sábado, 26 de abril de 2008

As igrejas e o sincretismo religioso


O Sincretismo religioso é um fenômeno existente no contexto social pós-moderniade, onde o relativismo e o individualismo induzem às mudanças rápidas dos valores tradicionais e absolutos baseados na Palavra de Deus e na ética cristã, por uma nova ordem de valores sincretizados e secularizados. Vejamos alguns pontos importantes sobre o sincretismo religioso que atingem às igrejas neste contexto, a saber:

a) Definição do Sincretismo

Segundo o dicionário de Aurélio, a palavra sincretismo vem do gr. synkretismós que significa: "1. tendência à unificação de idéias ou de doutrinas diversificadas e, por vezes, até mesmo inconciliáveis; 2. Amálgama de doutrinas ou concepções heterogêneas; 3. Ou, também, a fusão de elementos culturais diferentes, ou até antagônicos, em um só conjunto, continuando perceptíveis de alguns sinais originários".

b) A apostasia das igrejas sincretizadas.

Na pluralidade do sincretismo religioso, as igrejas sincretizadas passam a ser um “supermercado” de opções e satisfações do religioso mais exigente, individualista, indiferente e descompromissado com a igreja de sua origem geradora de sua fé. Tais igrejas passam a ser inchadas em quantidade pelo fermento velho da malícia e da hipocrisia, sem qualidadade e sem compromisso com a Verdade Bíblica. Vejam o cuidado do apóstolo Paulo neste sentido, repreendendo e exortando a igreja em Corinto contra a impureza, a fim de que os valores éticos cristãos não se corrompessem: "1Geralmente, se ouve que há entre vós fornicação e fornicação tal, qual nem ainda entre os gentios, como é haver quem abuse da mulher de seu pai. 2Estais inchados e nem ao menos vos entristecestes, por não ter sido dentre vós tirado quem cometeu tal ação. 3Eu, na verdade, ainda que ausente no corpo, mas presente no espírito, já determinei, como se estivesse presente, que o que tal ato praticou, 4em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, juntos vós e o meu espírito, pelo poder de nosso Senhor Jesus Cristo, 5seja entregue a Satanás para destruição da carne, para que o espírito seja salvo no Dia do Senhor Jesus. 6Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa? 7Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós. 8Pelo que façamos festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os asmos da sinceridade e da verdade. Já por carta vos tenho escrito, que não vos associeis com os que se prostituem. (..) Mas Deus julga os que estão de fora. Tirai, pois, dentro de vós a esse iníquo. (1ª Cor 5.1-9, 13). Portanto, é o "fermento velho da malícia e da hipocrisia" que corrompe toda massa religiosa das igrejas, o qual deve ser expurgado.

c) O crente passa a ser um nômade religioso.

O crente religioso passa a ser um nômade, de igreja em igreja, de festividade religiosa em festividade religiosa, de show evangélico em show evangélico. Passa ser um religioso da festiva adaptando-se cada vez mais ao mundo das opções religiosas, que sufoca as convicções doutrinárias da sua fé, em substituição cínica de novos padrões, valores flexíveis, sem ética, moral, espiritualidade e tradição. Torna-se maleável, volúvel, eclético, circunstancial, sem fé na verdade, sem convicção e firmeza. Esquecendo-se que a Palavra de Deus é imutável, insubistituível, absloluta e não relativa sujeita às mudanças como se fosse oriunda do pensamento humano. Ela é, absolutamente, imutável, como disse Jesus: "o céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar". (Mt 24.35).

d) O crente passa ser um consumidor religioso, egoista.

As satisfações destes tais são mais sociais e materiais. Procuram as Igrejas para resolver egoisticamente, hedonisticamente, convenientemente, os seus problemas materiais, sociais, econômicos e até políticos. É como Jesus disse: "(...) Na verdade, na verdade vos digo que me buscais, não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes. Trablhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará (...). (Jo 6.26-27). Assim caminhando na base desses interesses secularizados, sufocam, pisam, desprezam os valores eternos, espirituais e morais exarados na Palavra de Deus. Leiam: Mt.13:20-22. Então, enveredam no caminho fácil do sincretismo religioso, perdendo a convicção da sua fé e da sã doutrina, que passa ser coisa superada do passado e já não serve mais para a era moderna do presente.

e) A vida cristã passa ser eclética e secularizada.

