quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

O NATAL HISTÓRICO


I- BREVE HISTÓRICO DO TRADICIONAL NATAL:

A primeira informação histórica sobre a data do Natal, é da primeira metade do século III d.C. Hipólito, bispo de Roma, escolheu a data 2 de janeiro para celebrar o nascimento de Jesus. Outros cristãos escolheram outras datas, tais como: 6 de janeiro, 25 ou 28 de março, 18 ou 19 de abril e 20 de maio, baseando-se no período em que os pastores pastoreavam os rebanhos em Belém (Lc.2:8-9). O contexto histórico do evangelho de S. Lucas, revela-nos que foi na primavera, época do recenseamento determinado por César Augusto (Lc.2:1-2), e não no inverno, correspondente ao mês de dezembro. Não há registro bíblico desta data, do nascimento de Jesus em que o “ (...) Verbo se fez carne e habitou entre nós...” Jo.1:14.

A comemoração universal de 25 de dezembro se firmou entre os anos de 325 a 354 d.C., aproximadamente, baseada numa festividade pagã do calendário do Império Romano, do “Natal do Sol Invicto”, celebrada pelos adoradores do Sol, identificado com o deus Sol (Mitra). Em Roma foi escolhida a mesma data, no ano 336 d.C, como sendo a data do Natal de Jesus. Vejamos como se processou, tradicionalmente, a data da festa sincretizada e secularizada do Natal, a saber:

i - Festa mitraica do culto ao deus Sol (religião persa) - Festa rival do cristianismo nos primeiros séculos para cultuar o deus Sol (Mitra ou Mithra), chamada Natalis Invicti Solis (nascimento do vitorioso Sol). Eles mitologicamente criam que o deus Mitra morria no inverno e ressuscitava na primavera.

Em 275 d.C, o Imperador Aureliano decretou obrigatória a comemoração do nascimento do "Sol Invicto" no dia 25 de dezembro, que, porém, já tinha sido repudiada pelo patriarca Orígenes em 245 d.C.

ii - As Saturnálias romanas do culto ao deus Saturno - Festa em homenagem a Saturno deus da Agricultura, era um festival de inverno, celebrado em Roma de 17 a 24 de dezembro, com a troca de presentes entre eles.

iii - Cultos Solares do deus Sol - Festa pagã celebrada entre os celtas e os germânicos da mesma maneira;

iv - O Solicisto do iverno - Data festiva do solstício do inverno do nascimento do Sol, de acordo com o calendário Juliano, era 25 de dezembro.

v - Culto pagão do filho da deusa Isis - No Egito, também, acreditava-se mitologicamente que Horus, o filho da deusa Isis (rainha do céu), havia nascido em 25 de dezembro. Finalmente, em 440 d.C, foi fixada a data de 25 de dezembro com a finalidade de cristianizar as festas pagãs de diversas divindades, acima mencionadas.

vi - A sincretização do Natal - Assim, os cristãos daquela época tentando substituir as festividades pagãs, “cristianizaram” um dia festivo do calendário romano, argumentando que Jesus é a “Luz verdadeira do Mundo” (Jo.8:12), em substituição ao deus mitológico Sol (Mitra).

vii - O verdadeiro sentido evangélico do Natal - Para nós cristãos evangélicos, o importante não é a data, mas o acontecimento: Jesus de fato nasceu em Belém da Judéia! Ainda hoje os cristãos ortodoxos comemoram o Natal de Jesus no dia 19 de janeiro, e os cristãos sírios e armênios, no dia 6 do mesmo mês. O importante não é a data, mas celebrarmos com ação de graças o dia glorioso do nascimento de Jesus Cristo, o Salvador, que nasceu na cidade de Davi, em Belém Efrata, como está registrado em Lc 2.1-7. "(...) E aconteceu, naqueles dias, que saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo se alistasse. (Este primeiro alistamento foi feito sendo Cirênio governador da Síria.) E todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade. E subiu da Galiléia também José, da cidade de Nazaré, à Judéia, à cidade de Davi chamada Belém (porque era da casa e família de Davi), a fim de alistar-se com Maria, sua mulher, que estava grávida. E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz. E deu à luz o seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem". (...) Aleluia!!!. Ler: Mt 1.18-25; Lc 2.8-20.

