércitos, que eu quebrarei o seu jugo de sobre o teu pescoço, e quebrarei os teus grilhões; e nunca mais se servirão dele os estrangeiros. Mas servirão ao SENHOR, seu Deus, como também a Davi, seu rei, que lhes levantarei”  Jr 30.7-9; 
“(...) Vivo eu, diz o Senhor DEUS, que com mão forte, e com braço estendido, e com indignação derramada, hei de reinar sobre vós. E vos tirarei dentre os povos, e vos congregarei das terras nas quais andais espalhados, com mão forte, e com braço estendido, e com indignação derramada. E vos levarei ao deserto dos povos; e ali face a face entrarei em juízo convosco; Como entrei em juízo com vossos pais, no deserto da terra do Egito, assim entrarei em juízo convosco, diz o Senhor DEUS. Também vos farei passar debaixo da vara, e vos farei entrar no vínculo da aliança. E separarei dentre vós os rebeldes, e os que transgrediram contra mim; da terra das suas peregrinações os tirarei, mas à terra de Israel não voltarão; e sabereis que eu sou o SENHOR”. (Ez 20.33-38).
“(...) v6 Eu, porém, constituí o meu Rei sobre o meu santo monte Sião. v7 Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei. v8 Pede-me, e eu te darei as nações por herança e as extremidades da terra por tua possessão. v9 Com vara de ferro as regerás e as despedaçarás como um vaso de oleiro”.  Sl 2..6-9. (Ler: Is 64; Zc 12.10 a 13.7-14).

d) O julgamento de Israel - Os doze apóstolos julgarão as doze tribos de Israel. (...) “Então Pedro, tomando a palavra, disse-lhe: Eis que nós deixamos tudo, e te seguimos; que receberemos? E Jesus disse-lhes: Em verdade vos digo que vós, que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel”. Mt 19.27-28. Com a posição dos apóstolos julgando as doze tribos de Israel fica evidente que a primazia da autoridade de Israel foi substituída pela a autoridade dos doze apóstolos representando a “Nova Aliança no sangue do Cordeiro”.

AS POSIÇÕES DAS DUAS ALIANÇAS.

As duas alianças do Velho e Novo Testamento não podem ser misturadas como alguns intérpretes sobre escatologia tem feito no livro do Apocalipse causando dificuldade na interpreção, a saber:

a)      Representantes simbólicos da Velha Aliança com Israel. Os 144.000 assinalados das doze tribos de Israel (Ap 7.1-8), permanecem na terra com seus corpos transformados para viverem e participarem do reino milenial. Não serão arrebatados.(Is 11.6-8; 65.17-20);

b)     Representantes simbólicos da Nova Aliança no sangue de Jesus. Os 144.000 simbólicos representantes dos salvos redimidos pelo o sangue do Cordeiro (Jesus Cristo). (Ap 5.1-14; 14.1-5)  Estes serão ressuscitados e traslados para compor a esposa do Cordeiro, por isto aparecem no monte de Sião glorificados;

c)      Elementos simbólicos da Nova Aliança instituída por Jesus. (...) Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, e abençoando-o, e o deu aos seus discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo. E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: bebei dele todos. Porque isto é o meu sangue, o sangue da Nova Aliança, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados” (Mt 26.26-28; 1ª Pe 1.18-19; Ap 19.7-9);

d)     A ceia das bodas do Cordeiro. Celebração da vitória triunfante dos remidos do senhor nas “bodas de casamento com o esposo – Cristo.  Os que pertencem a Nova Aliança em Cristo Jesus – da Igreja Triunfante – ressuscitarão primeiro (1ª Ts 4.13-17) e virão com Cristo (Ap 1.6-7) como as primícias para reinar (1ª Co 15.23). Só os que foram redimidos pelo o sangue da Nova Aliança – o sangue de Jesus derramado na cruz – é que vão participar da “ceia das bodas do Cordeiro”, após o arrebatamento da Igreja Triunfante, como está escrito, assim: “(...) Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. 8 E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos.  E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus”. Ap 19.7-9, e, “(...) E a ela trarão a glória e honra das nações. 27 E não entrará nela coisa alguma que contamine e cometa abominação e mentira, mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro”. Ap 21.27.