A vida cristã desses tais passa ser sintonizada mais com o mundo (kosmos) secularizado do que com a Igreja de Cristo Jesus. Deste modo acontece um antagonismo pernicioso entre a igreja e, o reino de Deus, que “...Não é comida nem bebida, mas, justiça, paz e alegria no Espírito Santo” (Rm.14:17). Como sabemos a palavra igreja, do grego "ekklesia", quer dizer: "os que foram tirados para fora" do mundo (kosmos), portanto, não pertencem mais ao sistema malígno gerido por Satanás, nem deve se amoldar aos valores mundanos corrompidos. Pela Palavra de Deus entendemos que Satanás é o príncipe regente desse mundo (kosmos), como disse Jesus a seus discípulos: "(...) Já não falarei muito convosco; porque se aproxima o príncipe deste mundo, (kosmos), e nada tem em mim". (Jo 14.30). "(...) Se vós fosseis do mundo (kosmos), o mundo amaria o que era seu, mas, porque não sois do mundo (kosmos), antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos aborrece". (Jo 15.19). Disse, também, o apóstolo João: (...) Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, (kosmos), a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberda da vida, não é do Pai, mas do mundo. E mundo passa, e sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre". (1ª Jo 2.15-17). Portanto, não podemos compartilhar com o sistema mundano organizado e sincretizado por Satanás, em detrimento ao Reino de Deus!

f) O crente, indiferente, morno, que não é nem frio nem quente . (Ap 3.15-16).

Em Cristo Jesus, não se pode ter um coração dividido entre dois pensamentos e dois caminhos, indefinido, indiferente, caracterizando ter uma mornidão espiritual e religiosa, como diz a Palavra de Deus, assim: “EU SEI AS TUAS OBRAS, QUE NEM ÉS FRIO NEM QUENTE: OXALÁ FORES FRIO OU QUENTE! ASSIM, PORQUE ÉS MORNO, E NÃO ÉS FRIO NEM QUENTE, VOMITAR-TE-EI DA MINHA BOCA” Ap.3:15-16. “NÃO PODEIS SERVIR A DEUS E MAMOM” (Mt. 6:24). Tem que haver uma posição coerente e bem definida com respeito a Cristo, à Sua Palavra e à Sua Igreja. Esta opção é feita, evidentemente, pelo amor a Cristo, à Sua Palavra e à Sua Igreja. Jesus elogia o crente fiel com estas palavras: "(...) Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco fostes fiel, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor" ( Mt 25.21, 23).

g) Jesus expulsou o vendilhões do templo por venderem produtos religiosos. (Mc 15.11-18)


Zeloso e indignado contra a profanação do templo em Jerusalém, Jesus expulsou os vendilhões que vendiam e compravam, fazendo da "Casa do Senhor", uma casa de negócio, invertendo a ordem dos valores religiosos por interesses, meramente, mercantilistas, como está escrito assim: "(...) Não permitia que ninguém atravessasse o templo, levando qualquer objeto, e ensinava dizendo: Não está escrito que a minha casa será chamado casa de oração para todos as nações? mas, vós tendes feito um covil de salteadores". (Is 56.7; Mc 11.17). Desta maneira Jesus inpugnou a profanação do templo, reinvidicando a santidade e a ordem estabelecida.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

A DIVINDADE E A GLÓRIA DE JESUS CRISTO


Plena divindade de Jesus Cristo na vida, na ressurreição e na glória eterna:

(...) Mas o anjo disse as mulheres: Não temais vós; pois eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado. Não está aquí, porque ressurgiu, como ele disse. Vinde, vede o lugar onde jazia. Mt 28.5-6. (Mc 16.1-8; Lc 24.1-12; Jo 20.1-18).