II - COMO SURGIRAM OS SÍMBOLOS E A SINCRETIZAÇÃO DO NATAL:

1) A árvore de Natal e o paganismo: A ávore de natal surgiu nas regiões nórdicas pelas tribos celtas teutônicas pagãs, que adoravam os pinheiros, como árvores “sempre-vivas”, pelo fato de suportarem o rigoroso inverno sem perderem suas folhas, e realizavam festas celebrando o retorno da vida eterna, com a vinda do deus Sol (Mitra). Era assim que eles criam, pois não tinham conhecimento do evangelho.

2) A tradição da árvore de natal segundo Martinho Lutero: Segundo a tradição, conta-se que Lutero, ao passar por um bosque, observou a beleza das estrelas que brilhavam entre os ramos dos pinheiros (sempre-vivas), e impressionado com essa visão ele tentou duplicá-la em casa, acendendo velas entre ramos de “sempre-vivas”, daí o surgimento da atual árvore de natal com lâmpadas e pisca-piscas. Desta forma, uma parte da igreja reformada assimilou a tradição do paganismo nas festas natalinas.

3) O Surgimento da moderna árvore de natal: Teve sua origem na Alemanha, conforme referência que se encontra numa crônica alemã “crônica de Schlettstadt” no ano de 1.600 d.C, aproximadamente. As famílias alemãs decoravam as árvores de natal com doces, frutas e papéis coloridos, espalhando-se essa tradição por toda Europa. Depois, chegou à América do Norte através dos colonizadores alemães e, daí popularizou-se, atigindo o mundo inteiro.

III - COMO SURGIU A LENDA DO PAPAI NOEL, O BOM VELHINHO?

a) Lenda do "Papai Noel". - A lenda do bom velhinho conhecido como “Papai Noel”, surgiu em Lycia uma província da planíce de Anatólia na Ásia menor, onde é hoje a Turquia. Foi inspirada na vida de São Nicolau, um dos santos da Igreja Católica Romana. A estória diz que São Nicolau, bispo de Mira, teria nascido na segunda metade do século III, e falecido no dia 6 de dezembro de 342 d.C, que esteve no Egito e na palestina ainda jovem, onde se tornou bispo. Quando da perseguição pelo Imperador Romano Diocleciano, ele foi preso e solto posteriormente por Constantino, o Grande. São Nicolau foi escolhido como o santo patrono da Rússia e da Grécia, das crianças e dos marinheiros. A transformação mitológica de São Nicolau em “Papai Noel” consolidou-se na Alemanha, inclusive em alguns igrejas Protestantes, que transferiram a figura dele, de “Bom Velhinho”, como tutor e patrono do Natal de Jesus. Em 1.822, Clemenmt C. Moore escreveu o poema “A Visit from St. Nicholas”, retratando a figura do "Papai Noel" passeando em um trenó puxado por oito pequenas renas, o mesmo modelo de transporte utilizado na Escandinávia. O Primeiro desenho retratando a figura de "Papai Noel", como conhecemos nos dias atuais, foi feito por Thomas Nast e publicado no semanário Harper’s Weekly, em 1.866. (Fonte: Instituto Cristão de Pesquisa - ICP).

b) O Bom Velhinho - Foi assim que a estória do “Bom Velhinho” se transformou na mais famosa, lendária, popular e comercial das festas religiosas, descaracterizando o verdadeiro sentido cristão do Natal de Jesus Cristo, o Senhor e Salvador do Mundo. Hoje em dia o comércio dos produtos natalinos é a fonte de grandes lucros, tanto no comércio como na indústria religiosa em todo o mundo capitalista.

e) O verdadeio sentido do Natal de Jesus - Ao contrário, devemos comemorar o sobrenatural nascimento de Jesus, como o Filho de Deus, nascido da Virgem Maria, numa humilde manjedoura em Belém, sem nenhum interesse comercial, dando sempre “(...) glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens”. Lc 2.14. Atentando para o grande amor de Deus, como está escrito em Jo 3.16: “(...) porque, Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Este é o verdadeiro sentido do Natal de Jesus, como o Salvador do mundo, segundo o Evangelho de Mateus, assim: “E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS, porque ele salvará o seu povo de seus pecados” (Mt 1:21). Amém.

sábado, 13 de dezembro de 2008

O NATAL DE JESUS


O SENTIDO DO NATAL DE JESUS (I)

O verdadeiro sentido do Natal de Jesus. - O nascimento de Jesus Cristo é o acontecimento máximo da expressão do amor de Deus para com toda humanidade! Com o nascimento de Jesus Deus cumpriu o Seu plano para resgatar do pecado e salvar o homem da condenação eterna.