A POSIÇÃO PRIORITÁRIA DE ISRAEL FOI TROCADA PELA DA IGREJA

Com a rejeição de Jesus como o Messias no seu primeiro advento, então, foi trocado a posição prioritária de Israel pela a da Igreja, como disse Jesus assim: “Porém, muitos primeiros serão os derradeiros, e muitos derradeiros serão os primeiros”. Mt 19.30

Jesus mostra na parábola dos lavradores maus a rejeição de Israel. (...) “Quando, pois, vier o senhor da vinha, que fará àqueles lavradores? Dizem-lhe eles: Dará afrontosa morte aos maus, e arrendará a vinha a outros lavradores, que a seu tempo lhe dêem os frutos. Diz-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra, que os edificadores rejeitaram, Essa foi posta por cabeça do ângulo; Pelo Senhor foi feito isto, E é maravilhoso aos nossos olhos? Portanto, eu vos digo que o reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que dê os seus frutos. E, quem cair sobre esta pedra, despedaçar-se-á; e aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó. E os príncipes dos sacerdotes e os fariseus, ouvindo estas palavras, entenderam que falava deles”.  Mt 24.33-45; (Sl 118.19-26; Is 28.16)

A POSIÇÃO PRIVELLIGIADA DE ISRAEL FOI INVERTIDA

 Posição de Israel para entrada do milênio depois da Igreja passar pelas bodas do Cordeiro e ser glorificada. (Ap 19.7-9).
Jesus mostra na parábola dos dois filhos a mudança de posição. “Mas, que vos parece? Um homem tinha dois filhos, e, dirigindo-se ao primeiro, disse: Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha. Ele, porém, respondendo, disse: Não quero. Mas depois, arrependendo-se, foi. E, dirigindo-se ao segundo, falou-lhe de igual modo; e, respondendo ele, disse: Eu vou, senhor; e não foi. Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram-lhe eles: O primeiro. Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no reino de Deus. Porque João veio a vós no caminho da justiça, e não o crestes, mas os publicanos e as meretrizes o creram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para o crer”. Mt 21.28-32.
Por isso Jesus disse aos judeus que “os primeiros serão os últimos”, assim:  “Porém, muitos primeiros serão os últimos e muitos últimos serão os primeiros”. (Mt 19.30).
A posição priveligiada de Isarel foi invertida pela posição da Igreja dos primogênitos arrolados nos céus, que ressuscitarão primeiro para estar com Senhor. (1ª Ts 4.13-17).

A NOVA ALIANÇA É SUPERIOR A VELHA ALIANÇA

As duas alianças do Velho e Novo Testamento não podem ser misturadas como alguns intérpretes sobre escatologia tem feito no livro do Apocalipse causando dificuldade na interpreção sobre o número 144.000 simbólico representativo do Velho Pacto em Ap 7.1-8 e o número 144.000, simbólico representativo da Nova Aliança firmada no sange de Jesus. Por que?  Vejamos:

Mudança do sacerdote e mudança da lei. “(...) Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei. Porque aquele de quem estas coisas se dizem pertence a outra tribo, da qual ninguém serviu ao altar, Visto ser manifesto que nosso Senhor procedeu de Judá, e concernente a essa tribo nunca Moisés falou de sacerdócio. E muito mais manifesto é ainda, se à semelhança de Melquisedeque se levantar outro sacerdote, que não foi feito segundo a lei do mandamento carnal, mas segundo a virtude da vida incorruptível”.

Jesus é único sacerdote eterno segundo a ordem de Melquisedeque. “Porque dele assim se testifica: Tu és sacerdote eternamente, Segundo a ordem de Melquisedeque. Porque o precedente mandamento é ab-rogado por causa da sua fraqueza e inutilidade (Pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou) e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual chegamos a Deus. E visto como não é sem prestar juramento porque certamente aqueles, sem juramento, foram feitos sacerdotes, Mas este com juramento por aquele que lhe disse: Jurou o Senhor, e não se arrependerá; Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque”.