Vejamos, em poucas palavras, como a Bíblia Sagrada define a divindade, a ressurreição, o poder sobre a morte e a glória eterna de Jesus Cristo, o Filho de Deus, a saber:

1) Jesus Cristo tem a vida em si mesmo - Jo. 5.18, 26.

Jesus revela sua divindade igual a Deus Pai, dizendo que tinha a vida em si mesmo como o Pai, também, a tem, assim:“Jo. 5.26: Porque assim como o Pai tem vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo”.“(...) Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não somente violava o sábado, mas também, dizia que Deus era seu próprio Pai, fanzendo-se igual a Deus” (Jo. 5.18). Os judeus entenderam claramente que Jesus estava revelando plena divindade, igualdade com Deus. Por isso que Jesus afirmou no v 24, dizendo: “... Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, não entra em condenação, mas passou da morte para a vida”. Como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu ao Filho ter a vida em si mesmo e, o Filho dar a vida eterna a todo aquele que nEle crer. Como disse Jesus aos judeus: "(...) E a vontade do Pai que me enviou é esta: que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia. Porquanto a vontade daquele que me enviou ésta: que todo aquele que vê o Filho e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último". (Jo 6.39-40). Ler: 1ª Jo 5.1-13.

2) Jesus ressuscitou rompendo os grilhões (prisão) da morte – Jo. 5.25-27.

Com a ressurreição de Jesus foi rompida a prisão da morte tornando-se, Ele, “o primogênito dentre os mortos e entre muitos irmãos: ( Rm 8.29b; Ap 1.5). E em At. 2.24, o apóstolo Pedro diz que Deus rompeu os grilhões da morte ressuscitando a Jesus, assim: Ao qual (Jesus), porém, Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível que fosse ele retido por ela”, pois, “(...) Deus havia jurado a Davi, (Sl 16.8-11), que um dos seus descendentes se assentaria no seu trono, prevendo isto, referiu-se à ressurreição de Cristo, que, não foi deixado na morte, nem o seu corpo experimentou a corrupção” (At 2.30-31)

3) Aniquilou o que tinha o império da morte, o diabo – Hb 2.9-15.

Em Hb 2 vs 13 e 14b, o apóstolo Paulo afirma que na sua ressurreição e na morte de Jesus, foi “... destruído aquele que tinha o poder da morte, a saber, o diabo”. Como disse, também, o apóstolo João, assim: "(...) Para isto o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do diabo". (1ª Jo. 3.8b). Assim toda autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo (Mt 28.18) é vista na ressurreição e no juízo. Ler: Jo. 5.21-29.

4) Declaração da divindade de Jesus como Filho de Deus.

As Escrituras provam Sua divindade por declararem ser Ele o Filho de Deus, bem como, pela sua ressurreição dentre os mortos. É Deus Pai quem afirma assim: (...) Este é meu filho amado, em quem me comprazo". (Sl 2.7b; Mt 4.16-17; 17.5b) "O apóstolo Paulo afirma que Deus declarou a divindade de seu Filho, pela Sua ressurreição, com estas palavras: “(...) acerca de seu Filho, que nasceu da descedência de Davi segundo a carne, e que com poder foi declarado Filho de Deus, segundo o Espírito de santidade, pela ressurreição dos mortos, a saber, Jesus Cristo, nosso Senhor”. Sl 16; Rm 1.3-4.

5) Na Sua ressurreição garantiu a nossa justificação.

Jesus ressuscitou e está á direita de Deus Pai para ser, mediador, Sumo Sacerdote, advogado e justificador entre Deus e os homens. Está escrito assim: "O qual por nosos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação. Rm 4.25. Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem". 1ª Tm 2.5. Ler mais: Hb 4.15-16; 6.17-20; 7.21-28; Rm 3.21-26; 4.25; 1ª Jo 2.1-2.

6) Garante nossa ressurreição e glorificação.