Observemos como a Bíblia registra a expressão desse incomparável amor: “E o anjo do Senhor lhes (aos pastores) disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo, pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor; ” . Lc 2: 10-11. “(...) Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” Jo 3:16. Este é o sentido do Natal, pois, sem o nascimento de Jesus como o Salvador do mundo não haveria esperança de salvação e vida eterna após a morte. Lc 2.8-20; Mt. 1.18-25; Gl 4.4.

A partir do nascimento de Jesus em Belém de Judá e da Sua ressurreição, deu-se início a mensagem do verdadeiro sentido da palavra evangelho que quer dizer “boas novas”.


A palavra evangelho ou boas novas, historicamente, marcou três estágios importantes:

1. Nos antigos gregos: os heróis recebiam recompensa por trazer “boas novas” das vitórias;

2. Na Septuaginta, (tradução da Bíblia para o grego) as próprias boas novas do nascimento, vida, morte e ressurreição de Jesus, foram traduzidas com a palavra “Evangelho”.

3. No N. Testamento: os livros que apresentam as "boas novas" sobre Jesus foram intitulados de os Evangelhos: segundo São Mateus, segundo São Marcos, segundo São Lucas e segundo São João. Vejamos como na Bíblia Sagrada estão registrado as "Boas Novas" desses acontecimentos, a seguir:

I - AS PROFECIAS NO V. T. SOBRE O NASCIMENTO DE JESUS


As principais profecias que autenticam de como seria a Sua concepção virginal, a Sua encarnação sem pecado e o local do Seu nacimento, são:


a) "E porei inimizade entre ti (Satanás) e a mulher e entre a tua semente e a sua semente (Jesus); esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar". Gn 3.15

b) "Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel". Is 7.14

c) "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz". Is 9.6

d) "E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade". Mq 5-2

II – O CUMPRIMENTO DAS PROFECIAS SOBRE O NASCIMENMTO DE JESUS

i) Nascimento de uma virgem - Mt 1.20-25 - "(...) E, projetando ele isso, eis que, em sonho, lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo. E ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados. Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel. (Emanuel traduzido é: Deus conosco). E José, despertando do sonho, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher, e não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe o nome de Jesus".

ii) Deus se fez homem e habitou entre nós - O Verbo (Logos) eterno se fez carne humana entre nós, porém, sem pecado. Col 1.14-19; 1ª Jo 1.1-2.

iii) O Verbo era Deus - "No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com ". Jo 1-1-2.

iv) O Unigênito do Pai cheio de graça e de verade - "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. (...) Ninguém jamais viu a Deus; o Filho unigênito que esá no seio do Pai, esse o revelou". . Jo 1.14, 18.

iii) Nascimento de Jesus Cristo em Belém de Judá. "E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo, pois, na cidade de Davi, (Belém) vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor". Lc 2.10-11; Mq 5.2.

iv) O nascimento de Jesus é o marco histórico da plenitude dos tempos. Foi o apóstolo Paulo quem disse ser o nascimento de Jesus a plenitude dos tempos, assim: "Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos. E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai. Assim que já não és mais servo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro de Deus por Cristo". Gal 4.4-7.

v) O objetivo da mensagem do Evangelho é salvar os pecadores: “Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus”. Jo 3.18 “(...) E, tirando-os para fora, disse: Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar? E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa”. At 16.30-31 “(...) Quem crê no Filho de Deus em si mesmo tem o testemunho; quem em Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de seu Filho deu. E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. Estas coisas vos escrevi, para que saibais que tendes a vida eterna e para que creiais no nome do Filho de Deus”. 1ª Jo 5.10-13.

Conclusão - O Evangelho traz a boa notícia de salvação de graça pela fé em Jesus para todos os homens, (Ef 2.8-9). Porém, todos precisam se arrepender e crer em Jesus Cristo como seu suficiente Salvador. É como está escrito na Palavra de Deus: Mc 1.14-15, (...) E, depois que João foi entregue à prisão, veio Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho do Reino de Deus e dizendo: O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho. Mc 16.15 (...) E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. Então, creia e serás salvo por Cristo Jesus, “(...) tu e tua casa”, (At 16.31). Amém. (continua).