Jesus é o Fiador da melhor Aliança. “De tanto melhor aliança Jesus foi feito fiador. E, na verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande número, porque pela morte foram impedidos de permanecer, Mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo. Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus”.

Um único sacrifício perfeito para sempre. Que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois pelos do povo; porque isto fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo. Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas a palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre”. Hb 7.12-28,

O novo e vivo caminho da Nova Aliança pelo sangue de Jesus: (...) Holocaustos e oblações pelo pecado não te agradaram. Então disse: Eis aqui venho (No princípio do livro está escrito de mim), Para fazer, ó Deus, a tua vontade. Como acima diz: Sacrifício e oferta, e holocaustos e oblações pelo pecado não quiseste, nem te agradaram (os quais se oferecem segundo a lei). Então disse: Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade”.

Mudança da Velha Aliança pela Nova Aliança. “Tira o primeiro, para estabelecer o segundo. Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez. E assim todo o sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar os pecados”;

Jesus o Sacerdote Eterno está vivo para sempre donde virá para reinar. “Mas este, havendo oferecido para sempre um único sacrifício pelos pecados, está assentado à destra de Deus, Daqui em diante esperando até que os seus inimigos sejam postos por escabelo de seus pés. Porque com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados”.

Aliança perfeita não pode ser mais repetida. “E também o Espírito Santo no-lo testifica, porque depois de haver dito: Esta é a aliança que farei com eles Depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei as minhas leis em seus corações, E as escreverei em seus entendimentos; acrescenta: E jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniqüidades. Ora, onde há remissão destes, não há mais oblação pelo pecado”.

O novo e vivo caminho pelo sangue de Jesus. “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, Pelo novo e vivo caminho que ele  nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne, E tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa, Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu”. Hb 10.6-23

            Pelos motivos acima expressos na Palavra de Deus verificamos que agora existem duas linhas bem definidas que não podem se misturar devido a superioridade da Nova Aliança, divina, celestial e eterna, da que é terrena, temporária, - Velha Aliança - figura da que é verdadeira firmada na Obra perfeita do Filho de Deus, encarnado, crucificado, ressuscitado e glorificado à Direita do Pai.

            Isto posto, seguindo o mesmo princípio das posições e linhas das duas alianças, consequentemente, os números simbólicos representativos de 144.000, indicam as duas posições das duas alianças, isto é: a que é da terra e a que é de cima, a celestial e eterna. Dai não se deve confundir ou misturar a que representa Israel como nação terrena representada pelos israelitas assinalados das doze trribos mencionados em Ap 7.1-8,  que não serão ressuscitados e arrebatados com a Igreja Triunfante, e com o número simbólico representativo dos 144.000 que vão ressuscitar e que aparecem no monte de Sião por ter sido comprados de toda terra pelo sangue do Cordeiro da Nova Aliança. (Ler: Hb 12.22-24; Ap 19.7-9)

            Vejamos a seguir uma explicação mais resumida:

a)      Representantes simbólicos da Velha Aliança com Israel. Os 144.000 assinalados das doze tribos de Israel (Ap 7.1-8; Hb 12.17-21), permanecem na terra com seus corpos transformados para participarem do reino milenial. (Is 11.6-8; 65.17-20).

b)     Representantes simbólicos da Nova Aliança no sangue de Jesus. Os 144.000 simbólicos representantes dos salvos redimidos pelo o sangue do Cordeiro (Jesus Cristo) (Ap 14.1-5) Estes serão ressuscitados e traslados para compor a esposa do Cordeiro, por isto aparecem no monte de Sião glorificados. (Hb 12.22-29; Ap 19.7-9). Estes não vão permanecer na terra durante a tribulação.

c)      Elementos simbólicos da Nova Aliança instituída por Jesus. (...) “Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, e abençoando-o, e o deu aos deus discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo. E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: bebei dele todos. Porque isto é o meu sangue, o sangue da Nova Aliança, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados” (Mt 26.26-28; 1ª Pe 1.18-19).