Jesus ressuscitou como as primícias dentre os mortos para ser o primogênito entre muitos irmãos glorificados e imortalizados. Jesus garante nossa ressurreição com estas palavras: "Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressureição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?" Jo 11.25-26. O apostolo Paulo declara como será a ordem da ressurreição, assim: "Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda. 1ª 15.23". Ler: 1ª Ts 4.13-18; 1ª Co 15.23-57; Fil 3.20-21, 1ª Jo 3.1-2, Rm 8.21-23, 29, 30; Hb 2.9-16; Ap 1.17-18.

7) Garantiu a vitória final sobre o pecado e a morte.

Na sua Segunda vinda nos livrará para sempre da presença do pecado e da morte e fará “nova todas as coisas, nos céus e na terra (...) para que em tudo tenha a preeminência”. Ler: Rm 8.18-30; Col 1.18; 1ª Co 15.51-58, 1ª Tes 4.13-18, Ap 1.7; 20.1-7.

8) Toda glória, pois, é de Jesus e para sempre, é dEle.

Então, tudo depende de Jesus, nos céus e na terra, para que em tudo Ele seja glorificado, pois, isto é do agrado de Deus Pai, que Seu Filho amado seja em tudo glorificado. Ler: Sl 2 e 110; Ap 19.11-21. Como disse o apóstolo Paulo: “Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória pois a ele eternamente. Amém” Rm 11.36.

A DEUS TODA GLÓRIA - LUIZ DE CARVALHO

quarta-feira, 9 de abril de 2008

A JUSTIÇA DE DEUS DE FÉ EM FÉ


Como o Bom Pastor, Jesus Cristo deu a Sua vida pelas suas ovelhas na cruz do calvário, cumprindo toda a justiça de Deus, como Ele mesmo disse: "Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas". Jo 10.11.

A justiça de Deus se revela no Evangelho de fé em fé...

É como disse o apóstolo Paulo assim: “Visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá pela fé. (...) De sorte que, a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” . Rm 1.17; 10.17.

Como definição, a fé é a confiança oriunda do coração, da alma, e não apenas uma aceitação de crença intelectual. A verdadeira fé implica em o ser e disposição da alma para confiar plenamente em outra pessoa, inclusive na sua palavra. Portanto, a fé cristã é uma completa confiança em Cristo, na Sua Palavra, pela qual se realiza a união da alma com o Seu Espírito, num desejo sincero de viver a vida que Ele aprova, de acordo com a Sua soberana vontade, nos ditames do Evangelho. Por isto que a Bíblia diz: “...sem fé é impossível agradar a Deus” Hb 11:6b. “Ora, a fé é a certeza das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem”. Hb 11:1.

Alguns tipos de fé:

Encontramos mais de um tipo de fé, a saber: a) Fé emocional ou temporária; b) Fé histórica ou tradicional; c) Fé de milagres ou miraculosa; d) Fé viva ou verdadeira; e) Fé intelectual; f) Fé morta ou sem obras; g) Fé salvadora.

a) Fé emocional ou temporária

É a fé momentânea que atinge somente o “eu” emocional do ser humano, sem descer ao coração do pecador, portanto, não gerando arrependimento, transformação e o novo nascimento. É como disse Jesus em Mt 13:19-20: "Ouvindo alguém a Palavra do reino, e não a entendendo, vem o malígno, e arrebata o que foi semeado no seu coração, este é o que foi semeado ao pé do caminho; porém o que foi semeado em pedregais é o que ouve a palavra, e logo a recebe com alegria (emoção); mas não tem raiz em si mesmo, antes é de pouca duração; e, chegando a angustia e a perseguição, por causa da palavra, logo se ofende”. Portanto, não permanece na fé, e logo volta para o mundo de onde veio, conforme disse o apóstolo Pedro em: 2ª Pe. 2:22b: “(...) O cão voltou ao seu próprio vômito, a porca lavada ao espojadouro de lama”. Com isto fica provado que o falso crente, inconverso, que não era uma ovelha de Jesus, a qual não gosta de lama pecaminosa, voltou para o seu própro lugar do lamaçal do pecado...