O remanescente de Israel. O apóstolo Paulo explica que Deus deixou “um renascente segunda a eleição da graça”, assim: “(...) Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu. Ou não sabeis o que a Escritura diz de Elias, como fala a Deus contra Israel, dizendo: Senhor, mataram os teus profetas, e derribaram os teus altares; e só eu fiquei, e buscam a minha alma? Mas que lhe diz a resposta divina? Reservei para mim sete mil homens, que não dobraram os joelhos a Baal. Assim, pois, também agora neste tempo ficou um remanescente, segundo a eleição da graça”. (Rm 11.2-5).

Este remanescente representa as “respingas” da nação de Israel que passará pela tribulação e sobreviverá para reinar com Cristo, conforme Ap 7.1-6; 12.12-16.

É importante ter bem claro o paralelismo das duas linhas posicionais da Velha Aliança e da Nova Aliança, a fim de não se fazer confusão entre as posições escatológicas das “respingas” ou os remanescentes que sobreviverão durante e depois da tribulação.
                            ( Pr Djalma Pereira).


==================================================

As duas testemunhas reveladas no Apocalipse


              As duas testemunhas reveladas no Velho e no Novo Testamento
             
Introdução –
A palavra testemunha, segundo o Dicionário Lello, significa “pessoas que testemunha em justiça, as juram dizer a verdade”, (...)  “Testemunha ocular ou de vista, que viu ou presenciou um fato”. Por isto que Jesus, depois que ressuscitou ao terceiro dia, comissionou os seus discípulos para serem testemunhas de tudo que eles presenciaram, desde o batismo de Jesus no Rio Jordão, até o dia que Ele foi assunto ao céu diante de dois varões ou duas testemunhas celestiais. Como está escrito assim: At 1.1-8  “Fiz o primeiro tratado, ó Teófilo, acerca de tudo que Jesus começou, não só a fazer, mas a ensinar até ao dia em que foi recebido em cima, depois de ter dado mandamentos, pelo Espírito Santo, aos apóstolos que escolhera; aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias, e falando das coisas concernentes ao reino de Deus”. (...) “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra”. Jesus só comissionou os seus discípulos porque viram os feitos milagrosos, a Sua ressurreição e assunção ao céu.

              As duas testemunhas reveladas no Velho Testamento

              No Velho Testamento. Segunda a Palavra de Deus, qualquer fato tem valor legal quando testemunhado por duas ou três testemunhas, a saber: Por boca de duas testemunhas, ou três testemunhas, será morto o que houver de morrer; por boca de uma só testemunha não morrerá. As mãos das testemunhas serão primeiro contra ele, para matá-lo; e depois as mãos de todo o povo; assim tirarás o mal do meio de ti”. Dt 17:6-7 (...) “Eis que também agora a minha testemunha está no céu, e nas alturas o meu testemunho está”.  Jó 16:19. (...) E, respondendo-lhe outra vez, disse: Que são aqueles dois ramos de oliveira, que estão junto aos dois tubos de ouro, e que vertem de si azeite dourado? E ele me falou, dizendo: Não sabes tu o que é isto? E eu disse: Não, senhor meu. Então ele disse: Estes são os dois ungidos, que estão diante do Senhor de toda a terra”. Zc 4:12-14.

              As duas testemunhas reveladas no Novo Testamento

              No Novo Testamento. Disse Jesus: Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, seu irmão, e os conduziu em particular a um alto monte, e transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele. E Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, façamos aqui três tabernáculos, um para ti, um para Moisés, e um para Elias” Mt 17.1-4. (...) “Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada”. Mt 18:16 (...) “É esta a terceira vez que vou ter convosco. Por boca de duas ou três testemunhas será confirmada toda a palavra”.  2ª Co 13:1. (...) “E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de saco. Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da terra”. Ap 11:3-4.  Como vemos acima só é testemunha quem viu os fatos, como Moisés e Elias no V. T. e, os apóstolos Pedro, Tiago e João que viram Moisés e Elias na transfiguração no monte Santo, e na assunção de Jesus (At 1.8-13). Portanto, como diz alguns que uma das testemunhas é Enoque, todavia, este não pode ser testemunha porque não viu os fatos que aconteceram com Israel no Velho Testamento e, também, não apareceu com Moisés e Elias no monte da transfiguração.

              Elias virá antes que venha o grande dia do SENHOR

              Está profetizado que Elias virá antes que venha o grande dia do SENHOR, assim:
              “Porque eis que aquele dia vem ardendo como fornalha; todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como a palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o SENHOR dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo.Mas para vós, os que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, e cura trará nas suas asas; e saireis e saltareis como bezerros da estrebaria. E pisareis os ímpios, porque se farão cinza debaixo das plantas de vossos pés, naquele dia que estou preparando, diz o SENHOR dos Exércitos. Lembrai-vos da lei de Moisés, meu servo, que lhe mandei em Horebe para todo o Israel, a saber, estatutos e juízos. Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do SENHOR; E ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição”. Ml 4.1-6

              Elias é uma das duas testemunhas.

              Elias foi também traslado para o céu à vista do profeta Eliseu. 2ª Reis 2.6-14.
              “(...) E os seus discípulos o interrogaram, dizendo: Por que dizem então os escribas que é mister que Elias venha primeiro? E Jesus, respondendo, disse-lhes: Em verdade Elias virá primeiro, e restaurará todas as coisas”. (Ml 4.1-6; Mt 17.5-11). Por isto que ele apareceu no monte da transfiguração com Moisés (Mt 17.1-4).

              Moisés é outra das duas testemunhas.

              O corpo de Moisés não foi encontrado na sepultura porque foi traslado para o céu. Dt 34.5-6. “Assim morreu ali Moisés, servo do SENHOR, na terra de Moabe, conforme a palavra do SENHOR. E o sepultou num vale, na terra de Moabe, em frente de Bete-Peor; e ninguém soube até hoje o lugar da sua sepultura” (...)  (Jo 11.25-26). Ninguém encontrou o corpo de Moisés porque o seu corpo foi trasladado para o céu. Por isto que o diabo contendeu com o arcanjo Miguel a respeito do corpo de Moisés por causa da “lei do pecado  que é a morte” (Rm 8.2), conforme muito bem registrou Judas irmão de Tiago, assim: “Jd v9 Mas o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele; mas disse: O Senhor te repreenda”. Por isto que Moisés apareceu no Monte da Transfiguração, igualmente, com o seu corpo espiritual como o de Elias, como os três apóstolos os reconheceram. (Mt 17.1-4) (Gn 2.15-17; 3.17-19; Rm 5.12; 6.23)

              As duas testemunhas reveladas no Novo Testamento

              Só no Livro do Apocalipse Jesus revelou as duas testemunhas, assim: Ap 11.3-4. “E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de saco. Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da terra” (...) “E, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra, e os vencerá, e os matará. E jazerão os seus corpos mortos na praça da grande cidade que espiritualmente se chama Sodoma e Egito, onde o seu Senhor também foi crucificado”. Ap 11.7-8. (...) “E depois daqueles três dias e meio o espírito de vida, vindo de Deus, entrou neles; e puseram-se sobre seus pés, e caiu grande temor sobre os que os viram. E ouviram uma grande voz do céu, que lhes dizia: Subi para aqui. E subiram ao céu em uma nuvem; e os seus inimigos os viram”. Ap 11.11-12.

              Moisés e Elias aparecem no monte da transfiguração com Jesus.

              Segundo o Evangelho conforme escreveu Mateus, Moisés e Elias apareceram, igualmente,  com corpos semelhantes no monte da transfiguração, como as duas testemunhas do plano redentor de Deus Pai através do cumprimento das Escrituras sobre a morte de cruz do Seu Filho amado Jesus, e Sua glorificação, assim:
                (...) “Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, seu irmão, e os conduziu em particular a um alto monte, E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele. E Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, façamos aqui três tabernáculos, um para ti, um para Moisés, e um para Elias”. Mt 17.1-4 “E, estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu. E da nuvem saiu uma voz que dizia: Este é o meu amado Filho, em quem me comprazo; escutai-o. E os discípulos, ouvindo isto, caíram sobre os seus rostos, e tiveram grande medo”. E, aproximando-se Jesus, tocou-lhes, e disse: Levantai-vos, e não tenhais medo. E, erguendo eles os olhos, ninguém viram senão unicamente a Jesus. E, descendo eles do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: A ninguém conteis a visão, até que o Filho do homem seja ressuscitado dentre os mortos”. A visão só podia ser contada depois que Jesus ressuscitasse dentre os mortos, para eles serem as “testemunhas deste fato ocorrido”.