b) Fé histórica ou tradicional

O exemplo maior da fé histórica está no Evangelho de João, quando os judeus reinvidicaram a fé tradicional no pai Abraão, dizendo: “Somos descendência de Abraão, e nunca servimos a ninguém; como dizes tu (Jesus), sereis livres? Disse Jesus: “Se pois o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. Se fôsses filhos de Abraão, farieis as obras de Abraão... vós fazeis as obras do vosso pai (...). Vós tendes por pai o diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele foi homicida desde o princípio (...) e não há verdade nele (...) porque é mentiroso, e pai da mentira. Mas, porque digo a verdade, não me credes”. Jo 8:24-51. Portanto, os judeus rejeitaram Jesus, reinvindicando a fé tradicional e histórica, crendo na mentira do diabo e não na verdade do Filho de Deus. Esta fé tradicional não salva.

c) Fé de milagres ou miraculosa

Esse tipo de fé, atualmente, é muito explorado pelos falsos ”missionários”, obreiros mercenários, curandeiros, que exploram a boa fé das pessoas simples, vendendo até mesmo produtos religiosos mágicos, etc. Ler: 2ª Pe. 2:1-4. Devido às grandes carências dos pobres necessitados, esse tipo de clientela tem sido grandemente enganada pelos tais. Também, no tempo de Jesus muitos O seguiam por causa dos milagres, mas, no final do "duro discurso de Jesus sobre o Pão da vida", só doze discipulos ficaram com Ele, depois do sermão e da multiplicação dos pães. Jo 6.60-71. Por último, um dos doze, Judas Iscariotes, O traiu.Veja como Jesus disse: “ Na verdade, na verdade vos digo que me buscais, não pelos sinais que vistes, mas, porque comestes do pão e vos saciastes. Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará, porque a este o Pai, Deus, o selou”. Continuou Jesus falando e disse: “(...) Eu sou o pão (espiritual) que desceu do céu, ...aquele que crer em mim tem a vida eterna, (...) Eu sou o Pão da vida”. Quando ouviram isso disseram: “Duro é este discurso; quem o pode ouvir? (...) muitos dos seus discipulos tornaram para trás, e já não andavam com Ele. Então disse Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos? Respondeu-lhe Simão Pedro: para quem iremos nós? Tu tens as palavras de vida eterna”. Jo 6:22-71. Outros casos estão registrados na Bíblia, por exemplo: Cura dos 10 leprosos, só um voltou para agradecer a Deus, este foi salvo. Lc 17:11-19; Cura do filho dum régulo: Jo 4:47-54. Muitos seguiam a Jesus pela vida material, e não aceitaram o convite de Jesus para renunciar a vida presente. Ler: Lc. 14:12-24. Muitos hoje em dia, só seguem a Jesus para ter boa vida social e pelos bens materiais, não querem “tomar a cruz, cada dia, e seguir a Jesus. Lc 9:23-25; 14:33-34. “O Deus deles é o ventre”, como disse o apostólo Paulo: “São inimigos da cruz de Cristo”. Leiam: Mt 6.24-34; Fil 3:18-19.

d) Fé viva ou verdadeira

È a fé que é autenticada pelas obras e pelo testemunho de uma vida transformada, integralmente. Como disse o apóstolo Paulo: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é ; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”. II Cor 5:17. Ela é a gênesis do novo nascimento para uma nova vida em Cristo Jesus, conforme está escrito: “Jesus respondeu a Nicodemos: Na verdade, na verdade, te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito ...necessário vos é nascer de novo”. Jo 3:5-7.

e) Fé intelectual dogmática.

É aquela fé que alguem crer, somente, em um sistema religioso, num credo dogmático, anatematizador, sem experiência de novo nascimento ou de regeração. É uma crença só na mente e não na alma, no "ego", sem trnsformação e mundaça de mente e comportamento. Exemplo: Um príncipe rico que teve um encontro com Jesus dizia que guardava, religiosamente, todos os mandamentos desde a sua mocidade, mas, quando Jesus disse que desse todos seus bens aos pobres e O seguisse, ele se entristeceu e voltou para sua vida religiosa tradicional. Vejamos em: Lc 18.18-30. "E perguntou-lhe um dos principais: Bom Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna? (...) Sabes os mandamentos: (...) Replicou o homem: Tudo isso tenho guardado desde a minha juventitude". (...) Quando Jesus ouviu isso, disse-lhe: Ainda te falta uma coisa: vende tudo quanto tens e reparte-o pelos pobres, e terás um tesouro no céu, e vem, segue-me. Mas, ouvindo ele isso, encheu-se de tristeza, porque era muito rico. E Jesus, vendo-o assim, disse: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!" Lc 18.18, 22-24.

f) Fé morta ou sem obras

Como Tiago disse: “Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta”. Tg. 2:26. A Fé morta, é a fé teórica produzida simplesmente pela filosofia intelectualizada da mente humana, sem a interferência do Espírito Santo. Veja o que Paulo diz neste sentido: “A minha palavra, e a minha pregação, não consistiu em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder; para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus”. 1ª Cor 2.4-5. A fé sem obras por sí mesma é morta, como disse Tiago: “Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma; (...) assim também a fé sem obras é morta.” Tg 2:4, 17. A fé morta não salva, como disse Jesus: “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade”. Mt 7.22-23. Fé de milagres sem salvação, porque era misturada com a iniquidade!!! Muitos, vendo os sinais que Ele fazia, creram no Seu nome, mas, sem arrependimento. (...) Mas o mesmo Jesus não confiava neles, porque a todos conhecia. Jo 2:23,24. Outros criam, intelectualmente, mas, não O confessavam: (...) muitos dos principais creram nele; mas não o confessavam por causa dos fariseus... Jo 12:42,43. Outros criam, superficialmente, mas, na hora da provação se desviam: (...) mas, como não têm raiz, apenas crêm por algum tempo, e no tempo da tentação se desviam. Lc 8:13. Simão Mago creu e foi batizado “mas seu coração não era reto diante de Deus”... Simão creu por causa dos milagres, mas não se converteu. At 8:12-22. Como disse o apóstolo Pedro: “(...) entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão heresias de perdição (...), e muitos seguirão (...), pelos quais será blasfemado o caminho da verdade, e por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas (...) e sua perdição não dormita” 2ª Pe 2:1-3. O crente genuino faz boas obras porque é salvo, e não para ser salvo. (Ef 2.10).

g) A fé Salvadora

Esta é a fé genuina que salva o pecador. É a fé como confiança, verdadeira, que salva o pecador arrependido da condenação eterna, quando crer sinceramente em Jesus Cristo como seu único e suficiente Salvador, com consequente segurança eterna. Exemplos: Disse Jesus: “De fato a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer, tenha a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia. (Jo 6:40). Em verdade, em verdade vos digo: Quem crê, tem a vida eterna”. Jo 6:47. A indagação do carcereiro de Filipos, sobre a fé salvadora, está em Atos 16:30: “(...) que é necessário que eu faça para me salvar? A resposta certa está em Atos 16:31, “(...) crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo, tu e a tua casa”. E é de graça porque o preço da redenção dos pecados já foi pago na cruz do calvário por Jesus, conforme está escrito: “Porque, pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie” Ef 2:8-9. Na obra perfeita e suficiente de Jesus Cristo na cruz, foi cumprida toda justiça que Deus exigia e exige de nós, dando-nos eterna segurança, como Jesus disse em Jo 10:28-30, assim: “...Dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai”. Também o apóstolo Paulo reafirma dizendo: “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito Rm 8:1
(...) Quem intentará acusação comtra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica; quem os condenará? Cristo Jesus é quem morreu, ou antes quem ressurgiu dentre os mortos, o qual está a direitoa de Deus, e também intercede por nós". (Rm 8.33-34) . Esta é a fé salvadora que salva eternamente o pecador arrependido. (Rm 8).