              As duas testemunhas representam a Lei e os Profetas

              Estas duas testemunhas representam a Lei e os Profetas para Israel, por isto, é que vão testemunhar para o remanescente de Israel e dos gentios durante a metade da tribulação, provando pelo cumprimento das Escrituras do Velho Testamento, que Jesus Cristo é o Messias, o Senhor e Rei dos Reis. Aí então eles crerão como está previsto nas Escrituras, a saber: Zc 12.4-14;  13.1-9; 14.1-11. Será da mesma maneira como disse Jesus aos discípulos no caminho de Emaús, assim: (...) “E Jesus lhes disse: Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram!  26 Porventura, não convinha que o Cristo padecesse essas coisas e entrasse na sua glória?  27 E, começando por Moisés e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras”. Lc 24.25-27.

              AS DUAS OLIVEIRAS À DREITA E À ESQUERDA DO CASTIÇAL DE OURO

              Simbolismo das duas testemunhas. “E disse-me: Que vês? E eu disse: Olho, e eis que vejo um castiçal todo de ouro, e um vaso de azeite no seu topo, com as suas sete lâmpadas; e sete canudos, um para cada uma das lâmpadas que estão no seu topo. E, por cima dele, duas oliveiras, uma à direita do vaso de azeite, e outra à sua esquerda”  Zc 4.2-3. (...) Respondi mais, dizendo-lhe: Que são as duas oliveiras à direita e à esquerda do castiçal? E, respondendo-lhe outra vez, disse: Que são aqueles dois ramos de oliveira, que estão junto aos dois tubos de ouro, e que vertem de si azeite dourado? E ele me falou, dizendo: Não sabes tu o que é isto? E eu disse: Não, Senhor meu. Então ele disse: Estes são os dois ungidos, que estão diante do Senhor de toda a terra”. (Zc 4.11-14). (...) No livro do Apocalipse Jesus identifica as duas oliveiras como os dois ungidos que estão diante do Senhor de toda terra, assim: E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de saco. Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da terra”.  Ap 11.4)

              OS  MINISTÉRIOS IDENTIFICAM AS  DUAS TESTEMUNHAS

              De ELIAS“E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de saco. Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da terra”. (Zc 4; Ap 11.3-4) “E, se alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá da sua boca, e devorará os seus inimigos; e, se alguém lhes quiser fazer mal, importa que assim seja morto. Estes têm poder para fechar o céu, para que não chova, nos dias da sua profecia”; (I Rs 18;   Ap 11.5-6ª)

              De MOISÉS“E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de saco. Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da terra. (...) e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue, e para ferir a terra com toda a sorte de pragas, todas quantas vezes quiserem”. (Gn 7.19-25;10; 11; Zc 4.Ap 11.6b)

              Considerações finais. Tendo em vista que só pode ser testemunha quem viu e presenciou os fatos ocorridos, conforme prescreve a Palavra de Deus tanto no Velho como no Novo Testamento, é que as duas testemunhas têm autoridade de testemunhar tudo o que se cumpriu a respeito de Jesus Cristo, como Jesus disse aos seus dois discípulos no caminho de Emaús, assim: “(...) v25 E Jesus lhes disse: Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram!  v26 Porventura, não convinha que o Cristo padecesse essas coisas e entrasse na sua glória?  v27 E, começando por Moisés e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras”. Lc 24.25-27. (...) “E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de saco. Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da terra. (...) e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue, e para ferir a terra com toda a sorte de pragas, todas quantas vezes quiserem”. (Ler: Gn 7.19-25;10; 11; Zc 4.2-14; Ap 11.6b)
              As características dos ministérios das duas testemunhas identificam que uma é Moisés e a outra é Elias, conforme operarão as mesmas maravilhas como operaram no Velho Testamento. (Pr Djalma Pereira)