sábado, 5 de abril de 2008

A CRUZ DE CRISTO E O DISCIPULADO


1. O discipulo crucificado com Cristo Jesus.

O caminho do cristão, necessariamente, passa pela cruz, morte e ressurreição, como prova da regeneração, transformação e santificação. (Col 3.1-4). Isto implica em se dizer que o velho homem, e todo o seu mundo pecaminoso, foi, radicalmente, substituído pelo Reino de Deus onde o novo homem em Cristo, como filho de Deus, vive em toda nova maneira de viver. ( 1ª Pe 1.14-17). O novo, verdadeiramente, substituiu o velho, como está escrito: "Assim que, se alguem está em Cristo, nova criatura é, as coisas velhas já passaram, e eis que tudo se fez novo", 2ª Cor. 5:17. O "ego" do velho homem adâmico já está crucificado, como São Paulo afirma em Gal. 2:20: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.”

2. O verdadeiro cristiniamo e a cruz de Cristo.

Não existe cristianismo verdadeiro, bíblico, puro, santo, sem a morte da natureza do velho homem caído no pecado, sem passar pelo caminho da cruz, sem ressurgir em novidade de vida cristã, sem ser "nova criatura", mas, pelo contrário, o verdadeiro cristianismo, necessariamente, deve ter nova visão das coisas do Reino de Deus, por ser o homem "nova criatura", por ter nova natureza santa, tendo Jesus Cristo como Senhor absoluto.

3. Os inimigos da cruz de Cristo.

Os que pensam e agem, diferentemente, não se submetendo ao senhorio do Senhor “...São inimigos da Cruz de Cristo, ...cujo o fim é a perdição, cujo Deus é o ventre, ...e que só pensam nas coisas terrenas”. Fil. 3:18-19. Pois, como disse Tiago,a amizade do mundo é inimizade contra Deus”. Tg.4:4. É, também, como disse Jesus: "SE ALGUÉM QUISER VIR APÓS MIM, NEGUE-SE A SI MESMO, E TOME A SUA CRUZ, E SIGA-ME. PORQUE QUALQUER QUE QUISER SALVAR A SUA VIDA PERDÊ-LA-Á, MAS QUALQUER QUE PERDER A SUA VIDA POR AMOR DE MIM E DO EVANGELHO, ESSE A SALVARÁ”. Mc 8.34-35

4. O "eu" crucificado do verdadeiro discipulo de Cristo.

A cruz do discipulo significa renunciar primeiro o “EU”, a presente vida do mundo (Kosmos) secularizado, a glória, a fama, as riquezas e a posição social corrompida. Considerar tudo isto como esterco, perda, pela excelência do conhecimento de Jesus Cristo, e segui-Lo incondicionalmente, até aquele dia da prestação de contas, no tribunal (bema) de Cristo. Fil.3:7-8; 2ª Cor.5:10.

5. A perda do mundo (kosmos) para ganhar a Cristo Jesus.

O sincero cristão deve fazer como o apostolo Paulo disse: ”MAS O QUE PARA MIM ERA GANHO REPUTEI-O PERDA POR CRISTO, SIM, NA VERDADE TENHO TAMBÉM POR PERDA TODAS AS COISAS, PELA EXCELÊNCIA DO CONHECIMENTO DE CRISTO JESUS, MEU SENHOR; PELO QUAL SOFRI A PERDA DE TODAS ESTAS COISAS, E AS CONSIDERO COMO ESTERCO, PARA QUE POSSA GANHAR A CRISTO”. Fil 3.7-8.

6. Renunciar o mundo (kosmos) pela glória do reino eterno de Deus.

Quem sabe renunciar, perder mesmo, todas as coisas e a glória que o mundo oferece, é porque sabe ganhar o que é melhor para a vida eterna, que é Cristo e a gloriosa herança no Seu Reino Eterno. "Ao que vencer, eu lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim com eu vencí; e me assentei com meu Pai no seu trono". Ap 3.21. Amém.